sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Prova III

Acta da vereação da CMF de 14 de Junho


"...Intervindo em seguida, o Sr. Vereador Carlos Pereira, do PS, abordou novamente a questão relacionada com as obras do CS Hotel, antigo “Crowne Plaza”, manifestando grande preocupação pelo facto de não ser do conhecimento de ninguém qual o que pretende a vereação do PSD fazer relativamente ao problema levantado e, assumido pelo senhor vereador João Rodrigues. O Sr. Vereador João Rodrigues, do PSD, disse que está a ser analisado o protocolo com o promotor, supondo que dentro de uma ou duas semanas o processo poderá ser presente à reunião.-------------- - Sobre este assunto, o Sr. Vereador do PS, Carlos Pereira, referiu que, em sua opinião, a análise do protocolo é extemporânea e para o caso pouco relevante. O que interessa verdadeiramente é saber se a vereação executiva da autarquia do Funchal trata da mesma forma todos os empresários. Na verdade tendo presente que o projecto que está em execução no hotel CS não é o que fora aprovado pela vereação, torna-se indispensável uma intervenção imediata da fiscalização da autarquia de modo a demonstrar que nã existem diferenças de tratamento. Para o vereador Carlos Pereira, este processo tem sido mal conduzido pela vereação executiva da autarquia do Funchal o que é bastante lamentável dado o efeito que provoca para o exterior. Resta saber se o caminho que está a seguir tem a ver com distracção, incompetência ou, mais grave trata-se de uma atitude deliberada. É isso que gostávamos de ver esclarecido.

Não esquecemos!

Acta da vereação de 15 de Março de 2007

"O Sr. Vereador Carlos Pereira, do PS, iniciou este período, abordando várias questões.---------------------Questionou o ponto da situação dos contratos de concessão de estacionamentos que terminam em dois mil e oito, nomeadamente, se haverá novo concurso ou uma última renovação.--------------------------------------------------------------------------- - Respondendo, o Sr. Vice-Presidente, Bruno Pereira, disse faltar ainda algum tempo mas que, tendo em conta a melhoria do serviço prestado aos munícipes, a questão financeira e o próprio contrato, a Câmara irá analisar a situação e depois decidir."

Provas II

Acta da CMF de 17 de Maio

"O vereador do PS Luis Vilhena, iniciou este período abordando, de novo, o assunto relacionado com as obras do Crowne Plaza – Projecto do Centro de Congressos, aprovado pela Câmara, por unanimidade, no qual constava um afastamento de nove metros em relação à Estrada Monumental. A este propósito, referiu que o afastamento foi-lhe confirmado aquando da respectiva aprovação e, também, junto à própria obra pelo engenheiro responsável. Porém, hoje, verificou que isso não está a acontecer.
O Sr. Vereador João Rodrigues, do PSD, esclareceu que deu entrada nos serviços da Câmara Municipal do Funchal um protocolo relativo a esta questão, que está a ser analisado."

E ainda..

"...Nesta sequência, o Sr. Vereador Carlos Pereira, do PS, referiu: “Nós há tempos alertamos para o facto de se perceber pela obra, que o espaço por baixo da estrada iria ser utilizado e, aqui, foi-nos dito que não; por isso estranhamos o que se está a passar, porque o projecto aprovado difere daquele que está a ser edificado; antes da obra ser executada o projecto de alterações deveria ter sido aprovado.”

Provas I

Sobre o hotel CS deixo a transcrição da acta da vereação da CMF do 31 de Maio de 2007, no período antes da ordem do dia na sequência da intervenção do meu colega vereador arquitecto Luís Vilhena

"...referiu que as obras ( no hotel CS) continuam a decorrer normalmente não se verificando o que foi prometido na última reunião pelo vereador João Rodrigues que disse ir enviar uma notificação ao promotor para parar as obras na faixa de 9 metros junto à Estrada Monumental.
O Sr. Vereador João Rodrigues afirmou que o promotor foi informado para não desenvolver os trabalhos nessa zona e aproveitou para informar que tinha entrado um projecto de alterações relativamente à referida obra."


Estamos a entrar no mês de Setembro e o Senhor vereador está à espera de quê? Porque razão é que isto acontece. Porque razão Miguel Albuquerque se expõe desta forma? É tempo de acabar com esta prática de atirar areia para os olhos de todos...

Quem não deve não teme

Este estilo (de evitar auditorias, inspecções, enfim ter uma gestão transparente) que começa a caracterizar a vereação actual do PSD na CMF não é um traço recente, i.e., lembro a todos que no ano passado, os senhores vereadores do PSD também votaram contra a seguinte proposta dos vereadores do PS:

"solicitação de uma auditoria tecnológica independente ao sistema de informação da CMF com dois objectivos concretos:
a. diagnóstico da instalação informática em utilização, com levantamento concreto de problemas, insuficiências e fragilidades, timings de implementação e adequação do investimento aos resultado;
b. apresentação de soluções adequadas ao cumprimentos dos desafios de uma autarquia como a do Funchal num contexto de utilização de tecnologias de informação, ao nível interno mas também no contexto dos serviços a oferecer externamente."


Enfim alguém é capaz de me explicar porquê?

Para que nenhum "chico esperto" venha contrariar esta leitura dizendo que foi aprovado ontem uma proposta de auditoria às contas, é bom que todos saibam que esse procedimento é obrigatório...

Lamentável

A peça do Tribuna sobre o hotel CS é de um descaramento sem limites. Toda ela está construída com um objectivo: descredibilizar o trabalho dos vereadores do PS e limpar a imagem de Miguel Albuquerque. Lamento este tipo de jornalismo, contudo respeito o Dr. Edgar Aguiar pelo que fico a aguardar com expectativa a reposição da verdade sobre esta importante matéria.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

INSUSTENTÁVEL

A vereação do PSD votou contra a proposta do PS de solicitar uma inspecção extraordinária à gestão autárquica para o período de 2005 a 2007 ( 1º semestre). Lamentamos esta decisão e parece ficar claro que a vereação do PSD continua indisponível para gerir os destinos da autarquia com transparência. Do nosso ponto de vista é fundamental criar condições para ultrapassar esta fase negra da credibilidade da gestão autárquica. Mas, obviamente, que esse objectivo não pode ser alcançado atirando para "debaixo do tapete" a história recente. É fundamental clarificar tudo, sem excepção, de maneira a poder trilhar um caminho seguro e ambicioso no sentido da salvaguarda do interesse público e dos cidadãos do Funchal.
Para quem tinha dúvidas sobre as suspeitas relacionadas com a CMF este parece ser mais um precioso contributo para o seu esclarecimento.

