Está na ordem do dia as nomeações de cargos públicos ou até a escolha de gestores para grandes companhias portuguesas. Deixo para reflexão o facto destes cargos serem ocupados por um conjunto de gestores que vão deambulando de empresa a empresa, demonstrando capacidades extremas de lidarem com todos os ambientes e todos os sectores (?). Em Portugal, sempre que um cargo está disponível, os potenciais ocupantes são quase sempre os mesmos!? Hão-de ver que no BCP não haverá grandes novidades.
sábado, 29 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Maria Clara
Estive longe dos blogues e estou a fazer um esforço para voltar. Não foi um ano bom, nem tudo correu bem. Apesar de tudo, este ano será sempre muito importante para mim, mesmo inesquecível: nasceu a Maria Clara...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Coincidências do ORAM2008?
A RTP Madeira deu em primeira mão os sorrisos e a chacota de AJJ relativamente à proposta do PS Madeira sobre a operadora de telecomunicações. Mas depois, esqueceu-se (!?) de lhe perguntar (confrontar) com os argumentos do PS apresentados em discussão de ORAM 2008. Afinal o próprio AJJ criou uma operadora que acabou por falir. Precisamente na mesma altura em que Jaime Ramos entrou no negócio das telecomunicações através da ONI Madeira...Onde já vi este filme?
Aguardo a pergunta da RTP a esta estranha coincidência...Já para não falar na incompetência do GR sobre esta matéria...
Patetices
AJJ foi pedir ao Representante da República que falasse com o Presidente da República porque, segundo ele, havia instituições na república que não têm colaborado com a Madeira. Ao tempo que chegamos: AJJ, em desespero, procura alguém que resolva os problemas que foi criando ao longo dos últimos tempos com o Governo da República. É patético!
Mais grave é a convivência parola do Representante com tontices desta natureza...Não deixa de ser patético...Até disse, à comunicação social, que ninguém lhe liga. Pudera!?
sábado, 15 de dezembro de 2007
Anormal?
O DN Madeira de hoje diz que o último dia de debate, na especialidade, sobre o orçamento da Região, foi uma sessão anormal. Eu diria que depois de todos estes anos finalmente a discussão do Orçamento teve um percurso normal. Dir-me-ão, uma forma diferente de interpretar os acontecimentos de ontem na Assembleia. Eu respondo, maus hábitos!
Vilhena regressou
O meu amigo Luís Vilhena retomou o seu blog. Acho muito bem. A blogosfera madeirense precisa de mais pessoas como o arquitecto Luís Vilhena. Inteligência, coragem e convicções firmes são características que estou certo não deixarão os leitores do seu blog indiferentes.
http://sobrevoando.blogspot.com/.
ORAM2008 - o embaraço
Ninguém quer dizer mas eu digo: foram seis horas de debate em que o PSD não soube ou não quis defender o ORAM 2008.No fim, se dúvidas existissem, Miguel de Sousa, deputado e Vice Presidente da Assembleia fez a sua primeira intervenção desde que ando nestas lides. Para quê? Para dizer que, além de estar muito irritado com o debate, estava com fome e com vontade de ir para casa!? Ficou claro pela sua singela intervenção que nem este PSD é capaz de defender o ORAM 2008.
Outra nota, é a política de terra queimada deste PSD Madeira. Chumba tudo. O PS Madeira absteve-se na generalidade (primeira votação) para dar a margem de manobra necessária ao PSD de modo a este encontrar maneira de melhorar este ORAM 2008. Mas nada disso importa ao partido do poder. A propaganda está do seu lado!
Apesar de tudo, suspeito que o grupo parlamentar do PSD já anda à procura de soluções (alterações no regimento) para impedir que para o ano não aconteça o debate alargado e profundo que ontem teve lugar na assembleia regional. ..
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Bodes...
Três bodes expiatórios" serviram de argumentos para os membros do GR justificarem os problemas da Madeira: Sócrates, União Europeia e Banco Central Europeu - mais um dia de discussão e D. Afonso Henriques ainda ia ter culpa nos problemas da Madeira. Nenhum dos governantes se preocupou com um aspecto importante: os governantes governam e apresentam soluções para os problemas. Quem não quer governar, ou não sabe, inventa desculpas...
Os membros do GR e o ORAM 2008
Os membros do governo estiveram na discussão de orçamento e, exceptuando algumas excepções, responderam em bloco. Ou seja responderam ao que lhes interessou...
Inadmissível...
Quero sublinhar duas notas proferidas na discussão deste orçamento absolutamente inadmissíveis e que demonstram a falta de seriedade na discussão dos assuntos:
A primeira proferida pelo Sr. Secretário das Finanças. Segundo ele o PIB da RAM cresceu acima dos 5%. O problema desta afirmação é que ninguém conhece o PIB de 2005, 2006, 2007 ou a projecção para 2008. Não está na proposta de Orçamento. Assim é difícil perceber como se chega a uma taxa de crescimento.
A segunda coube ao Senhor Vice Presidente que afirmou que o Funchal tem o poder de compra mais elevado porque as pessoas vêm fazer compras ao Funchal. Sendo assim está resolvida a distribuição de rendimento e a falta de coesão na Madeira. Por exemplo basta fazer muitas compras em Santana e o poder de compra aumentará. Estamos entendidos.
Apaziguar o quê?
Há quem pense que podem existir pessoas cujos graus de liberdade em relação ao desaforo, ao insulto, à provocação são ilimitados. Ou então que as estratégias de relacionamento político com a república nunca teve um culpado na Região, pelo contrário, a incoerência , a má fé ou o que quer que seja veio e vem sempre de Lisboa. Provavelmente por algum endeusamento bacoco. Digo isto porque surpreende-me que ainda exista alguém que considere que uns jantares ou almoços poderiam resolver um problema de fundo no relacionamento Madeira / Lisboa. Um problema que, estou certo, tem o seu grande factor de instabilidade, na incompetência da gestão institucional e da promoção primária do contencioso com Lisboa. Parece óbvio, para muita gente, que este estilo já não traz proveitos. Há muito que está condenado a um fracasso evidente. Mais grave é que está mais ou menos claro que desta forma é a Madeira e os madeirenses que acabam por sofrer as consequências deste péssimo comportamento pessoal e da anormal, e às vezes incompetente, abordagem com Lisboa.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Vergonha
Consta que amanhã, na Assembleia da RAM, durante a discussão da proposta de ORAM, as coisas podem não correr propriamente bem!
Parece que agora todos ficaremos a saber porque razão Jaime Ramos brigou com Paulo Fontes...Isto está bonito...
Olé Guilherme Silva!
Segundo Guilherme Silva, a boa gestão é saber fazer bem operações de empréstimo. Na verdade Senhor Dr. Guilherme Silva boa gestão é usar bem os recursos existentes. Mais. É usar muito bem os recursos alheios que deverãos ser pagos, mais cedo ou mais tarde. Sinceramente esperava muito mais seriedade!
"Luxo asiático" ou...
Até compreendo a dificuldade demonstrada em defender um mau orçamento. Compreendo a pobreza dos argumentos e a obsessão de chutar para Lisboa as culpas de tudo o que de mau se passa na Madeira (e são cada vez mais coisas más a acontecer! ) ficando o PSD com as coisas boas numa defesa que roça o "primarismo" insuportável, básico mas, talvez, dizem os experientes da política, eficaz! Compreendo isto mas não aceito com sentido de normalidade a "fuga da sala", o virar as costas ao debate de ideias e soluções. Este não é um comportamento normal em democracia. Mais. Nem sequer é um comportamento normal entre gente educada e civilizada. Contudo, nem a televisão reparou (?) neste estranho evento. Deve ser por isso que estes senhores dão-se a "estes luxos asiáticos". Estamos conversados!
domingo, 9 de dezembro de 2007
A fraude e o paradoxo
Ficou claro, até hoje, dois dias antes da discussão do ORAM 2008, que o PSD não tem argumentos para defender a sua proposta de orçamento. Ficamos esclarecidos que o PSD de AJJ reconhece que está perante um orçamento que não traduz uma mudança, que não dá os passos necessários para escaparmos ao perigo de um triângulo à beira do colapso (turismo, construção civil e obras públicas e Zona Franca) que representa a frágil sustentação da economia da Madeira. Foi isso que disse várias vezes Jaime Filipe Ramos. Reconheceu não ter arrojo para fazer mais: apostar no sector privado, ter um plano para combater a pobreza, colocar no centro da atenção a educação, a inovação e o empreendedorismo.
Afinal de contas, para o PSD, o grande argumento é o mesmo de sempre: a república e o Orçamento de Estado. É caso para dizer que estamos perante um dos paradoxos mais insustentáveis da política portuguesa: por um lado promovem uma defesa da autonomia num clima de guerra institucional permanente (com graves consequências para as populações da Madeira) garantindo que mais poder significa mais sustentatabilidade, por outro não foram capazes de, com esse poder, conquistar a dita sustentabildiade e continuam a dizer que se a república não dá, eles não têm meios (e pelos vistos competência) para resolver os nossos problemas. Afinal em que ficamos. Então se a ideia é só fazer se a república pagar então estes senhores não são precisos para nada. Pediremos directamente à república. O que acham? Haja rigor e coerência. Mais. Como se pode confiar em gente que não é capaz de defender a sua estratégia? Gente que encontra bodes expiatórios para justificar a ausência de medidas e de políticas que venham de encontro às necessidades das populações.
Quanto ao argumento da vitória nas eleições que permite justificar quase tudo o que faz o PSD, duas notas: em primeiro lugar, todos sabemos as condições em que esta vitória ocorreu; em segundo lugar, de acordo com este orçamento, estamos perante uma de duas possibilidades: ou o povo foi enganado ou, uma hipótese muito próxima da verdade, foi bastante mal informado!
sábado, 8 de dezembro de 2007
Propostas do PS VI
Proposta que permite recuperar a normalidade em termos de planeamento e ordenamento do território, devolvendo a possibilidade de dinamizar um modelo de desenvolvimento sustentável:
Modelo de planeamento geral da RAM: criação de uma Comissão Técnica capaz de, no prazo de 2 anos, restabelecer a normalidade nos instrumentos de planeamento da RAM, designadamente os POOC’s, o POTRAM, os PDM’s, o POT, entre outros.
