sábado, 28 de agosto de 2010

O dilema legitimo do Dr. Raimundo

A entrevista do Dr. Raimundo Quintal merece reflexão, incluindo a circunstância de tratar-se de um ataque legitimo ao governo do PSD que subscrevo, mas é inconsequente porque não adianta uma solução, dado tratar-se de uma opinião pessoal, isolada e não integrada num projecto politico alternativo (única solução adequada num sistema democrático para termos uma mudança) O povo quer esperança e alternativas (ou pelo menos devia querer face à situação económico-social da RAM) e obviamente o Dr. Raimundo ficou a meio caminho não por culpa própria naturalmente mas porque ele própria é uma vitima desta sociedade persecutória...O Dr. Raimundo tem um dilema que todos compreendemos e, por isso, deambula entre comentador, técnico reconhecido e, por outro lado, o desejo óbvio e legitimo de intervir mais com mais consistência e dar o seu contributo executivo. É aqui que reside o busilis do Dr. Raimundo: onde, com quem e como?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não precisamos de mais lugares de avião...

Os resultados do turismo na Madeira têm revelado uma situação de crise estrutural. Não vale a pena, nesta altura, voltar a lembrar os factos que consubstanciam esta tese. Contudo, é relevante alertar que o problema do destino não se esgota nas questões do transporte aéreo. Não é este o problema de fundo da crise do turismo da Madeira. Recentemente num bom balanço das rotas que voam para a Madeira feito pelo DN Madeira (incluindo companhias de de low cost e outras) verificou-se existirem milhares de lugares vagos ajudando a demonstrar a tese que os graves problemas do turismo da nossa região ultrapassam a esfera dos transportes aéreos.
Aliás, aquando a discussão da liberalização do espaço aéreo e da dinamização do "low cost" alertei para os eventuais efeitos negativos que a promoção deste tipo de transporte poderia provocar num destino sem uma afirmação clara do seu perfil de turista e sem a consistência adequada de um destino de qualidade. Quando assim é,  o low cost pode apenas contribuir para reforçar e consolidar a decadência do destino suportada na "avalanche" de turistas "baixo rendimento", potenciando a baixa dos preços, conforme se veio a verificar. Coisa diferente seria se o destino Madeira ostentasse um destino de efectiva qualidade com capacidade par discriminar por si só aquele tipo de viajante ("baixo custo"), menos atraente para as aspirações de um destino de valor acrescentado. Digamos que um destino de qualidade encarregava-se de "filtrar" pelo valor proporcional dos serviços na Região os turistas "low cost". Nestas circunstâncias, as companhias low cost iriam transportar mais turistas "alto rendimento", únicos capazes de pagar o que se cobraria (num cenário hipotético e distante de vivermos num destino qualidade) na Madeira.
Posto isto, volto ao tema principal deste comentário, o destino Madeira precisa uma concentração absoluta na redefinição da sua estratégia enquanto destino. Isto significa uma análise profunda da procura e da oferta, definindo linhas de renovação destas variáveis de modo  devolver um equilibrio adequado e de maneira a assegurar o caminho para a criação de um destino de qualidade. Além disso importa evoluir sobre a relação do sector do turismo com o resto da actividade económica procurando estabelecer o conceito de cluster de forma a permitir obter mais valor e garantir uma consistência genuína no sector do turismo.  Nesta necessária reflexão torna-se critico enquanto variáveis instrumentais a reflexão sobre a estratégia dos transportes e da promoção (incluindo o envolvimento das novas tecnologias e da gestão da fidelização dos clientes).
A construção de um destino é uma tarefa que envolve todos os sectores e deve mobilizar a sociedade no geral. Ainda por cima se aspiramos a um destino de alta qualidade esse envolvimento não só é necessário como é indispensável.
Finalmente, sem vontade politica e competência governativa estes objectivos dificilmente serão obtidos...   

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais um tema, mais um vazio de responsabilidades

A situação é de uma gravidade sem precedentes mas, como em quase tudo o que se passa na Madeira, não haverá avaliação de responsabilidades. Verão que não me engano e esperem pelos comunicados da Secretaria do Dr. António e ainda será o PS Madeira o culpado deste desnorte sem limites. Vejam aqui

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O que dirá Rocha da Silva?