Da parte do PS, existe uma consciência clara que é fundamental garantir que a tutela inspectiva faz o seu trabalho, por isso, faremos uma solicitação formal à Vice Presidência no sentido de insistir que faça o seu papel e instaure esta inspecção extraordinária.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O futuro de Albuquerque


Porque Albuquerque está verdadeiramente em apuros, porque sei que no PSD o burburinho sobre o seu futuro na CMF já está em cima da mesa, porque diz-se que AJJ já não o queria para candidato nas últimas eleições, porque Bruno Pereira parece querer aparecer ( segundo fontes que não posso divulgar) como o candidato que se segue (?) porque apetece-me especular, resolvi fazer um inquérito aos que visitam este blogue. Assim a ideia base é perceber se a actual polémica pode levar a alterações de fundo no panorama da próxima candidatura à CMF. Albuquerque já disse que não saia mas o cenário de Bruno Pereira ocupar o seu lugar antes mesmo das próximas eleições pode não estar totalmente colocado de parte. Seria a entrega do poder à família do professor Virgílio Pereira depois de este ter oferecido o mesmo há mais de 10 anos a Albuquerque.


Já agora, a minha opinião é que estes cenários dependerão do posicionamento da oposição na CMF

Imobilismo na mobilidade


Passaram dois anos, foi uma proposta dos vereadores do PS para uma intervenção séria e estruturante no trânsito do Funchal. O PSD admitiu ser importante seguir esse caminho, por isso mandou fazer um estudo de mobilidade. Enfim a verdade é que a "deriva" permanente da gestão da CMF atira para segundo plano aspectos essenciais para a qualidade de vida das pessoas. Continuamos à espera dos resultados do estudo. é óbvio que imagino que a sua implementação e consequentes resultados práticos só para muito próximo das próximas eleições. Entretanto o caos no trânsito do Funchal prejudica o funchalense e deixa uma nódoa na apreciação do turista à nossa bonita cidade.

CRIME URBANÍSTICO


fonte: 3dcities

Albuquerque em apuros XIII: é já amanhã

Amanhã na primeira reunião de vereação da CMF será votada uma proposta dos vereadores do PS para “Solicitar a quem tem responsabilidades de tutela inspectiva das autarquias na Madeira, ou seja à Vice-presidência, a realização de uma sindicância de 2004 até ao primeiro semestre de 2007”

Com a aprovação desta iniciativa por parte de todos os vereadores e forças políticas, será possível avaliar o real ponto de situação das matérias que vêm sendo alvo de discussão na praça pública. Com elementos factuais a opinião pública tomará conhecimento objectivo de quem tem realmente interesse em apurar a verdade. A opinião pública e os eleitores do Funchal poderão conhecer quem realmente defende os interesses dos cidadãos e procuram salvaguardar o interesse público.

Finalmente, é nosso entendimento que esta atitude há muito que deveria ter sido tomada pela Vice-presidência. O facto de não o fazer significa que promove um divórcio escandaloso das suas responsabilidades, de maneira a defender os interesses partidários e não, como devia, o interesse público.
Aguardo com expectativa os resultados...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Silly III

A propósito do burburinho do que faz e não o DN Madeira, fico a aguardar, com natural expectativa, a noticia sobre o relatório do tribunal de contas a respeito da Sociedade Metropolitana ( relatório já disponível na net, no site do TC). Também deve ser "bonitinha". Por isso, já estou a ver mais um processo ao jornalista que tiver coragem de a colocar...

Silly II

O esclarecimento da noticia relativo ao Madeira Parques publicado hoje no DN Madeira, no âmbito do direito de resposta, termina com um suposto procedimento criminal ao jornalista que escreveu, de forma genérica, sobre alguns comportamentos de alguns governantes ( não de todos e não especificou a quem se referia). Parece demasiado excessiva esta atitude, chegando a parecer uma fuga para a frente de quem tem pouco a dizer sobre mais este escândalo da governação laranja. Já agora é relevante para o caso o facto de um relatório de Janeiro do Tribunal de Contas só hoje ( ontem!) tenha sido publicamente revelado? Do meu ponto de vista só é lamentável...

Silly?

É impressionante a semelhança do discurso político de AJJ com o de Salazar e do estado novo. Para quem sabe, com Salazar, ou estavam de acordo ou então eram comunistas e, infelizmente, foi desta forma que Cunhal acabou por consolidar o seu papel. O comunismo servia para quase tudo de modo a justificar as persiguições do regime totalitário...Foi uma grande ajuda de Salazar a Cunhal.

No Porto Santo o homem que nos governa disse isto: «O Partido Socialista está morto e enterrado, pelo que o grande problema da Região é o Partido Comunista, que hoje controla o PS-M e a comunicação social». Fantástico!

Mais do mesmo

Afinal tínhamos razão: as despesas com assessores é um verdadeiro disparate na CMF e podem ser reduzidas, conforme noticia hoje o DN Madeira. Mas o que a noticia não releva é a circunstância interessante, mas não surpreendente, do Senhor Presidente da junta de Santo António, um dos "caciques" mais activos do PSD, ter uma avença com a maior autarquia da Madeira. Parece pouco ético e, francamente, nada transparente.

Relatório Escondido


Parece mentira mas não é: os vereadores do PS ( só posso falar pelo que conheço efectivamente) apesar do esforço no sentido de terem acesso a um documento que deve ser público, ainda não conhecem o conteúdo da inspecção às "negociatas". Na verdade o povo nunca se engana: quem não deve não teme. Apesar de tudo, para aqueles que continuam a julgar que é uma precipitação a nossa atitude no sentido de contribuir para colocar um ponto final na pouca vergonha da gestão de Miguel Albuquerque na CMF, gostava de saber a opinião sobre esta postura inadmissível de sonegar informação a quem tem direito.

Importante


Os deputados da Assembleia Municipal do Funchal de toda a oposição estiveram hoje, todos juntos, a solicitar uma Assembleia Extraordinária para discutir o relatório da sindicância efectuada pela Vice Presidência. MUITO BEM.