Propostas PS V
Mais propostas para dinamizar a economia e o sector privado:
Proposta para garantir a alteração relativa às condições de acesso de outros operadores à operação portuária. No essencial o Governo Regional deverá criar todas as condições para anular as barreiras à entrada de operadores concorrentes.
Criação de um observatório de análise de preços praticados na economia regional, de modo a evitar: preços excessivamente elevados face ao mercado e situações de cartel como são o caso, por exemplo, dos transitários.
Redução máxima em sede de IRC para a RAM. Estabelecimento da taxa de 17,5% (o PSD propõe a redução para 20%).
Linha de crédito para suportar a internacionalização das empresas madeirenses. Para 2008 deve ser analisado a viabilidade e a sua adequação e correlação com sistemas de incentivos.
Propostas PS IV
Algumas propostas para dinamizar a economia e permitir a sua diversificação:
1. Investimento público na criação de uma operadora regional e telecomunicações, com objectivo duplo de permitir baixar significativamente os preços e funcionar como elemento catalizador de Investimento Directo Estrangeiro (IDE).
2. Pacote de medidas de apoio ao IDE – Investimento Directo Estrangeiro, como forma de apoiar o desafio da diversificação da economia da RAM, através de:
Programa de atracção de quadros com formação nas áreas que o IDE solicite, com particular relevância nas tecnologias de informação
Preços de instalação competitivos
Comunicações competitivas com o mercado externo
Programa de cooperação com potencial endógeno empresarial
3. Criação de uma Escola Internacional de Turismo, em parceria com uma universidade de referência internacional na área do turismo. Uma iniciativa que eleva a qualidade e o prestígio do ensino e a investigação numa área de interesse estratégico para a economia regional.
4. Reforço da Promoção Turística ao consumidor final: utilização dos mecanismos mais adequados de promoção directa ao turista e não através dos operadores.
Propostas PS III
Algumas propostas para dinamizar a educação e promover a inovação:
1. Fundo de Regularização: Criar um fundo regularização da tesouraria que permita dar as condições necessárias para estabilizar o funcionamento das escolas, na sua gestão corrente.
2. Reforço do investimento na educação, assumindo a transferência do financiamento para a dinamização adequada de projectos educativos escolares (5 milhões de euros deduzidos do orçamento do IDRAM)
3. Programa de apoio à Investigação e Desenvolvimento (I&D) nas empresas, através da dinamização e da fertilização cruzada entre Laboratórios / Universidades / Empresas. Este programa será financiado com 20% das receitas do imposto sobre o tabaco.
Propostas PS II
Algumas propostas de âmbito social do PS Madeira para o ORAM 2008.
1. Programa de combate à pobreza de forma sistemática e abrangente, financiado com o resultado das receitas do imposto sobre as bebidas alcoólicas (sensivelmente 11 milhões de euros)
2. Proposta de alteração dos 3 primeiros escalões de IRS (os dois primeiros atingem reduções máximas possíveis na proposta do PS), conforme a tabela seguinte.
para o 1º escalão: Taxa proposta PSD=8%
Taxa proposta PS=7,5%
para o 2º escalão: Taxa proposta PSD=10,5%
Taxa proposta PS=9,5%
para o 3º escalão: Taxa proposta PSD=22%
Taxa proposta PS=20,5%
3. Comparticipação no passe social aos pensionistas e reformados
4. Indemnizações compensatórias às empresas para a criação de um título combinado de transportes dirigido a desempregados, estudantes e pensionistas.
5. Acréscimo regional aos pensionistas e reformados (50 Euros).
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
As propostas do PS
O grupo parlamentar do PS, na sequência da análise da proposta de ORAM 2008, do Governo do PSD, considera estar perante um documento sem arrojo, sem sentido reformador e sem a necessária mudança de paradigma, no quadro das opções de política económica / social. Apesar do PS Madeira não se rever, minimamente, no essencial das matérias mais relevantes deste documento, pela sua responsabilidade, enquanto maior partido de oposição, pelo dever de contribuir para minimizar os “estragos” que esta proposta do PSD representa para a população da Madeira e Porto Santo, apresentaremos um conjunto de propostas de alteração.
Na verdade, mesmo tendo consciência que a base orçamental apresentada pelo PSD é bastante má e dificulta a sua adaptação adequada aos desafios actuais da RAM: criação de emprego, combate aos problemas sociais, diversificação da economia, criação de riqueza, reforço do papel da educação e atenção prioritária ao papel do sector privado, não hesitaremos em sugerir mais de 20 propostas que, caso sejam aceites, podem contribuir para um plano mais equilibrado e bastante mais de acordo com a realidade da RAM, as necessidades das suas gentes e as recomendações da União Europeia, em matéria de desenvolvimento económico.
Desta forma as propostas apresentadas estão divididas em 3 grandes eixos:
Eixo 1 - apoio ao desenvolvimento empresarial para criar riqueza e emprego: contributo para o advento de um novo modelo consolidado na diversificação da economia, no suporte adequado ao turismo, aposta no investimento público de qualidade e na sustentabilidade.
Eixo 2 - reforço da atenção aos aspectos sociais
Eixo 3 – reforço da aposta na educação, inovação e sociedade do conhecimento
Que atrapalhação!
É incrivel!
Concordo em absoluto com o comentário de Lília Bernardes no seu blogue. Na verdade é impressionante o processo da Representação da Madeira. http://www.uma.pt/blogs/box-m/?p=910
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Mais um debate
A RDP Madeira convidou hoje o grupo parlamentar do PS para mais um debate sobre o Orçamento da RAM para 2008. Mais uma vez lá estarei. Segundo sei passará no domingo.
Entretanto hoje inauguro uma sondagem sobre o ORAM 2008.
"Personalidade Rafeira"?
Não entendo como o Presidente da CMF admite que a sua mulher proponha projectos que violam os planos. Foi isto que vi num jornal regional este fim de semana. Nada de novo na maior autarquia da Madeira. Deve ser da "personalidade rafeira" - como chamou Albuquerque- dos deputados municipais da oposição que acontecem estas coisas!
O mesmo do mesmo
Não mudou nada: dívida, despesas correntes e ausência de sentido reformador. É isto, em sintese a proposta de orçamento na CMF. Onde estão as novidades e as reformas? Não aparecem nem aparecerão. De novo só mais aprovações que violam tudo o que podem violar!
A dívida da CMF
Olhei para o orçamento da CMF para 2008 e ficou claro que a dívida vai aumentar. Contudo, Miguel Albuquerque diz que baixará?! Deve ser eu que não sei o que digo!
Quem adivinha?
Amanhã a vereação do PSD na CMF prepara-se para dar mais uma machadada no ordenamento da Madeira. Aprovará projectos de alteraçõa de dois hoteis (já em construção) que violam o PDM. Numa zona cujo máximo de pisos é 6 um terá 7 e outro 9. é o ragabofe e a impunidade. Até onde iremos nesta loucura?
O pacote IVA
Hoje ficamos a saber que os ministros das finanças dos 27 acordaram no seguinte: o IVA nos serviços vendidos pela Internet (telecomunicações e outros) passarão a ser, a partir de 2019 (com um período de transição entre 2015-2019), cobrados e pagos às autoridades do país de consumo e não, como actualmente, no do Estado-membro onde está instalada a empresa.
Como se sabe o acordo em matéria fiscal tem de ser unânime. Como se sabe o Luxemburgo é o país que mais perde com esta medida - cerca de 220 milhões de euros por ano. Como se sabe, Portugal pela existência da Madeira, mas também dos Açores, cujo IVA é igualmente mais baixo - 15% - apresenta uma competitividade fiscal nesta matéria. Contudo, as perdas são bastante mais significativas no Luxemburgo que acabou por aprovar esta proposta.
Aliás foi o governo português que para ultrapassar as reservas luxemburguesas num domínio (fiscalidade) em que as decisões são tomadas por unanimidade que propõe que a aplicação das novas regras seja adiada para 2015, cinco anos mais tarde do projecto actual (cuja aprovação era quase inevitável).
Por outro lado, o Estado-membro onde uma determinada empresa de telecomunicações está instalada (por exemplo o Luxemburgo) ficará com 30% da receita de IVA da venda de serviços à taxa do país de consumo, no período de transição. Era difícil ter melhor. Apesar de tudo já ouvi de tudo até que Sócrates quis trair a Madeira (?!). Esta esquizofrenia pode sair bem mais cara do que se pode imaginar porque mais uma vez representa o habitual bode expiatório sempre pronto a usar como justificação de debilidades, incompetências, situações de mercado e outros...
Mas é preciso ser muito sério sobre esta matéria. Era de esperar esta conclusão. Em 2006 o impasse levou a um adiamento da decisão por mais dois anos (até final de 2008). Contudo, a pressão sobre uma maior harmonização fiscal estava em cima da mesa e dificilmente seria ultrapassada. Portugal não tinha margem de manobra, como não teve o Luxemburgo. Mesmo assim o acordo é bastante melhor do que a proposta para negociações.
Agora vamos à Madeira. Do que está à espera o Governo Regional para olhar para o IDE - Investimento Directo Estrangeiro- de forma objectiva, directa e com projecto concreto? Porque delega este desafio tão importante nas mãos de uma sociedade de interesses 75% privados? Porque não tem um plano objectivo para ao IDE, com sectores e mercados preferenciais, com pacote de apoios que ultrapassam o quadro fiscal?