Acabo de ler no Jornal de Negócios
"150.000 cabras-bombeiro vão andar a pastar em Portugal e Espanha. O projecto, de 50 milhões de euros, visa prevenir os incêndios e deverá criar mais de 500 empregos"

Onde estão os 300 milhões do Governo Regional do PSD para a reconstrução?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A Plataforma Democrática: a esperança na alternativa

A construção de uma nova solução política precisa de paciência, humildade e convicção. No contexto regional, onde o PSD assume um dominio tão grande e durante tantos anos, é natural que unir o que quase nunca esteve junto pode parecer impossível.
Contudo, quem deseja uma mudança, quem acredita em soluções alternativas, quem tem consciência da perversidade do regime e da sua incapacidade para encarar os novos e exigentes desafios, tem perfeita noção (estou certo disso) que é preciso algo que supere as esferas dos partidos isoladamente. Que ultrapasse as meras lógicas de coligação. Que atinja a sociedade civil, indo de encontro aos seus anseios e resolvendo os seus medos. É um dever dos partidos responsáveis.
A Madeira precisa de uma mudança política para desbloquear soluções urgentes para os problemas de todos. Só com uma união robusta e alargada que garanta o essencial das diferenças de todos e promova os pontos comuns, numa plataforma de ideias, de projectos, de soluções comuns e adequadas às nossas necessidades e adaptadas ao nosso contexto. Só assim parece-me possível alimentar a esperança de moralizar e tornar mais justa a região onde vivemos.
Esta é uma possibilidade oferecida a todos. Agora é connosco. Com todos nós. Com os partidos e a sociedade civil, mostrarmos que o que dizemos à "boca pequena" ou em entrevistas mais ou menos arrojadas é um desejo efectivo, sem complexos ou tabus.  
Mas que fique claro que a responsabilidade do falhanço deste projecto não é do PS Madeira. Foi o PS o seu criador mas a responsabilidade passou a ser de todos nós! Compreendo que alguns estejam já a cruxificar a iniciativa por alguma tentativa de defender o seu espaço. Mas vai parecer óbvio para o povo da Madeira que falhar esta tentativa de convergência, falhamos todos. Falha também a sociedade: as suas elites e as suas instituições.
A plataforma democrática nasceu sabendo que é preciso músculo social e político para enfrentar uma bem organizada máquina partidária com meios financeiros ilimitados e com métodos desadequados às sociedades verdadeiramente livres. Estamos perante um nova ideia de dialogo que precisa de contributos, boa-vontade, bom-senso e objectividade.  O principal objectivo deste desafio é o projecto de mudança que envolve partidos e sociedade civil. Um projecto que deve ultrapassar a esfera partidária e consagrar os movimentos civicos como grandes obreiros da mudança. Na verdade a evolução deste projecto pode devolver a esperança a todos os madeirenses que não se revêm neste regime.  É altura para acertar objectivos, principios e linhas de actuação estratégica. Há ainda neste projecto arrojado e ambicioso muitas perguntas que ainda não têm respostas. Depende de todos dar, ou não, a dimensão certa aos anseios de mudança. Se dermos o rumo certo a este desafio as respostas aparecerão naturalmente...A intervenção civica consequente é um valor acrescentado para a sociedade. Por isso,  parece-me óbvio que a participação num novo paradigma passa pela plataforma democrática!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A conspiração dos levadeiros



Não assumir responsabilidades e estar permanentemente à procura de bodes expiatórios é a imagem de marca deste PSD Madeira. Recentemente foram os fogos na Madeira e sobre isto já não vale a pena dizer o óbvio pelo absurdo que a governação se transformou. Ontem aconteceu outra tragédia, agora no Porto Santo. AJJ nem quer ouvir falar de responsabilidades. Mandou rezar! De facto viver na Madeira com estes governantes é um "puro acto de fé" 


"...Depois da trilateral, da maçonaria, dos sábios de Sião, do Bush, do grupo bilderberg, das testemunhas de Jeová, do Teixeira dos Santos, do Frei Bento,  dos traidores ambientalistas, agora são os levadeiros. Estes, de forma minuciosamente articulada, planearam com o recurso a GPS's; Iphone's última geração, telefones satélites, placas de internet sem fios e computadores portáteis com menos de 1kg, um ataque sem precedentes à floresta madeirense, deixando-a à mercê da sorte dos ventos e da intensidade do calor. Tudo foi feito em articulação fina por volta das 4 horas da manhã. Tudo foi pensado para ser concretizado (ateando fogo com um nano-fósforo, quase imperceptível)  a meio de montanhas impossíveis de atingir para o cidadão normal, mas não para este grupo possuidor de equipamento de última geração, como os "heli-fatos" de protecção anti-fogo, que permite trepar uma montanha enquanto o "diabo esfrega o olho"..."

sábado, 21 de agosto de 2010

Um dia para comemorar?