Bem dito

Francisco Sarsfield Cabral termina o seu artigo de hoje no Público, num dia em que deixamos de poder ler a sábia opinião de EPC, com uma sábia frase que me parece de importante reflexão para o momento que vivemos na Madeira: "A corrupção é a irmã gémea do intervencionismo estatal"

Muito mau


É quase impossível avaliar o estrondoso impacto que esta "novela" do BCP terá nos resultados do maior banco privado português. É bom dizer que o conjunto de advogados e empresários envolvidos neste processo, habituados à critica fácil e dura junto de governantes e políticos, não saem melhor na fotografia e prestaram, obviamente, um muito mau serviço ao país pela péssima imagem que vão dando para o exterior...É mau de mais...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Descaramento

A RTP Madeira teve o descaramento de me fazer um convite para um debate com o Senhor vereador Ricardo Vieira por causa do assunto das negociatas da CMF. Não me interessa as razões que levaram ao Senhor vereador Ricardo Vieira afirmar que a culpa da situação actual da CMF é do GR e do PS ( parece, apesar de tudo, uma análise sofisticada e ao alcance de poucos). O que me parece relevante é que este é o exemplo mais evidente da forma como a nossa televisão presta um muito medíocre serviço público e, mais grave, é um instrumento privilegiado para branquear as situações da gravidade desta e que prejudicam, indiscutivelmente, o regime jardinista.
Obviamente que recusei este convite e só lamento que outros se disponibilizem para esta autêntica "fantochada".

Fica o desafio da RTP Madeira para um convite com o responsável directo pela total descredibilização da gestão da CMF: o Dr. Miguel Albuquerque. Parece evidente que é o Senhor Presidente da CMF que está em causa e a existir um debate ele devia estar presente e não, como aconteceu, ter feito uma defesa pública, na RTP Madeira, sem qualquer contraditório.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sindicância para 2005 e 2006

Esperamos, sinceramente, que a Vice Presidência demonstre de forma clara e inequívoca que a questão da sindicância à CMF foi um acto administrativo decorrente das suas competências. Sendo assim, esperamos que ordene, rapidamente, uma nova sindicância à CMF para o período 2005 e 2006.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Falador mas...


Guilherme Silva é uma figura incontornável do Jardinismo. Recentemente veio a público dizer ser fundamental uma campanha de marketing de forma a melhorar a imagem da Madeira. Concordo com este deputado do PSD. É necessário fazer alguma coisa, e rapidamente, porque perdemos todos com a imagem que a Madeira e os madeirenses têm no continente. Contudo, queria lembrar a Guilherme Silva que a causa desta infeliz situação decorre da estratégia de permanente guerrilha institucional e afronta pessoal, de baixo nível e brejeiro, concretizada por AJJ. Aliás, o próprio Guilherme Silva é um dos co-responsáveis pela situação porque nunca se distanciou dos disparates e agressões pessoais que AJJ foi fazendo ao longo dos anos, com particular intensidade nos últimos dois. Por isso, no contexto actual, nem com marketing conseguimos resolver esta questão que ameaça ser crónica. Precisamos de uma nova estratégia de dialogo institucional e uma mudança definitiva dos protagonistas. AJJ já não é a solução é o problema. Além disso, do meu ponto de vista, Guilherme Silva separado de Alberto João Jardim não passa de um simples militante do PSD. Não tem a personalidade necessária para encetar um novo percurso que garanta uma necessária mudança de fundo.

Albuquerque mentiu outra vez...

José António Cardoso não deixou dúvidas e respondeu frontalmente a Albuquerque: os vereadores do PS, no anterior mandato, sempre se opuseram a projectos que violavam o PDM. Além disso, foi bastante duro com o actual Presidente da CMF lembrando que não se tratam de pequenas irregularidades administrativas mas sim grosseiras violações do PDM, ou seja violação da lei. Isto quer dizer que, mais uma vez, Albuquerque mentiu. Começa a ser um traço sintomático do seu carácter.

Convergência

A oposição deve ter o seu caminho próprio porque existe um eleitorado que é potencialmente partilhado, por exemplo, pela esquerda. Contudo, sou defensor da definição de causas verdadeiramente relevantes para a Região, para as autarquias, e para a democracia, onde possa existir total convergência. Garanto que os resultados serão bastante melhores. Da minha parte a disponibilidade é muito grande, com total respeito pelos interesses partidários de cada um.



Lanço um desafio a um "ensaio geral" na autarquia do Funchal, com total respeito pela intervenção dos líderes de cada partido.

União e intervenção

Concordo com aqueles que consideram que os partidos da oposição devem ter intervenção nas comemorações do dia da cidade. Contudo, por razões óbvias pareceu-nos mais adequado não desviar a atenção do essencial, durante as comemorações deste ano: O escândalo de ilegalidades provocadas por Miguel Albuquerque.
Contudo, considero que os partidos da oposição devem se unir para, nas comemorações dos 500 anos da cidade, poderem participar activamente.

Comemorações atípicas

As comemorações do dia da cidade foram atípicas: ocorreram num clima em que Miguel Albuquerque perdeu toda a sua credibilidade. Ele próprio reconheceu isso mesmo ao admitir que errou e ao fazer uma espécie de argumentário de desculpas para a situação a que atirou a CMF. Foi essa a leitura que fiz do seu pobre discurso.

Albuquerque em apuros XII

A edição do Sol desta semana é bastante clara e objectiva no que respeita às ilegalidades de Albuquerque:

"...a sindicância à CMF encontrou ajustos directos ilegais, concursos decididos após o serviço ter sido prestado, fraccionamento de despesas (...) pagamentos ilegais, obras que sistematicamente violam o PDM e ausência de pareceres técnicos obrigatórios (...) há concursos em que os júris incluem pessoas com interesses nas empresas candidatas, obras que ultrapassam sempre os índices legais de construção e que não são sujeitas a votação da vereação e milhares de euros pagos a empresas de familiares directos dos dirigentes da autarquia."

Quem ainda tem dúvidas que responda, em consciência, se considera que nada disto é grave e, além disso, se tudo isto pode ter sido feito sem "interesse"?

Concordo, mas...