Segundo o DN Madeira o Secretário Ventura Garcês ficou espantado. Espantado estou eu com o espanto do Secretário das Finanças. Pelo amor de Deus tratem de governar. Tratem de demonstrar que têm soluções, que acompanham os dossiers, que estão a par dos problemas e da pressão do contexto externo. Globalização também é isto!? Ficar surpreendido com esta matéria é sinónimo de incompetência. Já fizeram um ponto de situação de como se pensam preparar para estes 11 anos que faltam para que esta medida tenha os efeitos propostos?
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Para onde vai o nosso turismo?
Esta semana ficou demonstrada a fragilidade de um politica de turismo assente no apoio directo aos operadores: a TUI não recebeu dinheiro e por isso desviou milhares de turistas. Pergunta: isto é sustentabilidade e aposta na qualidade? enfim parece que não vale a pena mais mais exemplos. Da minha parte reafirmo o que já disse: é preciso ter atenção ao destino ( à sua qualidade) e para isso é fundamental um plano adequado de controle da oferta hoteleira mas também de reposição da normalidade em temos de ordenamento e planeamento urbano (estamos no grau zero do planeamento na Madeira, com graves consequências para o destino) . Além disso, é fundamental criar condições para uma aposta na promoção ao consumidor final (turista) e não concentrar todos os esforços nos operadores (a mesma filosofia aplica-se Às low cost). Esta decisão implica uma inversão completa de medidas e um consciência de um trabalho de médio prazo. Sem isto não teremos condições de afirmação no panorama altamente competitivo das regiões de turismo no mundo.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
O debate do ORAM
A RTP Madeira endereçou um convite ao PS Madeira para um frente a frente com o PSD sobre a proposta de Orçamento da RAM.
É na terça-feira depois do telejornal. Lá estarei.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
A inconstitucionalidade do OE2007?
Meus caros, o que é inconstitucional é o Estatuto Político Administrativo da RAM. Porquê? Porque segundo a constituição portuguesa o relacionamento financeiro entre as Regiões e o País é da exclusiva competência da Assembleia da República. Portanto, o estatuto viola esta questão e isso ficou mais claro com este folhetim da inconstitucionalidade do OE2007.
Só resta pedir a inconstitucionalidade do Estatuto...
A grande diferença!
O meu amigo Paulo Barata, que vive agora nos Açores, colocou a seguinte informação. É importante reflectir :
"A RTP-Açores transmite um debate diário com deputados dos vários partidos representados na Assembleia Legislativa dos Açores, todos os dias depois do telejornal, e até à votação final do Orçamento.
Repito para não haver enganos: debate com todos os Partidos em directo na RTP-Açores todos os dias."
Eu explico melhor, senhor LFM
Sei muito bem o que digo e não vale a pena o LFM tentar retirar credibilidade aos números que apresentei. Apesar de tudo da leitura do seu blogue percebi que LFM não percebeu bem as contas. Por isso vou sublinhar o que disse na conferência de imprensa:
"...mas este orçamento demonstra que é para continuar (o ragabofe da dívida): são mais de 280 milhões de euros em avales e 50 milhões de dívida directa. Ora se juntarmos a tudo isto os avales do passado, a dívida indirecta deverá ascender próximo dos 1500 milhões, somando os já 530 milhões de dívida directa, a dívida global (directa e indirecta) perfaz mais de 2 030 milhões. Se a tudo isto juntarmos os passivos, não cobertos por avales, do Sector Público Empresarial (SPE), que já ultrapassam largamente os 1 000 milhões, estamos perante valores de endividamento na ordem de mais de 3 000 milhões, mais de 75% do PIB."
Ou seja, o que é novidade são os 1000 milhões do SPE (sociedades de desenvolvimento e o resto que conhecemos...) que na prática podem não ser dívida mas o estado de falência de grande parte do SPE da Madeira, conforme já afirmou o próprio tribunal de contas sugere que os passivos (não cobertos por avales) serão buracos que alguém tem de pagar...Espero ter sido mais claro...
Quanto às explicações do Senhor Secretário...Pelo amor de Deus, vou ali e já volto.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Haverá debate?
Inqualificável
A desonestidade de Leonel de Freitas, director da RTP Madeira, não tem limites: no dia em que o maior partido da oposição apresenta a sua primeira posição sobre o principal documento de gestão da governação, o orçamento 2008, a RTP Madeira atira esta tomada de posição para depois de uma sessão de entrega de diplomas de cursos de 5 dias das mulheres empresárias, uma campanha do Instituto do vinho Madeira, a peça da aprovação do do IMI na Câmara de Santa Cruz, uma exposição sobre a violência doméstica, a droga apanhada pela polícia judiciária, a inauguração de uma loja de electrodomésticos em que AJJ, mais uma vez, demonstrou que não sabe o que faz com o estado da economia regional e aproveitou para responder ao PS à critica que fez ao orçamento (embora o telespectador ainda não soubesse dessa posição porque só deu depois). Foram uns longos 22 minutos até que a RTP Madeira considerasse ter chegado a altura de passar a peça da conferência de imprensa sobre o ORAM 2008. Ora nada disto é novidade. Mas é isto que faz a diferença. Não existem dúvidas que a noticia mais importante do dia era a posição do PS sobre o ORAM 2008. Seria assim no quadro nacional, seria assim em qualquer sitio onde a pluralidade e a isenção sejam bens efectivamente conquistados pela democracia. Não foi assim na Madeira. Já o disse mas reafirmo: caso o Senhor Leonel de Freitas mantenha o cargo de director considero uma derrota da democracia e do estado de direito. Não é possível fechar os olhos a este alinhamento editorial inqualificável. Ninguém que conte comigo para ficar calado.
Inimigo Público - o ORAM V
Ainda as receitas
Ainda no quadro das receitas, uma nota para a tímida e ineficaz diminuição do IRC de 22,5% para 20% (menos 10%). É consensual, entre economistas, que apenas a partir de uma diminuição significativa a abordagem fiscal tem efeito no investimento. Ora, o Governo do PSD sabe disso. Tanto sabe que apesar de na teoria esta medida poder significar menos receitas (menos 13 milhões) o governo espera uma redução muito ténue (apenas 5 milhões). Além disso, obviamente que o sucesso desta medida depende de um outro enquadramento empresarial e do reforço do apoio ao sector privado.
Mas, infelizmente, os investimentos nesta área não chegam aos 2% do investimento global o que é suficiente para entender que o Governo do PSD não confia no sector privado e coloca-o numa prioridade secundária.
Inimigo Público - o ORAM IV
Vejamos porquê que as medidas fiscais apresentadas são uma fraude. Vamos usar dois exemplos:
Simulação para o 1º escalão
Ora para o Governo do PSD, oferecer ao João António, um jovem com o rendimento mensal de 500 euros, a diminuição de meio ponto percentual no IRS é fazer uma adequada distribuição de rendimento. Com esta medida, o Senhor Governo Regional diminui o esforço do João António sujeito a IRS no primeiro escalão, em 17,45 euros ano, ou seja, menos 1,45 euros por mês ou 5 cêntimos por dia. Bom, isto quer dizer que o João António poderá, com esta “simpatia” do PSD, e se poupar os 5 cêntimos todos os dias, ao fim do mês, beber mais uma bica e meia. Dá para, se preferirem, para 1/3 de uma carcaça?!…
Simulação para o 2º escalão
O mesmo Governo do PSD, também acha que a Senhora Caetana Jardim, casada e mãe de dois filhos, com um rendimento mensal de 700 euros ficará eternamente agradecida ao Sr. Governo do PSD porque lhe diminuirá o esforço fiscal, em 2008, em cerca de 31,59 Euros, ou seja 2,63 euros por mês ou ainda 9 cêntimos por dia. Ora, é óbvio que a Senhora Caetana não deitará fora os 9 cêntimos por dia, contudo deverá investir num mealheiro de modo a guardar este centavos que o Governo de Alberto João Jardim decidiu propor em Orçamento Regional para 2008. Ao fim de uma semana, os 45 cêntimos poupados chega para comprar 3 carcaças?!...
Face a estes exemplos consideramos de um descaramento sem limites que este Governo Regional, o mesmo que gasta milhões de euros todos os anos em investimentos de utilidade duvidosa, que alimenta um Jornal (o da Madeira) com recursos sem limites, que mantém investimentos avultados em estádios de futebol, que investe em projectos sem viabilidade e que não funcionam, tenha a ousadia de brincar com quem tem necessidades.
O efeito desta medida representa uma eventual perda de receita na ordem dos 724 mil euros, para o 1º escalão, e de 1,3 milhões de euros para o 2º escalão. No total uma verba que ultrapassa ligeiramente os 2 milhões de euros. Apesar de tudo, o Governo, mesmo assim, ainda estima um aumento da receita de IRS (mais 9 milhões face ao ano anterior). No entanto, nem isso foi suficiente para aplicar uma medida com efeito concreto e não apresentar esta proposta que é de uma inutilidade atroz e de um desprezo provocador por parte do PSD.
Mas se a ideia era iniciar uma politica mais séria de apoio aos mais necessitados, o efeito foi totalmente perdido porque 50% dos agregados não têm rendimento suficiente para pagar qualquer imposto, ficando de fora desta abordagem.
Além disso, importa ainda referir, a título de comparação de esforço de aplicação de recursos, que, só para 2008, o apoio às SAD de futebol profissional e outras ascenderá aos 4,1 milhões (custa mais do dobro desta suposta medida social?!). Além dos muitos milhões disponíveis para a construção de campos de futebol para cada clube.
Inimigo Público - o ORAM III
Parte II
Vamos então à análise fria dos números:
Do lado das receitas podemos constatar o seguinte:
As receitas correntes têm crescido exponencialmente. Desde 2004 já subiram mais de 27%. Para este ano prevê-se outro (embora ligeiro) aumento, na ordem dos 0,2%. Quando se analisa de forma mais fina os números desta rubrica é possível concluir que os impostos directos (IRS e IRC) cresceram mais de 70% entre 2004 e 2007. Para 2008, torna a estar previsto novo aumento. Apesar de tudo as receitas próprias praticamente são consumidas pelas despesas de funcionamento, em 2004 até ultrapassaram, demonstrando que mais receitas não é sinal de boa governação mas mais desperdício.