Concordo com Raimundo Quintal: é preciso uma maior fiscalização dos funcionários, além dos políticos, na gestão da coisa pública e uma das formas de o fazer é a atenção a enriquecimentos ilícitos. No entanto, faltou a Raimundo ser mais objectivo: no caso da CMF, a maior parte dos vereadores executivos ( não todos obviamente) e, em particular, o Presidente, nos últimos 12 anos têm pouca legitimidade para exigir dos seus funcionários o rigoroso cumprimento da lei e, sobretudo, a escrupulosa defesa do interesse público em detrimento do privado e pessoal. Verão que tenho razão.

domingo, 19 de agosto de 2007

Porquê?

Em Albufeira a câmara municipal embargou um hotel de cinco estrelas do grupo CS, conforme noticia de hoje do DN nacional cujo link junto aqui: http://dn.sapo.pt/2007/08/19/cidades/embargada_obra_hotel_cinco_estrelas_.html

Lembro que decorre uma obra ilegal no hotel CS no Funchal cujo licenciamento aprovado não corresponde às respectivas obras em curso, ainda por cima, a vereação tem conhecimento ( os vereadores do PS, por várias vezes, alertaram a vereação executiva, até com fotografias) e não mandou parar a obra. Porquê?

Já agora alguém sabe quem é o advogado, na Madeira, do referido grupo e que procura resolver este caso atípico, através de um protocolo?

Albuquerque XI: sem surpresas


É surpreendente: quem pensa que é Ricardo Vieira para falar de falta de moral. Vou ser bastante claro sobre esta matéria: se existe na actual vereação algum vereador que deve manter-se calado, além do Presidente da CMF, é o Senhor vereador do CDS. Tenho de dizer isto de forma muito objectiva: não reconheço ao Senhor Dr. Ricardo Vieira nenhuma superioridade moral. As suas declarações no diário de notícias de hoje são francamente infelizes e apenas demonstram a salvaguarda dos seus interesses pessoais. É um descaramento sem limites...

Já agora, é caso para perguntar se José Manuel Rodrigues partilha as opiniões "interesseiras" de Ricardo Vieira.
Quanto ao PS e a sua actuação na CMF, seria mais conveniente referir-se ao que realmente conhece que são as posições dos actuais vereadores.
Quero também informar o Senhor vereador que a sua típica hipocrisia do faz de "conta que estou contra" é uma das principais variáveis para manter o clima suspeita na CMF.
E, já agora, porque não falar das suas posições tomadas nos últimos tempos e da respectiva moralidade...

sábado, 18 de agosto de 2007

É preciso estratégia!


Eu até compreendo que Filipe Malheiro pela sua condição partidária não queira valorizar a opinião e a intervenção do PS da Madeira, contudo não é necessário fazer um comentário tão excessivo, na sequência da entrevista do actual director regional do turismo ao JM, a algo que há muito devia estar a ser praticado: colocar um ponto final na oferta hoteleira sem estratégia e apostar na requalificação. Isso mesmo foi dito por mim na Assembleia Legislativa da RAM aquando a discussão do programa de governo. Quem estiver interessado pode ler, sobre esta matéria, este post: http://apontamentossemnome.blogspot.com/2007/07/ateno-ii.html.


Sobre o arrefecimento da oferta hoteleira estou perfeitamente de acordo, no entanto continua a ser necessário definir a estratégia para colocar em prática, com resultados concretos, uma abordagem adequada ao desenvolvimento do turismo tendo presente o desastre dos últimos anos e os novos condicionalismos, designadamente o surgimento das companhias de baixo custo.

o comentário de Marques Mendes


Marques Mendes afirma estar solidário com Albuquerque. Da maneira que isto está quer dizer que o ainda Presidente do PSD está contra João Cunha e Silva. Ou não será assim!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Albuquerque em apuros X

Deixo, na integra, o texto da conferência de ontem que anunciou que os vereadores do PS irão submeter ao Tribunal Administrativo uma acção de perda de mandato ao actual Presidente da CMF.

Questões Prévias

Relativamente ao Relatório sobre a Inspecção à Câmara Municipal do Funchal é de salientar que este levou mais de 3 anos a ser concluído o que no nosso entender é um período temporal anormal, indiciando claramente interesse e pressão política para satisfazer interesses políticos.

Este relatório é consequência de uma denúncia do Vice-presidente do Governo Regional que falou em negociatas e sublinhou várias vezes saber que existiam negócios obscuros na CMF. Ora, sendo o Vice-presidente do Governo Regional que tutela as autarquias deve saber bem do que fala pois se há alguém que conhece o que se passa dentro da CMF, além do próprio Albuquerque, essa pessoa é o Dr. João Cunha e Silva.

O Relatório é uma pequena amostra do que se passa na CMF. É uma gota no oceano.
Se tivermos em atenção que dos 14 processos de urbanismo escolhidos aleatoriamente pelos inspectores há 10 que apresentam ilegalidades, ou seja 70%, indicam que houve ilegalidade, leva-nos a concluir que dos milhares de processos que são decididos anualmente haverá centenas de ilegalidades por apurar.

Apesar de termos solicitado por várias vezes o relatório da inspecção às ditas negociatas, este foi-nos negado permanentemente. Ora tendo em conta o ditado popular “quem não deve não teme” parece hoje óbvio que o Senhor Presidente da CMF quis esconder enquanto foi possível o conteúdo do relatório.

O envio deste relatório para o Ministério Público significa que estamos perante matéria criminal. Porque o que a lei diz é que o Presidente do GR só deve enviar o documento para o ministério público caso haja indícios de matéria criminal.

Parece-nos bastante deselegante, e até incorrecto, que o Senhor Presidente da CMF tenha feito uma conferência de imprensa sobre o relatório sem antes ter dado conhecimento aos Vereadores da oposição e à Assembleia Municipal.

Finalmente, queremos salientar que ainda não conhecemos o conteúdo do relatório, mas o que já sabemos pela comunicação social significa que estamos perante ilegalidades muito graves. Isto quer dizer que Albuquerque violou sistematicamente a lei tanto em matéria de urbanismo, como em matéria administrativa e assuntos de ordem financeira, como demonstram alguns casos já conhecidos.

Argumentos usados por Albuquerque para se defender

O Presidente da CMF tem procurado fazer uma espécie de autodefesa. Ora, todos sabemos que não é a Miguel Albuquerque que cabe avaliar a gravidade das ilegalidades por si cometidas. É o tribunal que vai julgar se houve ou não “negociatas”.

Além disso, para sustentar a sua defesa, Albuquerque alega que as ilegalidades sucessivas cometidas ao longo de 2003 e 2004 foram na defesa do interesse público. Contudo, a realidade demonstra, que os únicos beneficiários dessas ilegalidades foram apenas alguns empresários, provavelmente em detrimento de muitos outros e do interesse público que ele diz defender.

Finalmente, Albuquerque defende-se justificando que a lei é desadequada. Este é, infelizmente, um traço da sua forma de gerir a CMF: com violação permanente das regras e das leis. No entanto, é bom lembrar que, por exemplo, nos processos de urbanismo a lei principal é o PDM e este é da sua inteira responsabilidade. Foi Albuquerque quem fez a lei e que agora diz não prestar.

Acção de perda de mandato.
Razões

1. As conclusões já conhecidas do relatório da inspecção às ditas negociatas.

2. O conhecimento factual de uma quantidade significativa de processos de violações grosseiras que são do conhecimento público e que foram compilados por nós.

3. Finalmente porque, infelizmente, este não é um traço isolado da gestão de Albuquerque, é a sua forma de gerir a autarquia. Albuquerque repete há anos prevaricações grosseiras e situações anómalas que roçam a ilegalidade. Vejamos: durante os 12 anos que o Dr. Miguel Albuquerque está à frente dos destinos da Câmara Municipal do Funchal contam-se às dezenas os casos de irregularidades que se tornaram públicos. Uns dizem respeito a aprovação de projectos imobiliários comprovadamente ilegais; Outros de contratos com fornecedores pouco transparentes; Outros ainda, envolvendo concursos públicos que terão sido manipulados para beneficio de um determinado empresário e muitos casos de violações sucessivas do PDM. Refira-se ainda que, tanto a ilegalidade das licenças de construção por violação de várias leis, como a anulação de concurso público por benefício ilegítimo de um concorrente estão comprovadas, foram decretadas pelo Tribunal e são públicas.

Neste sentido, porque lutamos pela transparência e pelo apuramento de responsabilidades é a nossa obrigação apresentar uma acção de perda de mandato. Portanto, contrariamente ao que diz o Senhor Presidente da CMF, este processo de averiguação da verdade só agora começou.

A vergonha da RTP Madeira


A RTP Madeira, mais uma vez, esteve "no seu melhor"! O alinhamento do telejornal de ontem é vergonhoso. Além disso, do que está à espera o seu director, Leonel de Freitas, para promover um debate sobre o assunto "ilegalidades na CMF". Ou será que este tema não é suficientemente importante e, por isso, basta chamar o "visado" para se defender sem nenhum contraditório, como já é habitual. Considero lamentável e profundamente inadmissível o comportamento do director da RTP e RDP da Madeira. Já agora sublinho que, como ficou claro com a performance da jornalista Basilia, o problema da televisão da Madeira não é dos jornalistas mas da sua liderança.

Clima de medo


Alberto João Jardim não tem emenda e sem dúvida que é o garante máximo da manutenção do regime em que vivemos onde a democracia está permanentemente a ser colocada em causa, contribuindo decisivamente para o estado de medo latente em que vive a sociedade.
Ontem AJJ proferiu duas declarações, que como é habitual ficaram sem resposta, que demonstram isto mesmo.
No primeiro caso, procurou com afirmações grosseiras e de clara pressão pessoal "amedrontar" a jornalista Basilia Pita que entrevistou de forma exemplar Miguel Albuquerque. Quem anda nestas andanças sabe o efeito destes comentários, sabe o que pode acontecer à jornalista, sabe as portas que se podem fechar, sabe que as oportunidades podem não aparecer. Enfim, ficaremos atentos.

Noutra circunstância, afirmou que "aqueles empresários" que fazem comentários contra o Governo na imprensa que "depois não venham pedir favores". As palavras podem não ser exactamente estas mas o objectivo é claro, embora acho que é levar a sua leviandade ao extremo ao falar em favores para os empresários. Estes não precisam de favores do governo, mas antes esperam que o governo garanta o ambiente económico adequado, de maneira a potenciar a economia e os negócios na região. Mas, nada disso interessa a AJJ. Ele sabe que essas declarações serão suficientes para, também aqui, "amedrontar" os empresários mais corajosos de modo a "castrar" a capacidade de intervenção de alguns deles. A ideia é a mesma: acabar definitivamente com a critica. Octávio Paz, escritor Sul americano e prémio Nobel escreveu que a critica é a base da democracia. Obviamente que sabia do que falava. A ACIF-CCIM e a sua direcção actual estão bastante aquém da defesa dos empresários da Região porque deviam já ter comentado estas inadmissíveis declarações. Enfim também não estou surpreendido...


Albuquerque em apuros IX

Existe uma tentativa de transformar a confusão na CMF, decorrente da irresponsabilidade do seu Presidente, numa simples guerra interna no PSD, como se as ilegalidades encontradas, algumas do conhecimento público e outras já julgadas fossem assuntos abstractos. Garanto que tudo faremos para contribuir para o cabal e integral esclarecimento desta triste situação a que chegou a CMF. Do nosso ponto de vista, a culpa não pode morrer solteira, a bem da verdade e da democracia. Há quem considere esta posição excessiva. Para esses pergunto se é excessivo lutar pela transparência e pela verdade de modo a garantir o normal funcionamento da autarquia de forma a prosseguir a satisfação dos seus munícipes. A questão é clara: é melhor contribuir para branquear o que se passa no quadro da gestão autárquica ou, antes, com sentido de responsabilidade, contribuir para repor a normalidade na CMF? Nós já respondemos a esta pergunta mas aguardamos, com expectativa, que outras entidades, com iguais responsabilidades, também o façam.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Albuquerque em apuros VIII

Albuquerque atacou os vereadores do PS de falta de legitimidade. Parece mentira que um advogado com 12 anos de experiência, segundo ele próprio, não saiba que uma acção só produz efeitos depois de transitar em julgado, o que ainda não sucedeu porque recorremos da mesma. Até um estagiário em direito sabe disto, por isso é lamentável este ataque grosseiro e esta tentativa medíocre e desesperada de desviar as atenções das ilegalidades cometidas por ele próprio.

Rectificação

desculpem, o link adequado para o blogue de Agostinho Soares, relativo ao post anterior, é:http://podeserliberdade.blogspot.com/2007/08/discurso-separatista-ii.html.