Parece óbvio, para todos, as razões deste crescimento da receita: a maior eficácia da máquina fiscal do país tem permitido aumentar significativamente a base dos que pagam impostos. É por isso que consideramos ofensiva a proposta do Governo do PSD em reduzir apenas em meio ponto percentual o IRS dos escalões mais baixos. Ou seja, no 1º e 2º escalão, o PSD propõe taxas de 8% e 10,5% respectivamente, contra 8,5% e 11% relativamente a 2007.
Esta proposta, na nossa opinião, representa a forma mais eficaz de destruir uma boa ideia e o que podia ser uma boa medida.
Inimigo Público - ORAM II
Parte I
Um orçamento deve reflectir duas preocupações essenciais: o modelo de governação e a estratégia de desenvolvimento económico e social do Governo Regional. Este orçamento para 2008 não deixa dúvidas quanto a estas duas matérias: em primeiro lugar, não é um orçamento que permita a dinamização da economia, através de políticas concretas de diversificação e consolidação dos sectores produtivos da economia regional, ou de um reforço do apoio à actividade privada, permitindo, desta forma, criar emprego e melhorar a distribuição de rendimento, de modo a contribuir para a diminuição da pobreza na RAM; em segundo lugar, não é um orçamento reformador, no sentido de garantir uma administração pública mais eficiente, menos gastadora, com prioridades objectivas, diminuindo o desperdício e aplicando bem os recursos públicos, cada vez mais escassos.
É pois mais uma oportunidade perdida: não reforma, não inova e não muda para melhor. É uma simples cópia de orçamentos passados sem um pingo de imaginação, sem qualquer estratégia a médio e longo prazo, consubstanciando, apenas, uma espécie de “saco azul” para garantir a manutenção dos interesses instalados pelo regime. É um orçamento que continua a divergir do interesse regional e a se enredar, mais e mais, em interesses particulares.
Aliado a tudo isto está a imagem de marca deste Governo Regional Madeira. Imagem essa que é a da mais completa irresponsabilidade na gestão dos dinheiros públicos. E aí, os exemplos são mais que muitos: são os milhões gastos nos Jornal da Madeira para propaganda partidária, é o desperdício em obras de fachada que não funcionam, é a colossal divida das Sociedades de Desenvolvimento, e do Sector Público Empresarial em geral cujos passivos, não cobertos por avales, já ascendem a mais de 1000 milhões de euros, é a contratação de centenas de pessoas fieis ao cartão laranja e é, não mais grave que tudo isto, o regabofe do futebol profissional.
Ora, estas prioridades invertidas colocam em cima da mesa um desafio sem precedentes para as gerações futuras. O PSD, com este orçamento, demonstra que não está preocupado com o futuro. Confirma, de forma peremptória, que apenas quer gerir o presente, garantindo os interesses que o rodeiam e a sua manutenção no poder.
Inimigo Público - O Orçamento Regional
Dou hoje inicio a uma rubrica, neste blogue, que chamarei Inimigo Público, sobre a apreciação do Orçamento da RAM para 2008. Este documento será discutido (espero que no sentido anglo-saxónico) na ALRAM nos próximos dias 11, 12,13 e 14. O grupo parlamentar do PS-M já fez trabalho e tem a primeira apreciação geral que passarei a colocar de seguida.
Chapelada?
O título do DN Madeira devia ser a Chapelada de AJJ. Diz-se por aí que a fonte da noticias (das últimas) tem sido o próprio. É possível. Já foi assim com outros (noutros tempos). Que o diga o Pereira de Gouveia...
O desnorte está a chegar!
Hoje li no DN Madeira uma notícia que não me surpreende mas que reforça uma preocupação genuína com o desperdício e o "regabofe" que a governação do PSD nos habituou. O cinema em Machico (um investimento público da Sociedade de Desenvolvimento - talvez o Vice Presidente diga que também não está preocupado porquer alguém há-de pagar...) fechou porque não existe "clientes". Pelo amor de Deus, isto é assim? Quantas coisas destas existem à volta da ilha? Ninguém presta contas a ninguém? Gasta-se sem critério, "queimam-se" milhões sem nexo, sem orientação, sem prioridade... Até parece que o objectivo é gastar...
Culto do Fascínio
Hoje não me apetece introduções suaves, palavras certas ou sinónimos próximos da verdade. Quero ir directamente ao assunto: perturba-me a pouca sorte de ter de ocupar, de forma involuntária, o meu tempo e o meu esforço num exercício que tem tanto de inútil como de trágico, a escutar incongruências, que roçam o insólito, destinadas a coisa nenhuma. Na verdade, pouco interessa o que vai na alma de quem as profere, importa antes os seus resultados, quase sempre ignorados, deste estilo gasto, manhoso, truculento, maçador mas, sobretudo, de provocador inconsequente. Daqueles que satisfaz o seu ego mas que ignora, de forma desleixada e seca, o bem-estar do próximo. Mas, não é tudo. Este cenário fica concluído com a propaganda desmesurada e concertada que conduz a um resultado aparentemente inesperado: há sempre um bode expiatório que pode garantir a desresponsabilização dos responsáveis! Este estilo maldoso, às vezes mafioso, é assustador e conta, infelizmente, com a passividade de muitos.
O pior de tudo isto é que cada disparate, cada provocação, cada malcriadez, cada estonteante e obtuso pensamento “democrático”, quase sempre envolto numa gigante tónica de desconhecimento ou, mais grave, em alguns casos, de ignorância, nos vai provocando o espírito e nos prejudica o bem estar.
Mas, é preciso reconhecer que a democracia tem destes pontos fracos: o estatuto democrático depende dos mecanismos de controlo que, por sua vez, estão sujeitos a fenómenos perversos de uso e abuso por parte de quem tem a responsabilidade de garantir o seu funcionamento. Contudo, importa sublinhar que não serve para nada a democracia sem democratas. É como uma floresta sem árvores. O défice democrático, epitáfio simplista da realidade regional, não justifica o medo e a tendência perseguidora de um regime: estes são o resultado de uma estranha forma de ser democrata, muito próxima do fascismo, porque está assente num quase perfeito culto do fascínio que tanto aprecia o homem que lidera o governo da Madeira. Estou, por isso, consciente das insustentáveis fragilidades de um sistema democrático que exige a participação de todos mas que, infelizmente, tem como principal protagonista alguém que “eucalipta” tudo à sua volta e corre o risco de tornar digna a versão “suave” (!) do autoritarismo do estado novo na Região, como lembrava Vicente Jorge Silva, numa recente deslocação à Madeira.
O que é verdadeiramente intrigante é a ideia sabiamente transmitida aos discípulos, de um mundo grosseiramente pagão, de que os filhos de um deus menor (?) não comem na mesa abastada, mas suja, dos outros que, por razões quase inexplicáveis acertaram no deus. Enfim, a verdade é que esta sorte divina depende apenas do que estamos dispostos a abdicar: a inteligência, o sentido critico, a liberdade… Fica a sensação de uma discriminação fria, crua e sem censura.
Já agora, como estou convencido dos males e das maldades que assolam um ambiente desta natureza, não me importo de pagar a factura. Aliás, também não estou excessivamente preocupado com aqueles que estão convencidos que tudo gira em torno de princípios mal explicados e convicções apáticas. Daqueles cujos princípios têm um preço: estão disponíveis para abdicar deles, desde que a contrapartida seja adequada. Estou, antes e apenas, desiludido com os outros que eu sei que preferiam estar vivos noutra altura ou noutra terra. Eu compreendo…
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Outra vez? Aturem-no...
sábado, 24 de novembro de 2007
O fascínio de AJJ
Aqui vamos
O Senhor Procurador Geral já deu despacho e é curioso que o seu conteúdo não é assim tão insignificante como alguns gostariam (designadamente alguns que andam pela blogosfera madeirense). Parece evidente que se o dossier "transportado por Jaime Leandro" e entregue ao Dr. Pinto Monteiro fosse apenas espuma ( como muitos andaram a insinuar...) nada disto estava a acontecer. Maria José Morgado não é uma pessoa qualquer e Carlos Farinha já deu provas mais do que suficientes da sua competência e da forma de actuação, pelo que este processo será bem investigado. Estou também certo da boa intervenção do ministério público na Madeira no sentido de esclarecer a verdade, repor a justiça e contribuir para a credibilidade das instituições.
Tomem lá III
LFM já disse por várias vezes que não esconde a sua filiação partidária. Já disse que quando fala não esconde a ligação ao PSD. Portanto, até pode parecer que o comentário que farei é despropositado. Mas, do meu ponto de vista não é. Porquê? Porque ao mesmo tempo que LFM afirma esta ligação partidária procura, ao longo dos seus textos, demonstrar uma certa independência, frágil do meu ponto de vista e mal conseguida. É um bocadinho na linha de que a sua seriedade intelectual, que não duvido, está acima da sua ligação partidária. Parece exagerado (apesar de estar no seu direito actuar como pensa ser melhor para defender os seus interesses!). Ora, até pode ser que LFM pense dessa forma. Pode ser que, em alguns casos, até actue dessa forma. Mas, infelizmente, noutros casos isso não ocorre.
Vejamos, LFM conhece a Assembleia Legislativa Regional melhor que ninguém. Muito melhor que eu. Sabe perfeitamente que as intervenções ocorridas no PAOD quase nunca são alvo de pedidos de esclarecimento. Aliás, o PSD nunca, ou quase nunca, faz perguntas de modo a não potenciar o debate, sobretudo quando joga contra ele. Lamento que se tenha servido deste argumento para justificar um eventual isolamento da minha parte. É mau e denunciador das suas intenções. Mas, sobre isto, permita-me questionar: não estará a fazer juízos de valor sem fundamento? não estará a procurar contribuir para retirar credibilidade? Como se chama isto? "justiceiro"?