Patético


Sublinho e acompanho a pergunta de Agostinho Soares num post colocado ontem no seu blogue http://podeserliberdade.blogspot.com/2007/08/grande-admirao_16.html. Era bom que alguém fizesse a pergunta a AJJ.

Albuquerque em apuros VII

Só agora tive oportunidade de ver a entrevista de Albuquerque, já passava da meia noite, depois de chegar dos Açores. Este continua igual a si mesmo: defende-se acusando os outros, enrola sem nada dizer e, aquilo que é uma tónica do seu discurso, refere frequentemente que prefere trabalhar sem leis, diz subtilmente que não as respeita e ainda por cima acha que isso não o pode levar à cadeia.


Acha também que por ter sido eleito está acima da lei. Mente tentando convencer a opinião pública que este relatório o iliba. Fala de aproveitamentos da oposição e não de necessidade de transparência. Diz que o que fez, ultrapassando a lei, não foi de propósito mas antes porque a lei não presta e não está ao serviço das pessoas. Só não disse quais!!! Afirma que o relatório não prova negociatas mas admite que estas serão investigadas nos tribunais - parece incongruente.

Ficou demonstrado, hoje, que Albuquerque apresenta uma enorme fragilidade política. Num contexto normal teria de se demitir.
Acabou a entrevista a dizer que a questão é tirar "consequências daquilo que se diz". Não percebi.Parece-me que como muitas coisas ditas pelo actual Presidente da CMF, ele também não...


Por fim, parabéns à jornalista Basilia Pita, excelente esforço, sem receio do confronto.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Albuquerque em apuros VI



O actual Presidente da CMF tinha razão quando afirmou ao DN Madeira: não sou nenhum anjinho.


Penso que há muito tempo que Albuquerque não tem tanta razão!

Albuquerque em apuros V

Confirmo a noticia que o DN Madeira avança: Os vereadores do PS vão apresentar uma acção de perda de mandato a Albuquerque junto do tribunal administrativo no próximo mês de Setembro. Essa acção baseia-se num rol de violações grosseira e irregularidades recolhidas nos últimos tempos.
Esclarecemos, de forma peremptória, que não admitimos que esta grave situação se mantenha sem intervenção dos tribunais.
Se entretanto tivermos acesso (esperemos que sim!) ao relatório ele também fará parte da sustentação da acção a submeter. Caso contrário, avançaremos com os casos recolhidos.

Albuquerque em apuros IV


Parabéns ao DN Madeira pela peça de hoje sobre o caso do relatório escondido. Apesar de tudo gostava de sublinhar que os vereadores do PS ( penso que os restantes da oposição também) ainda não conhecem o referido relatório. O que li, no DN, sobre o seu conteúdo pareceu-me bastante grave. No entanto, não estou muito espantado com as conclusões do mesmo, estou, antes, muito preocupado, com o que ficou por apurar. Parece evidente não existir condições para Albuquerque manter o cargo de Presidente da CMF. Como já se viu mente descaradamente e, num acto de verdadeiro desespero, procura desviar a atenção para um problema interno do PSD: a luta de delfins.
Preocupa-me pouco a luta interna dentro do partido que sustenta o governo. Concordo com Albuquerque quando reage violentamente sugerindo fiscalizações duras ao governo e às sociedades de desenvolvimento. Avance-se já com convicção: as dívidas das sociedades de desenvolvimento que ascendem a 500 milhões de euros e a insustentabilidade dos seus investimentos devem ser convenientemente analisadas. Contudo, o que está em causa, por enquanto, é gestão de Albuquerque, são as prevaricações que fez ou permitiu fazer e são essas as questões que devem ser esclarecidas nos tribunais o mais rápido possível. Além disso, torna-se indispensável esclarecimentos adequados junto da opinião pública sobre o que se passa e o que se passou na CMF. Os cidadãos do Funchal não entendem que um Presidente se mantenha no cargo apesar de tantas suspeitas e algumas confirmações.




segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Albuquerque em apuros III

Quem por acaso pensa que os problemas relacionados com falta de transparência na CMF é uma coisa do passado, observe com atenção o que se passa com o licenciamento da obra do hotel CS. Na verdade, como é do conhecimento público, o licenciamento efectuado, com a aprovação, em consciência dos vereadores do PS, não corresponde à obra em curso. Depois de ter sido detectado esta absurda incongruência, reagimos de forma frontal exigindo explicações e a respectiva paragem da obra. Até hoje, infelizmente, nada aconteceu: as explicações são de índole muito suspeito, envolve mais do que a vereação executiva e a obra continua sem parar!!!!

Para quem acompanha o trabalho dos vereadores do PS na CMF informo que, também nesta questão, tudo faremos para esclarecer o assunto e, principalmente, evitar que a gestão autárquica no Funchal seja um permanente sobressalto de suspeitas, aparente prevaricação e violações grosseiras dos códigos de conduta mais elementares.

Albuquerque em apuros II

No próximo dia 16 de Agosto faremos uma conferência de imprensa onde daremos a nossa posição sobre esta matéria. Antecipo que parece evidente que é necessário tomar medidas urgente e cautelares para o futuro da gestão da CMF. Por isso faremos o nosso papel.

Albuquerque em apuros


O conteúdo da conf. de imprensa de Miguel Albuquerque é mais um episódio rocambolesco de um processo que tem mais de 3 anos e que resume-se, até hoje, a um relatório de carácter administrativo feito pela tutela ( Vice Presidência) que, obviamente, tem total legitimidade para o fazer. Ou seja, em qualquer lado do país este tipo de intervenções são normais: são dezenas e dezenas de inspecções concretizadas pelo IGAT, todas tornadas públicas e, que eu saiba, nenhuma demorou tanto tempo. Não devem restar dúvidas que a demora na conclusão da inspecção tem a ver com pressões políticas, configurando uma situação de enorme gravidade. Diria que deveriam, neste período, ter ocorrido pelo menos 3 inspecções ( 1 em cada ano) dado a quantidade de processos altamente duvidosos do conhecimento da opinião pública. Por isso, é incompreensível que Albuquerque diga que ficou provado não existir negociatas. Na verdade, não é possível concluir isso de um relatório administrativo. Essa matéria é da responsabilidade do ministério público e dos tribunais. Esperemos a sua intervenção.