Além disso, procura manter a afirmação, típica no PSD, de que o que me motiva é uma questão pessoal. É pena que LFM, a bem da seriedade, não tenha entendido o post em que afirmei, preto no branco, que estou muito à vontade nesta matéria: já disse olhos nos olhos de Albuquerque a minha opinião sobre a sua gestão. Poucos até hoje o fizeram. Não procuro subterfúgios. Tenho a consciência tranquila e estou certo que a vereação do PSD é prejudicial à autarquia do Funchal. Sei do que falo.
Mais grave ainda é que LFM, eventualmente para chamar a si simpatias da área da justiça, resolve também dizer que tenho criticado o ministério público. Ora, admito não ter sido tão claro como gostava, mas já afirmei, por várias vezes que em qualquer profissão existe gente boa e competente e o seu contrário. Recuso-me a personalizar esta questão, mas não tenho dúvidas que muitos concordam comigo que precisamos de mais e melhor justiça. E, naturalmente, a culpa não é apenas dos actores. É preciso meios, estratégia e prioridades e isso extravasa bastante quem é "operacional"...Já o disse por várias vezes... Não voltarei mais a esta questão...
Sacudir a água do capote
Sobre a tragédia dos socorridos:
Sacudir a água do capote não fica bem a ninguém, muito menos a entidades com responsabilidades. Sendo assim,. assistimos a uma "novela" em que todos procuram fugir com o "rabo à seringa". Aliás, o próprio Presidente do Governo, compreendendo a dimensão do problema, veio cautelosamente, embora erradamente, falar que quando se trata de desastres naturais nada há a fazer, ninguém pode ser culpado (foi mais ou menos isto...).Ora, estou convencido que AJJ já tem a noção (se não tem é muito grave) que não se trata de nenhum desastre natural. O que se passou podia ter sido evitado e a razão decorre da intervenção humana.
Parece evidente ser necessário a identificação de responsabilidades. No limite nem estamos a falar de apenas um responsável...Mas não é sequer admissível que chovam comunicados todos a dizer, de forma subtil, que a culpa é de outros. Vão ver que alguns ainda se lembrarão de dizer que é do PS!?
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Tomem lá II
O Senhor LFM tem procurado, ao longo dos últimos tempos, no seu blogue, passar uma mensagem que tenho evitado comentar. Contudo, a forma cada vez mais explicita como tem feito leva a que tenha de me pronunciar sobre esta matéria. Em primeiro lugar, parece paradoxal que LFM me critique pela forma transparente e directa como me pronuncio sobre matérias de relevância politica. É paradoxal porque LFM, por várias vezes, se dirigiu a mim opinando sobre a minha forma de intervenção de forma que não é totalmente imune de critica. O que está no seu direito. Nunca me senti ofendido mas convenhamos que podia. Além disso, LFM sabe que as minhas posições têm sempre uma base factual. E, como diz o povo, contra factos não há argumentos. Em segundo lugar, não tenho nenhuma intenção de mudar uma vírgula da forma como encaro a minha intervenção. Até porque tenho perfeita consciência da diferença entre o discurso e a argumentação dura e factual, sem graus de liberdade de tolerância e a mentira, a malvadez, a provocação (perversa) e a ofensa pessoal, como parece querer fazer passar LFM. Estamos conversados.
Trágédia V - Está licenciado
O projecto da Tâmega nos Socorridos foi licenciado em Julho de 1997, um mês antes da ratificação do PDM. Apesar de tudo, que fique claro que essa aprovação viola o PDM que existia na altura (antes de Agosto de 1997) e o que, no mês seguinte foi ratificado (depois de Julho de 1997). E agora? Esta situação, como já escrevi, é gravíssima.
Tomém lá...
LFM resolveu transcrever um texto de opinião do Virgílio Pereira em que, no essencial, resolve se atirar aos socialistas na CMF porque, segundo ele, usaram linguagem imprópria. Ora, sobre isto queria lembrar aos dois (Virgílio Pereira e LFM) que na primeira reunião de Assembleia Extraordinária ocorrida na CMF, o Senhor Presidente da CMF dirigiu-se a um deputado do PS da seguinte forma: "...tem uma personalidade canalha e rafeira..." Tudo bons rapazes. Tomem lá...
Tragédia IV
Raimundo Quintal foi muito claro: o Senhor Secretário Santos Costa tem responsabilidades. Está à espera de quê para falar à população? Será que a culpa vai morrer solteira?
Tragédia III
Como ficou claro para todos debaixo das pedras ficou esmagado um laboratório. Já alguém procurou saber que tipo de produtos ficaram debaixo das pedras? Não serão perigosos para a saúde pública? Quem fala sobre isto?
tragédia II
Fiquei surpreendido (ou não!) com as declarações do Presidente da CMF. Para ele não é tempo de saber se aquela construção foi ou não licenciada. Ora, engana-se. Este assunto terá de ter a intervenção do ministério público porque morreram duas pessoas. Daí ser absolutamente essencial saber o que se passou em termos de responsabilidades camarárias. Do meu ponto de vista se não foi licenciado é grave, se foi é gravíssimo.
A tragédia
O que se passou nos socorridos foi uma tragédia que, infelizmente, muitos estavam à espera. Aparentemente nem era necessário o testemunho do Dr. Raimundo Quintal (sem qualquer desprestigio para a sua interessante intervenção) porque alguns populares vieram dizer que era expectável este desastre (era visível a olho nu as fragilidades daquela enorme parede de pedra) que, contrariamente ao que se possa pensar (e dizer, como alguns já fizeram!) não é natural. Existem responsabilidades humanas, disto não me parece existirem dúvidas.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Ainda bem
Em 2010 0 Governo da República deverá transferir os low cost para o terminal 2 e os domésticos para o terminal 1. Acho muito bem e está de acordo com a preocupação que temos vindo a transmitir ao Governo da República.
O estatuto
"grande lata"
é impressionante a "lata" do Secretário Jardim Ramos. Depois da confirmação pelo dr. Roque Martins, ex-director da segurança social (despedido pelo Governo do PSD), de que a a governação na Madeira gerou mais de 50 000 pobres, Jardim Ramos não descansou enquanto não encontrou uma encenação adequada para desmentir o então director da segurança social. Compreende-se a preocupação do Secretário, este número demonstra o falhanço óbvio da política social do PSD. Contudo, o que não se esperava é que este Senhor viesse dizer que são apenas pouco mais que 4000 pobres!!! Aliás mais do que isso (quase 8000) recebe o rendimento mínimo de inserção, da responsabilidade da república, o que já prova contradições inaceitáveis por parte deste governante. Enfim, o regime está a "romper" por todo o lado! Já não é possível esconder o que quer que seja e os tiros nos pés começam dar cabo de uma credibilidade trabalhada (assegurada) nas redacções de alguma imprensa e da complacência de alguma sociedade civil. Está a chegar ao fim...
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Horror
Não estou surpreendido mas preocupado e, sobretudo, revoltado: era evidente que esta situação podia ocorrer. Os turistas já reclamaram por causa da feira do marítimo. Imaginem que o fizeram por causa do barulho mas, estou certo que quando se aperceberam de onde vinha o ruído também não devem ter adorado o cenário deplorável montado em frente aos navios! É lamentável a miopia dos nossos governantes. Todos pagamos porque esta imagem "terceiro-mundista", que passamos para o exterior, tem efeitos muito mais alargados do que se imagina.
Falhanço
Hoje o DN Madeira apresenta a Madeira Capital, uma sociedade de capital de risco com a gestão do BANIF e com fundos públicos. O que Miguel Torres Cunha não escreveu é que esta sociedade existe desde 2004 e só aprovou 3 projectos, sendo que um deles, a empresa MOVE, tem hoje a sua sede no Estoril. É preciso dizer com clareza: este projecto é um falhanço notório. Sabem porquê? por 3 razões de fundo: colocaram um banco a decidir matérias que tem a ver com a política pública, transferiram a gestão do fundo para o exterior, não desenvolveram projectos de empreendedorismo a jusante de modo a fazer emergir mais e melhores projectos. Assim não chegam lá!
Mais de metade dos autarcas condenados...
Para quem tem dúvidas sobre o cartoom do Expresso aqui está a noticia que o sustenta.
"Os responsáveis da associação de municípios, que está em situação económico-financeira "extremamente débil", serão julgados em breve (...)
a Mais de metade dos presidentes dos municípios da Madeira foram condenados nos dois últimos anos por infracções financeiras. Os autarcas responsáveis pela própria associação dos municípios também estarão no banco dos réus, em julgamento que acaba de ser requerido pelo Tribunal de Contas (TC).Julgados por este tribunal estão os presidentes das câmaras de S. Vicente (Duarte Mendes), Santana (Carlos Pereira), Ponta do Sol (António Lobo) e Santa Cruz (Savino Correia, este por três vezes), obrigados a repor as verbas indevidamente pagas no anterior mandato, enquanto o do Funchal (Miguel Albuquerque) evitou o julgamento com o pagamento voluntário dos montantes em falta..."
fonte: Publico / Tolentino de Nóbrega
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Está negro!
Assustador IV
O Senhor procurador afirmou que 6 Presidentes de Câmara na MAdeira foram condenados em processos do Tribunal de Contas. Não foram 6 foram 7 e o Dr. Savino foi 3 vezes. Então!?
Assustador III
O Senhor Procurador vai processar o líder do PS e para isso pediu o patrocinio do sindicato dos magistrados. Sem comentários...
Assustador II
Para quem tinha dúvidas o Senhor Procurador, na entrevista à RTP Madeira, esclareceu: não existiram auditorias à CMF em nenhuma altura, em nenhum ano. Fica claro para todos que o PSD e Albuquerque mentiram. Afinal, para aqueles que estão sempre prontos a acusar os que procuram a verdade e a transparência, o que têm a dizer sobre isto? Quem tinha razão? Não estamos perante uma situação de extrema gravidade? Deixem-se de "semânticas"!
Assustador
Acabei de ouvir o Procurador Geral Adjunto do Ministério Público junto do Tribunal de Contas, numa entrevista à RTP Madeira. Só tenho uma palavra: deprimente e, sobretudo, assustador. Assustador porque é impossível ficar sossegado com o discurso que ouvi. Até posso estar a ser completamente injusto, mas, em boa verdade, o resultado da entrevista é a confirmação que algo vai mal nesta instituição. Algo vai mal quando é possível ver a olho nu o medo de mostrar opinião, a falta de segurança e a convicção. Nem interessa o que o Senhor Procurador disse. O que não disse e, sobretudo, como disse, é demonstrador da preocupação que venho falando há muito tempo.
No fim acabou por se referir de forma paradoxal à lei de de Organização e Processo do Tribunal de Contas que no seu artigo 29, número 6, diz o seguinte:
"O Ministério Público pode realizar as diligências complementares que entender adequadas que se relacionem com os factos constantes dos relatórios que lhe sejam remetidos, a fim de serem desencadeados eventuais procedimentos jurisdicionais."
Pela leitura do Procurador, este artigo não lhe dá condições para ser pro-activo e actuar, garantindo que o interesse público não é posto em causa. Ou seja, para o Senhor Dr. Orlando Ventura, a leitura deste artigo deve ser feita de forma restritiva no que diz respeito às suas responsabilidades, pelo que não pode fazer nada a não ser arquivar o processo!?
Mas, paradoxalmente, a visão restritiva já não se aplica ao Governo. Segundo o Senhor Procurador, a lei não diz claramente que o Governo pode intervir de modo a responder ao erro grosseiro cometido, mas aqui, o Senhor Dr. Orlando Ventura conseguiu ver a lei de forma extensiva e encontrou uma maneira de "sacudir a agua do capote" para uma entidade que todos sabemos usará todos os meios para não actuar. É lamentável e, da minha parte, estou esclarecido.
Não é para rir!
Enfim, esta é a realidade que muitos querem esconder. Quando alguns tentam dizer que a realidade da Madeira é igual ao país só posso responder com dados concretos. Se a proporção de autarcas (Presidentes de câmaras) presos no país fosse a mesma que na Madeira (2 em 11) já tinham sido presos mais de 60 (existem 330 autarquias). Tirem as vossas conclusões.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Perigo: Desemprego sobe
A taxa de desemprego na Madeira, segundo o Secretário Regional que tutela esta matéria, voltou a subir: já está nos 6,8% (subiu 0,4% relativamente ao trimestre anterior e 0,7% relativamente ao trimestre homologo). Ainda não tive tempo de fazer uma análise mais fina destes números. Contudo, esta situação já é muito grave, embora receio que os números reais devem ser bem piores que os oficiais.
Depois de analisar os números farei os meus comentários neste blogue.
domingo, 18 de novembro de 2007
mais de 3 000 milhões?
Orçamento da Região 2008
Vamos falar claro: O orçamento da Região para 2008 é o mesmo de sempre: segundo o PIDDAR (Plano de Investimentos) cerca de 48% do total de investimento é para infraestruturas públicas e 1,7% é para Inovação e Empreendedorismo. Afinal onde pára a mudança tão falada? Já agora para o apoio ao sector empresarial estão reservados 2% do investimento. Já não percebo nada: onde fica a diversificação da economia e do apoio ao sector privado? Não brinquem comigo!
Afinal!?
O info-mail de Albuquerque, segundo me informaram, não usou o argumento auditoria do Tribunal de Contas, relativamente a 2003 e 2004, como justificação (frágil) relativamente às negociatas. Porquê, se foi esse o único argumento usado na única Assembleia Extraordinária que os deputados do PSD compareceram?
A ser verdade, só com grande confiança na apatia da sociedade civil é que o PSD se arriscava a não incluir esta matéria, depois de ter afirmado nada temer porque o Tribunal de Contas já tinha auditado. Afinal quem tinha razão? Quem mentiu? E, em que ficamos?
Lembrete
Esta semana foi público que o relatório da inspecção à CMF, parte financeira, em 2003 e 2004 poderá ser arquivado. Era bom fazermos um bocadinho de história sobre esta matéria:
Em primeiro lugar, esta sindicância demorou mais de 3 anos a ser concluída, revelando algo mais para além da auditoria; depois, demorou muito tempo serem divulgados os resultados com muitas hesitações pelo meio desde a Vice Presidência à Presidência do Governo, revelando logo algum desacerto na condução deste problema. O PS na CMF teve de recorrer ao ministério público e a uma pressão constante, através da própria comunicação social, de modo a ter conhecimento dos resultados da inspecção. Após estes obstáculos, inaceitáveis, na vereação e na assembleia municipal o PSD e Miguel Albuquerque votou contra o aprofundamento da auditoria quer no tempo (até 2007) quer no aprofundamento das matérias - para quem diz ter a consciência tranquila é duvidosa esta negação a mais transparência. Além disso, na Assembleia Municipal, os deputados do PSD, também votaram contra uma proposta de acompanhamento da implementação das recomendações da inspecção. Depois, mentiram descaradamente na primeira Assembleia Extraordinária que tinha por objectivo esclarecer este dossier de negociatas, inventando um argumento que acabou por se provar ser uma autêntica fraude: o tribunal de contas nunca fez a auditoria em 2003 e 2004 às contas da CMF. Se alguém ainda tem dúvidas sobre isto porque razão Albuquerque não utilizou esse argumento no seu info-mail de explicação aos munícipes?
Finalmente, os deputados do PSD, em articulação com Albuquerque, já faltaram a duas assembleias extraordinárias, estando prevista a 3ª para amanhã.
Enfim, resta perguntar porque fogem deste assunto como o diabo da cruz?
O PIB em análise
Era interessante que algum governante madeirense se tivesse disponibilizado para estar nesta conferência http://www.beyond-gdp.eu/. Na verdade num momento em que os meios financeiros da Região diminuem sobretudo por causa do erro histórico do governo do PSD em não expurgar do PIB o contributo virtual da Zona Franca, seria útil iniciar um processo de análise e apresentação de soluções de modo a recuperar o que foi "infantilmente" perdido!
sábado, 17 de novembro de 2007
Disparate
Outra vez a 69ª posição
Ontem na Comissão de Economia o PSD votou contra, sem surpresa, à proposta de audição parlamentar à Secretária do Turismo e Transportes sobre o impacto e a posição do Governo a respeito da 69ª posição da Madeira no estudo da National Geographic Traveler. Segundo o PSD, através de Jaime Filipe, não faz sentido sempre que uma revista faz um ranking chamar a Secretária, além disso, justificou que a taxa de ocupação do último trimestre aumentou (enfim é fácil constatar que Jaime Filipe não percebeu o essencial da questão ou, não menos provável, faz demagogia com coisas sérias) . Bom, sem surpresas, no entanto duas observações ficaram na Comissão da minha parte: em primeiro lugar não foi uma revista qualquer que preparou este ranking pelo que o impacto do estudo é mundial, além disso, do nosso ponto de vista estes resultados pela forma como foram obtidos não podem ser ignorados; em segundo lugar, consideramos que era altura da responsável pelo turismo explicar o que quer para o futuro do turismo e como pensa ultrapassar a crise que todos vêm menos o PSD?
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Segunda fase da Campanha
Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas concerteza que está a tento a todas estas movimentações. Não tenho dúvidas que nesta altura estará a preparar uma auditoria profunda à CMF que deve abranger não apenas 2003 e 2004, mas os restantes anos do mandato em causa.
Tentarei saber se sim. Caso não esteja previsto, iremos solicitar essa tomada de posição.
E depois?
Não deixa de ser curiosa e caricata a nota da Vice Presidência hoje no DN local esclarecendo que quem pediu a inspecção foi a CMF e o seu Presidente. E depois? V. Exa. não tutela a inspecção às autarquias. Pelo que viu do relatório, viu porque eu sei que viu, não tinha de garantir que este assunto não levaria este rumo atípico e descomprometedor? Sinceramente, governantes deste calibre são razão mais que suficiente para estarmos todos seriamente preocupados. Nem sei como conseguem adormecer sossegados!?
Claro que tem responsabilidades
Ora esta!
Alberto João Jardim, ao seu estilo, mandou chamar juristas para esgotar as possibilidades da constituição no quadro da autonomia. Isto parece uma anedota. Passou três anos depois da reforma e agora o Presidente do Governo lembrou-se que era preciso fazer umas coisinhas de modo a consubstanciar o que há muito está previsto. Em primeiro lugar isto prova o que se tem afirmado: que a autonomia está sub-aproveitada. Mas, sobre isto é preciso perguntar onde andam os Secretários? O que fazem? Lembrei-me que o Secretário Jardim Ramos despediu o Dr. Roque Martins porque queria uma pessoa a tempo inteiro. Ora também era bom que os Senhores Secretários se dedicassem a sério à governação e menos a vasculhar (e influenciar) as redacções da imprensa, a escrever livros infanto-juvenis...etc.
Pelo amor de Deus!
A feira do marítimo no Porto do Funchal é um escândalo. Será que ninguém quer saber do impacto negativo (enorme) que este "monte de tralha" provoca a quem chega de navio cruzeiro à Madeira. Esta primeira má impressão marcará para sempre o potencial do destino. Este tipo de coisas demonstra duas coisas: temos uma governação terceiro-mundista; o Turismo ainda não tem o lugar que deve no panorama do crescimento económico.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Desamparem-me a loja!