O actual Presidente da CMF quer manter a áurea de "menino de coro", por isso, teve necessidade absoluta de se defender face ao cerco gerado em torno de um simples relatório ao qual tudo fez para manter escondido. No entanto, é cada vez mais difícil esconder a sua incompetência e a leviandade com que gere os destinos do Funchal. Apesar da eterna "lua de mel" que Albuquerque desfruta com a comunicação social, os escândalos são de tal dimensão que torna-se difícil defender o indefensável.

Mas, apesar de tudo, espantem-se, agora o que parece ser importante é uma pretensa guerra de delfins. Até pode ser. Mas o que está em causa verdadeiramente, e que deve ser convenientemente esclarecido, é a gestão de Albuquerque por isso é lamentável que essa não seja o foco da noticia.

Albuquerque faz tudo para desviar a atenção dos seus cidadãos desta situação em que ele, e não outros, é o protagonista principal, chegando ao ponto de afirmar que as irregularidades cometidas ( quaisquer que elas sejam) são por culpa da burocracia. Ou seja, Albuquerque não se dá bem com regras e com leis. Para ele, a lei atrapalha.


é lamentável e perigoso...


sábado, 11 de agosto de 2007

Corrupção

A revista brasileira "Veja", na sua edição de 1 de Agosto (semanal), tem uma excelente entrevista com Stuart Gilman, cientista político e Chefe do Programa Global da ONU contra a corrupção.
Entre outras coisas, esta entrevista mereceu a minha atenção em alguns aspectos que gostava de destacar.

Em primeiro lugar a resposta à pergunta: "o que é comum existir nos países ou regiões com maiores problemas de corrupção?" Gilman responde: um passado ditatorial, na medida em que desenvolvem mais facilmente uma maior cultura de corrupção por causa da falta de transparência" - Aqui não posso deixar de comparar com a Madeira e sublinhar que o regime que nos governa mantém e sublinha a falta de transparência, bastando para o efeito observar o que se passa com o famoso relatório das "negociatas" que todos escondem - Gilman continua, o grau de controle e dependência que o governo tem da economia - mais uma vez a semelhança com a Madeira é aterradora, todos reconhecem a importância do GR na economia da Madeira, já para não falar no controle sobre o mercado, em alguns sectores estratégicos - e finalmente, diz Gilman, "...nos países ou regiões com alta corrupção, os funcionários públicos tendem a ser mais do que é normal e desejável." Segundo este especialista, o serviço público é usado para reduzir o desemprego e não para servir os cidadãos - Na Madeira o peso da administração pública ronda os 22% bastante acima do país e muito acima da média da UE.

Em segundo lugar, Gilman afirma peremptoriamente que "corrupção não é um crime sem vítimas, contrariamente ao que se pode pensar"

Em terceiro lugar diz que a corrupção tem remédio desde que haja vontade política, fiscais qualificados, a sociedade seja vigilante e os culpados sejam punidos. Parece que temos um longo caminho pela frente...

Tenho vergonha

A palhaçada levada a cabo por AJJ, com o contributo fundamental do seu reforço Francisco, Secretário Regional dos Assuntos Sociais, relativa à aplicação da lei da IVG, não tem limites. O folhetim que AJJ criou, mas que já disse não querer alimentar, teve mais um ponto alto envolvendo este e o dito Secretário Regional. No mesmo dia o Secretário afirma não haver dinheiro para aplicar a lei e, noutro lado, senão mesmo nas costas do Secretário, porventura sem conhecimento deste, AJJ sublinha que no orçamento de 2008 haverá dinheiro para aplicar a lei. Obviamente que AJJ podia ter avisado o Francisco. Mas não quis e, apesar desta triste figura, Francisco continuará imune a estas ofensas singelas de AJJ cujo silêncio e compreensão permitem reforçar o seu papel neste novo governo.
Aliás, o papel do Francisco neste governo está esclarecido: é sempre preciso alguém para alimentar uma novela onde a insensatez, a incoerência e o populismo demagogo fossem colocados num primeiro plano de análise.É uma vergonha mas o Secretário Francisco parece gostar do papel.

JCG e a RTP Madeira

Há coisas difíceis de aceitar: João Carlos Gouveia foi eleito presidente do PS Madeira e ainda não foi convidado para ir à RTP Madeira, um canal de televisão público cuja área de intervenção é a RAM. Lembro que JCG, goste-se ou não, é Presidente do maior partido de oposição e, naturalmente, parece-me relevante e de interesse público que a televisão da Madeira contribua para esclarecer algumas das suas posições. Para minha curiosidade JCG já despertou o interesse da SIC noticias, tendo já sido entrevistado, mas não da televisão da Madeira. Porque será? Como tenho estado fora da Madeira, caso JCG tenha entretanto sido convidado perdoem-me a intromissão mas, obviamente, que mantenho a reticência, de forte grau, relativamente à gestão parcial da RTP e RDP Madeira.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O nosso turismo

A propósito do turismo da Madeira, do potencial e do futuro, gostaria de deixar uma reflexão: estranhei que nenhum empresário da Madeira do sector do turismo tivesse reagido ao facto do PIT (apoios ao turismo da SET) para a Madeira seja preferencialmente para a requalificação (devem ser sinais dos tempos, ou não?). Também estranhei que esses mesmos empresários não tenham reagido às declarações do Diogo Vaz Guedes da Aquapura, afirmando que a Madeira já não tinha condições para hotéis de luxo...
É óbvio que acho natural que a requalificação ocupe um lugar central nos apoios ao turismo na Madeira. Mas isto significa um certo estado que é preciso reconhecer e estar muito consciente. É preciso planear o futuro de forma cuidada e atenta a esta realidade. Além disso, era bom que não se entrasse em demasiadas agitações com a entrada das companhias de low cost. Ou seja considero que este é um passo importante mas o que vai definir, e agora cada vez mais, a qualidade do nosso turista será a qualidade do destino. E este, pelas palavras de um investidor de hotéis de luxo, parece estar bastante comprometido. As companhias de baixo custo irão trazer mais turistas mas também poderá ser a machada final na qualidade do destino.

Exuberante


Ainda em trabalho no arquipélago dos Açores e, estando num momento de pausa, tenho de admitir que os Açores e em particular as chamadas ilhas do canal (Faial, S. Jorge e Pico) são um verdadeiro hino à natureza. O futuro do turismo dos Açores tem de passar pela aposta decisiva e sem receios no aproveitamento deste potencial ambiental. Espero que assim seja para bem dos açorianos e de todos nós.