Hoje alguém da blogosfera disse o seguinte: "Porra, que provem a merda que dizem ou que vão à borda merda!".
Confesso que este desabafo diz tudo e revela o estado de desespero que alguns se encontram (embora sem conseguir saber bem porquê!). Era importante que estas pessoas entendessem que a denúncia que está em cima da mesa sobre a CMF está "recheada" de provas. Até existe uma inspecção feita pela tutela inspectiva. Portanto, agora são os tribunais que devem agir. São eles que têm a responsabilidade de provar. O resto são cantigas.
Mas o que tudo isto revela é que se tenta passar uma mensagem para o exterior e para a sociedade civil que a prova é mais importante que o próprio delito. Pelo amor de Deus, deixem-se de demagogias "baratinhas".
Só assim se compreende que sempre que se fala de corrupção saltam para a arena uns senhores muito preocupados com as suspeitas sobre alguns supostos intocáveis. As suspeitas existem e devem ser investigadas custe o que custar doa a quem doer. Infelizmente, todos sabemos, e o autor do comentário também, que nem sempre é assim. Aliás, na Madeira quase sempre não é assim.
Por isso, enterrar a situação porque uma parte significativa e influente da sociedade prefere que se atire a sujeira para debaixo do tapete, é o reflexo de uma sociedade podre e comprometida.
Outra vezII
Hoje, neste blogue, publicarei a resposta que, na altura, o Professor António Borges teve o cuidado de me enviar. Como é óbvio julgo que deve ser a mesma que me enviaria caso eu ainda considerasse valer a pena discutir este assunto, outra vez, com alguém demasiado condicionado com o PSD e com ambição de liderar um partido na rua da amargura. A ver vamos se não tenho razão!
Outra vez?
Exmo. Senhor Professor António Borges,
O meu nome é Carlos João Pereira e sou economista. Dirijo-me a V. Exa. pela enorme consideração que tenho pelo seu percurso académico e profissional e por aquilo que V. Exa. representa para os economistas do país e da própria Região Autónoma da Madeira - RAM. Por estas razões, não posso deixar de lhe transmitir a minha opinião sobre as suas considerações, a respeito do eventual desenvolvimento/crescimento da economia da Madeira e, sobretudo, segundo V. Exa., da sua sustentabilidade. Estas declarações foram proferidas recentemente numa conferência organizada pela Associação Comercial e Industrial do Funchal, por ocasião de uma homenagem ao empresário madeirense, e foram reproduzidas no Diário de Notícias da Madeira.
Naturalmente que jamais me passaria pela cabeça que V. Exa., uma individualidade incontornável no campo da economia e da gestão do país, afirme, convictamente, matérias não suportadas em pressupostos concretos e factuais. Ou seja, não parece sequer admissível que V. Exa., pela sua dimensão internacional, sujeita á necessidade permanente, e inultrapassável, de sustentar as suas decisões e opiniões, tenha agido de forma diferente na análise da situação da economia da Madeira. Também não me parece normal, tendo presente a sua postura e comportamento público, que V. Exa. tenha apresentado a opinião citada por razões de mera “boa educação”. A simpatia de V. Exa., neste contexto, é, na minha modesta opinião, incompatível com a imagem de rigor e credibilidade que V. Exa. tem e, sublinho, merece, no meio académico e empresarial. Sendo assim, estou disponível para acreditar que V. Exa. estava mal informado e, por razões que ainda estão por esclarecer, resolveu opinar sobre o que não estava em condições de o fazer. Caso contrário, e admitindo a minha total distracção e incompetência na análise desta questão, serve esta carta para solicitar uma explicação sustentada da sua posição e para propôr-lhe um convite para explicar, aos madeirenses e aos portugueses em geral, a convicção das suas opiniões. Antes disso, contudo, não posso deixar de lhe apresentar alguns dados que podem apoiar a minha total suspeita relativamente á opinião de V. Exa. sobre a sustentabilidade do modelo económico da Região Autónoma da Madeira.
Sendo assim, gostaria de o informar do seguinte:
No quadro do crescimento do PIB, a Região, em 2004, apresentou um PIB na ordem dos 90% da média europeia. No entanto, como penso ser do conhecimento de V. Exa., esse resultado inclui um contributo na ordem dos 21% do Centro Internacional de Negócios da Madeira – CINM, conforme estudo do INE sobre “O contributo do CINM para o PIB da RAM”. Obviamente que a conclusão mais óbvia seria a de relevar o contributo do CINM para o crescimento do produto, como aliás V. Exa. acabou por fazer na conferência do Funchal. Contudo, na sequência de um estudo do Professor Augusto Mateus, todos sabemos que esse contributo efectivo para a Região não ultrapassa os 8%, pelo que a situação real do indicador de crescimento, deve ser convenientemente analisada quando se fala em sustentabilidade e, principalmente, em desenvolvimento, não tanto quando se analisa o PIB, de per si. O resultado desta análise mais fina é que, caso tivesse existido, do ponto de vista da política económica, atenção a esta matéria, a RAM era ainda, como me parece ser a situação efectiva da Madeira, região de objectivo 1, com possibilidade de manter os níveis de apoios europeus do quadro comunitário em vigor. Na verdade, o que a Madeira ganhou em riqueza do PIB não compensa o que irá deixar de auferir para o próximo quadro, na sequência da sua saída da Região de objectivo1.
Vamos ás questões do endividamento da RAM: com dados de 2003, o endividamento da Região directo e indirecto já ronda os 50% do PIB. Estes valores, apesar de tudo, não podem ser analisados à luz dos critérios da União Europeia porque, como é do conhecimento de V. Exa., existe um conjunto de matérias e serviços como, por exemplo, a defesa e a justiça, entre outros, que estão fora da responsabilidade da RAM.
No quadro das actividades produtivas, onde se destaca o comportamento do turismo, principal sector capaz de alavancar um desenvolvimento sustentável e contribuir para a necessária diversificação do modelo de desenvolvimento regional, os resultados são catastróficos: as taxas de ocupação situam-se na ordem dos 53%, apresentando uma tendência decrescente desde 2000; a receita média por quarto não pára de diminuir e as receitas globais do sector de hotelaria em 2005 foram metade da Região de Lisboa, que, como V. Exa. sabe, tem uma oferta de camas próxima dos 50% da RAM.
No que respeita ao indicador do desemprego, em 2005, verificou-se um agravamento de 50%.
Quanto ás questões relacionadas com a educação, uma matéria fundamental para a concretização das orientações europeias da Estratégia de Lisboa, a Madeira apresenta um panorama negro, bastando para o efeito fazer uma análise comparativa aos seus resultados, no quadro dos exames nacionais, como foi largamente publicado na imprensa nacional.
Enfim, sobre a sustentabilidade do crescimento do PIB, a história recente da economia regional, confirma três contribuições fundamentais: o CINM, as obras públicas suportadas por fundos europeus e a dinâmica do turismo. A realidade, conforme dados apresentados anteriormente, é que o futuro do CINM é incerto e o seu contributo para a riqueza da região deve ser analisado de forma prudente; as obras públicas tenderão a diminuir face á limitação física da própria ilha, que não suporta muito mais obras e as próprias limitações financeiras. Aliás, sobre esta matéria, o papel das sociedades de desenvolvimento da Madeira, estruturas criadas pelo Governo Regional para financiar investimento público sem qualquer critério racional, é um dos aspectos mais preocupantes da irresponsabilidade, na condução da política económica na RAM, que V. Exa. concerteza concordará. Finalmente, o turismo, os dados não mentem e são esclarecedores, a sua actual fragilidade não garante a criação de um cluster que poderia ser uma das questões mais determinantes do crescimento da economia da Região e, sobretudo, da sua sustentabilidade.
Exmo. Senhor Professor, aceite esta reacção, apresentada de forma descomprometida, como uma tentativa de esclarecer a sua opinião. Como sabe, a ciência económica tem uma componente normativa na qual pode ser sustentada divergências de princípios, mas no que diz respeito á sua versão positiva, não pode haver duas opiniões tão distintas.
Cumprimentos
Carlos João Pereira
Credibilidade do governo
O Banco de Portugal, e o seu Presidente, apresentou previsõpes que confirmam o crescimento para 2007 (1,8%). É pouco, é verdade, mas confirma as previsões do governo. Uma preciosidade para a cavalgada na credibilidade que este governo continua a ter.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Também estou desejando!
LFM no seu blogue refere que está desejando de ver os treinadores de bancada a dar tácticas a Maria José Morgado. Não me admira, isso tem sido a prática de há muitos anos nesta terra "bendita". Este desabafo do colega da blogosfera deve ser porque finalmente teve a resposta do que continha a mala de Jaime Leandro: segundo o procurador, "dossiers muito volumosos". Não preciso dizer mais nada!
Começa a discussão
A partir de hoje está aberta a discussão do Orçamento da Região para 2008. Tentarei, nos próximos tempos, colocar alguns comentários sobre este documento.
Aqui vamos XIX
Afinal não mudou nada: na área da cultura existe entidades externas a trabalhar para a CMF na organização do programa Funchal 500 anos entre outras coisas, como seja a feira do livro, e não houve, que se saiba, nenhum concurso público. O que se passa afinal?
Aqui vamos VIII
Aqui vamos VII
O que é incrível é a "lata" de Miguel Albuquerque: o homem diz que sempre esteve descansado (vamos lá saber porquê?) e que, reparem nesta, sabia que tudo iria ser esclarecido. Mas o homem está doido ou haja que anda tudo a dormir? Não vale a pena apressar-se a esfregar as mãos. Este arquivamento parcial pode ter contribuído para mais um obstáculo no esclarecimento do escândalo, cujo principal protagonista é o Sr. Dr. Miguel Albuquerque, mas, apesar de tudo, não significa nem o fim do folhetim das negociatas e, muito menos, a prova de que não há "crime" na gestão de Albuquerque.
Enfim...