Relatório escondido

Mais uma noticia, sem qualquer fumo branco, sobre a divulgação da já famosa auditoria à CMF. Miguel Albuquerque continua em silêncio só abrindo a boca para dizer, sobre esta matéria, que o relatório ainda não está concluído. Ora a ser verdade a noticia do DN parece que já existe mais informação concreta sobre o relatório, pelo que, mais uma vez contradiz Albuquerque. Nada de novo ou verdadeiramente anormal.

O que é bastante preocupante é esta arrogância do poder (governo e CMF) e esta total falta de respeito por todos, persistindo-se em manter em segredo uma matéria que há muito devia ser pública. Além disso, AJJ anda a baralhar tudo: diz uma coisa, faz outra, afirma algo que não pode fazer e, agora, parece faltar a "coragem" para envia para o ministério público um relatório que "apenas" investigou 10 processos e é já uma grande dor de cabeça, imaginem se... Lembro que AJJ já afirmou antes que não sabia nem queria saber o que está no relatório. Agora, parece querer saber e obrigar a todos a decidir por ele em conselho de governo. Numa situação e num contexto normal de democracia madura e participativa há muito que este assunto devia estar resolvido. Infelizmente, os madeirenses têm de se sujeitar a estes processos algo "exóticos", com final quase previsível...
Deixo parte da noticia do DN de hoje, feita por Emanuel Silva:

"...Segundo conseguimos apurar, uma vez respeitado o princípio do contraditório, Jardim quer envolver todos os membros do Governo na decisão, remetendo depois o caso para a Justiça. Aliás, foi o mesmo órgão, Conselho de Governo, e não apenas Jardim a, através da resolução n.º 1627/2004, de 17 de Novembro de 2004, determinar a realização de uma inspecção administrativa e financeira conforme pedido baseado na deliberação n.º 236/2004, aprovada pela reunião da CMF a 4 de Novembro de 2004. Talvez por lapso, Jardim veio a público dizer que iria remeter o relatório para o Tribunal. Ora, o caminho a seguir não é remeter o relatório para os tribunais (nem para o Tribunal Administrativo de Círculo do Funchal -onde foi apreciado um processo para prestação de informações sobre esta matéria- nem eventualmente para o Tribunal de Contas) mas para os serviços do Ministério Público (MP). Isto na presunção de haver, no relatório, indícios de matéria criminal ou susceptível de infracções financeiras sancionatórias ou reintegratórias..."

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Pedido de desculpa

Quero pedir desculpa ao LFM, porque, por lapso e sem intenção, confundi uma transcrição de uma opinião como sendo sua propriedade.
Mantenho o que disse, neste caso dirigindo-me ao seu verdadeiro autor...

Está visto que tenho de ir de férias...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Demasiado mau...


Albuquerque numa entrevista ao Tribuna, entre várias afirmações bastante infelizes, afirmou que o problema do trânsito está relacionado com o aumento do poder de compra dos madeirenses e, para aumentar ainda mais a estupidez de quem não sabe o que responder, compara a evolução do trânsito no Funchal com Lisboa???É impressionante como um homem com esta responsabilidade é capaz de proferir semelhantes "enormidades" escusando-se de explicar o que pensa fazer de forma a garantir uma solução para este sério problema.

Apesar de ter lido na diagonal a respectiva entrevista também retive a frontalidade arrogante e sem vergonha, de quem tudo faz para esconder o relatório das negociatas concretizado pela Vice Presidência, reagir com desdém ao suposto conteúdo chegando a afirmar que pouco o preocupava. Enfim, deixem-me acrescentar que não parece.

Descaramento

Independentemente do comportamento do Senhor Ministro da Saúde e da sua boa ou má performance no programa prós e contras e, se preferirem, ao longo do seu mandato. Não posso deixar de comentar uma observação do Senhor LFM, no seu blogue Ultraperiferias que passo a transcrever: "...Nem a governamentalização da informação por parte de um Governo que não esconde a sua propensão controleira e manipuladora da comunicação social. O que surpreende é ver a RTP sujeitar-se a esta vertigem latino-americana do Governo de Sócrates. E dar-lhe acolhimento. Como se a direcção de informação da RTP se tivesse mudado para S. Bento."

Devo confessar que não tenho nada a opor a esta constatação: sou contra governos controleiros e detesto o "estilo" de Chavez, do qual me oponho frontalmente. Portanto, sem subterfúgios, sobre esta matéria estamos perfeitamente de acordo. Mas, quero sublinhar que não me parece razoável, uma lógica que tem feito história na Madeira dentro de alguns sectores afectos ao poder regional,que, numa quase perfeita assunção de dupla personalidade, alguns têm o descaramento de criticar tudo o que se passa na república desde que não belisque o ambiente controlado, persecutório e de uma manipulação descarada e sem limites onde este governo regional se posiciona. Sendo assim, concordo que a RTP merece mudanças. E o exemplo mais flagrante da necessidade de alterar o rumo é o que se passa na Madeira. O pluralismo, a isenção e o serviço público está há muito posto em causa, pela pressão do poder regional. A seriedade intelectual imponha esta nota. Por fim, admito que o post em questão não desse lugar a esta reflexão, até porque estou habituado a ler o que pensa LFM e considero ser um homem intelectualmente honesto.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Relatório escondido

O DN Madeira publica hoje parte da resposta de AJJ à solicitação dos vereadores do PS na CMF ao relatório relativo à inspecção das "supostas negociatas".
O que o DN não diz, mas devia, é:

1. argumentar com segredo de justiça sobre uma matéria administrativa é má fé ou ignorância, qualquer uma delas grave vindo da parte do Governo Regional;

2. demos 10 dias ao Governo para entregar o relatório, o Presidente, através do seu chefe de gabinete, considerou abusivo, mais um vez demonstra ignorância ou, então, não está habituado a cumprir regras ( o que é mais provável!). Neste contexto, já entrou ( porque os 10 dias acabaram segunda feira) um pedido junto do tribunal administrativo para "obrigar" ao Governo a mostrar o relatório que todos querem esconder.

Cada dia que passa é mais difícil disfarçar o mal estar que este assunto anda a provocar no interior do PSD. Da nossa parte, só queremos ser esclarecidos e conhecer toda a verdade: a transparência é um aspecto determinante num estado de direito.