Acabei de ouvir Guilherme Silva muito preocupado com o cumprimento da lei, decorrente do sua assessoria jurídica à Universidade da Madeira. Estou de acordo com o rigor de Guilherme Silva mas chamo a atenção que este senhor nem sempre diz o mesmo para situações semelhantes.
A loucura e o desgoverno
Passou despercebida a discussão, na ALRAM, relativamente ao modelo de apoios às empresas proposto pelo PSD. Por incrível que pareça o modelo apresentado revela a diferença ENORME entre o que faz, o que diz e o que programa.Vejamos: o governo diz que não quer betão. Na prática ele não pára de aumentar (mais 6% no orçamento para 2008). Mas além disso, o governo apesar de dizer que quer mudar o modelo e quer fazer uma diversificação da economia baseada no investimento privado, apresenta uma proposta de linhas orientadoras onde não tem uma linha sobre a famigerada diversificação. Além disso, apresenta uma possibilidade, inaceitável e, até agorqa, inexplicável, das empresas públicas terem acesso aos apoios que, supostamente, deviam de ser para o sector privado. Enfim, já se está mesmo a ver o que vai acontecer: os bastante magros fundos para o investimento privado servirão como tábua de salvação às recentes empresas públicas falidas que este governo tem criado. Isto é mesmo uma loucura.
Aqui vamos V
Ninguém dúvida, e o próprio DN Madeira fez uma peça exemplar - os meus parabéns, que os erros detectados que levaram, por agora, ao arquivamento de parte das "negociatas" não iliba nenhum dos "suspeitos" identificados. É preciso reconhecer esta questão de forma muito séria.
Por isso, não percebo alguns suspiros de alívio de alguns deputados do PSD da Assembleia Municipal do Funchal, porventura ansiosos por substituir a antiga mentira da inexistente auditoria do Tribunal de Contas por esta "gaffe" do arquivamento por erros processuais. Tenham cuidado, porque podem dar mais um argumento para manter a solicitação de outra assembleia extraordinária. É claro que sempre podem dizer que é semântica...
Aqui vamos IV
Apesar de alguns senhores da blogosfera acharem que a procura da justiça, a exigência da sua actuação e a tentativa de tornar claro o que se quer esconder, é o mesmo que atirar lama aos supostos inocentes - até parece que as ilegalidades detectadas na CMF aconteceram por obra e graça do divino Espírito Santo - considero que continua a ser determinante a manutenção do tema das negociatas da CMF na ordem do dia. E, mesmo com ameaças rasteiras, mesmo com tentativas mais ou menos claras de denegrir a minha imagem e a minha reputação, não vou baixar os braços. E para os que duvidam do que digo, estejam atentos.
Além disso, reafirmo que não quero julgar ninguém mas não atirem areia para os meus olhos. Sobre esta matéria, é preciso reconhecer que cada qual acredita no que quer ou no que pode!
Aqui vamos III
O processo de arquivamento da parte financeira da inspecção às negociatas foi arquivado. Quando li o DN Madeira de hoje só me ocorreu que temos de ter consciência que "eles sabem o que fazem!". Na verdade, se esta foi uma opinião de impulso, com mais certeza fiquei quando li a entrevista do Senhor Procurador Geral adjunto junto do Tribunal de Contas. Segundo ele, o processo vinha minado e, por isso, considera que o Governo Regional ainda pode responder aos erros grosseiros apresentados. Bom, sobre o governo já sabemos o que irá acontecer. Nada. Foi negligência deliberada ou mesmo incompetência? talvez. Pode acontecer alguma coisa aos responsáveis? Pode. Vai acontecer ? Não.
Mas é bom não esquecer que segundo a lei 48/2006 que efectua uma alteração à lei de organização e processo do tribunal de contas no seu número 6 do artigo 29 diz o seguinte:
"O Ministério Público pode realizar as diligências complementares que entender adequadas que se relacionem com os factos constantes dos relatórios que lhe sejam remetidos, a fim de serem desencadeados eventuais procedimentos jurisdicionais"
Portanto, da leitura que faço, além da possibilidade do Governo Regional impedir que este dossier "morra na praia", por sua culpa, e ilibe, sem qualquer razão, os prevaricadores, conforme explica na entrevista o Senhor Juiz Orlando Ventura. Também o ministério público tem, desde 2006, um instrumento que pode utilizar, resolvendo de imediato o erro detectado e recolhendo a informação que está em falta, permitindo abrir o processo que mandou arquivar. Obviamente que é isso que estou à espera que seja feito pelo Senhor Procurador Geral Adjunto junto da Secção da Madeira do Tribunal de Contas.
Aqui vamos II
Não sei verdadeiramente até onde isto irá nem conheço, em profundidade, o que está previsto acontecer. Contudo sei que algumas coisas ocorrerão. E, por isso, parece óbvio que alguns sentem o aperto a chegar. Sendo assim, só desejo que se acabe com a situação da Madeira parecer uma espécie de "gueto" no quadro do estado de direito, repleto de perversões e promiscuidades. Venha a Maria José Morgado.
Aqui vamos
A noticia do DN Nacional, onde dá conta da "vinda" de Maria José Morgado para a Madeira, só pode ter uma leitura: o discurso sobre a situação do exercício da justiça da Madeira não é assim tão inócuo e parece que não se esgota no debate até onde deve ir a intervenção política, como alguns gostam de sublinhar. Goste-se ou não João Carlos Gouveia ganhou esta batalha.
Guilherme
Quero agradecer ao Senhor deputado Guilherme Silva os comentários feitos no programa da RTP Madeira, que não assisti, sobre o meu blogue e o seu conteúdo. De qualquer forma, como é óbvio, apesar do mal estar do Senhor deputado não retiro uma virgula à minha opinião já aqui veiculada. Aliás, acrescento que numa terra onde é muito difícil encontrar meios de expressar a opinião, sem qualquer tipo de barreiras e numa lógica, apenas, de informação, a blogosfera representa uma grande solução e deve ser convenientemente promovida.
Quanto ao ímpeto do Senhor deputado de andar à "caça" de quem diz algumas coisas que atingem o regime estou perplexo porque pode querer parecer que o Senhor Dr. Guilherme Silva está perturbado com o eco dos blogues da Madeira. Será?
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
O "horror" das iluminações
domingo, 11 de novembro de 2007
Haja paciência
Guilherme não sabe
Sérgio do Farpas deu a resposta que Guilherme Silva devia saber antes de fingir que sabe o que, na verdade, não sabe. O tema das provocações anónimas na blogosfera não se resolve com o ímpeto voluntarista, despropositado e desesperado do deputado do PSD.
http://farpasdamadeira.blogspot.com/2007/11/falar-do-que-no-sabe.html.
Afinal o que querem?
«Deputado do PSD-M defende independência da Madeira». Bom, este tipo de comentários, cheios de convicção, parecem patetices e, à primeira vista, deviam ser ignorados. Contudo, não foi qualquer um que disse: foi um deputado do PSD e Presidente de uma Associação, onde AJJ é sócio nº 1. Por isso era bom que tivessem consciência do lume que andam a mexer. Estão a pedi-las e parece que o contexto até pode ser muito oportuno para isso. Deixem-se de tontices inconsequentes e vão direitos ao assunto...
Também?
"Grande lata"!
Falta de vergonha
Efeitos da campanha IV
Eu disse e aí está: o DN Madeira de hoje, na revista, na secção arte de distorcer, desenterra o episódio do convite de João Cunha e Silva para a Loja do Cidadão e atira com comentários só compreensíveis num contexto de atirar lama à minha forma de estar de modo a descredibilizar. Já se esperava. Apesar de tudo penso, infelizmente, que isto é apenas um ensaio...
sábado, 10 de novembro de 2007
Suspeitas
Terminou o inquérito neste blogue com a pergunta "Existe um problema de transparência na administração pública regional e local?". O resultado foi esclarecedor: 67% dizem que sim contra 32% que considera que não. Ora esta sondagem vale muito pouco mas, pelo menos, a maior parte dos visitantes deste blogue não dúvida que muito há para fazer nesta matéria...
Da minha parte parece evidente que este problema tem de estar no centro das atenções da sociedade civil.
Mentira e má fé
2. Assim, pelas afirmações vindas a público, o Sr. Vice-Presidente, que tutela a EEM, revela não conhecer a os termos das negociações efectuadas e sobretudo manifesta ou uma incompetência incompreensível ou uma má fé deliberada traduzida por esta inaceitável mentira.
3. Sendo assim, era bom alguém aconselhar o Senhor Vice Presidente a consultar o sítio http://www.erse.pt/, onde, por exemplo, poderá ver o Destaque de 2007.10.15: “Proposta de Tarifas e Preços de Energia Eléctrica e Outros Serviços a vigorarem em 2008”.
5. Mais. Também se pode verificar que nos consumidores finais domésticos típicos a TVCF na Madeira ainda fica inferior (98 %) aos do Continente e que sem este esforço nacional da convergência tarifária o aumento médio da energia eléctrica no Continente seria de 0,6% em vez de 2,9%, enquanto, pelo contrário, esse aumento seria de 56,9% na Madeira.
6. Em alterantiva a este tipo de comentários, que, como se verifica, demonstram uma prática perversa, mentirosa e maldosa de fazer política, aconselho o Sr. Vice-Presidente a estar atento às dívidas de clientes à EEM, que, de acordo com a Conta de Gerência de 2005, eram de 114 milhões de Euros, que, seguramente, não serão de cidadãos anónimos eventualmente com fornecimento cortado, mas serão sim, essencialmente, dívidas do Governo Regional e das Câmaras Municipais. Só assim poderia, com alguma dignidade, arrogar-se de que: “Com muito esforço temos mantido o preço da energia nos valores iguais aos do continente”, como afirmou descaradamente no evento supra referido. Éste tipo de desonestidade demonstra a confiança que os governantes têm na comunicação social...