"Quando Virgílio Pereira, na renhida campanha eleitoral de 1993 contra o socialista André Escórcio, usou o lema "Funchal de alto a baixo", presumivelmente queria exprimir um propósito de harmonização do crescimento urbano. Mas os tubarões do cimentismo tomaram a palavra à letra e escaqueiraram a capital. De cima a baixo e dos Socorridos à Cancela. Resultado, 17 anos depois: um sufoco de construção na terra e no mar, praias-fantasma, trânsito enervante, desordem urbanística que dói."
Luis Calisto in DN Madeira

É claro que não é possível esquecer que o desordenamento do Funchal e em particular as zonas altas começou com Virgilio Pereiara. Mas vale a pena sublinhar que Miguel Albuquerque é o grande carrasco da cidade do Funchal: promoveu o desordenamento, permitiu uma promiscuidade sem precedentes com os tubarões do betão, foi negligente e foi cumplice (podia-se dizer mais mas...) com negociatas e desterrou os recursos dos munícipes do Funchal. Mais. Miguel Albuquerque não tem estratégia para a cidade e irá sair de Presidente da autarquia como o pior Presidente de todos os tempos pelos efeitos negativos que provocou na cidade. 
Vale a pena ler o artigo do jornalista Luis Calisto e compreender a dimensão dos danos! 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PS Madeira quer as forças vivas, incluindo partidos da oposição, a contribuir para a Mudança. A partir de agora cada um que assuma a responsabilidade

O líder do PS Madeira faz o que lhe compete: chama a si a necessidade de encontrar uma plataforma global de entendimento, detectando e aprofundando pontos e interesses comuns com objectivo claro de construir um alternativa credivel e sustentável para substituir esta maioria PSD. Conforme já referi noutras alturas, este é o único caminho adequado face ao nosso contexto e cada entidade, partidária ou não, está confrontada com esta responsabilidade de responder ao desafio imposto pelo maior partido da oposição. 
O problema da Madeira contemporânea é político. Por isso é preciso mudanças neste campo de modo a ser possível implementar uma nova geração de politicas adequadas às nosssas especificidades e necessidades. Veremos como responderão as forças vivas da RAM.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A confusão na moleirinha de um certo chefe de gabinete...

Só para esclarecer que o PS Madeira ainda não pediu nenhuma auditoria nem ao INE nem ao IEFP. O PS limitou-se a sugerir o óbvio: que o Governo contribuisse para o esclarecimento da disparidade entre os valores de desemprego do INE e do IEFP e, sobretudo, que expicasse, ou pedisse explicações, para a circunstância da Madeira ser a única região do país em que os valores do INE são inferiores aos do IEFP.
Ninguém no seu perfeito estado de sanidade mental, e consciente da dimensão do fenómeno do desemprego, compreende que para o governo o planeamento das medidas de combate ao desemprego e de criação de emprego tenham as mesmas caracteristicas, dimensão e profundidade quer tenhamos 15 000 desempregados ou 9 000. Ninguém admite esta insólita dúvida e muito menos fica indiferente à necessidade de explicações. Não entender isto e não querer clarificar é o sinal que faltava para a confirmação do desnorte nesta matéria!

Discurso de abertura no debate do desemprego. Só para lembrar a consistência das nossas preocupações...


Exmo. Senhor Presidente
Senhor Secretário Regional
Senhoras e Senhores deputados

A análise e avaliação política das várias vertentes do desemprego deve ser discutida em duas perspectivas diferentes:
a perspectiva pro-activa, ou seja aquela que analisa as opções políticas e os resultados para a criação de emprego;
e a perspectiva reactiva que é basicamente a análise das políticas e dos resultados para a protecção aos desempregados e todas as condições criadas para a sua reentrada no mercado de trabalho.
Para uma discussão de valor acrescentado é preciso ainda um referencial credível do ponto de vista da evolução do desemprego. Ou seja, é fundamental a existência de parâmetros quantitativas credíveis.
No Caso da Madeira estamos perante uma situação insólita e que merece alguns reparos e, sobretudo, carece de uma clarificação urgente dos seus responsáveis, incluindo o Senhor Secretário Regional dos Recursos Humanos.
Os dados disponíveis do Instituto de Emprego, tutelado por V. Exa., apontam para resultados do desemprego próximos de 15 000 desempregados, os dados do INE apontam, para o mesmo período, dados próximos de 7 500 desempregados. A esta diferença acrescenta-se a circunstância ainda mais estranha do valor do INE ser inferior ao do Instituto de Emprego, sendo a Madeira a única região do pais em que isto acontece. 
Independentemente da capacidade mais ou menos criativa do Senhor Secretário em contabilizar tudo isto a favor da sua tese (aquela de que o desemprego está sempre a descer) gostava de sublinhar que  em boa verdade vivemos uma espécie de opacidade nesta matéria, impedindo não apenas a análise política séria sobre a evolução do desemprego sem um ruído perturbante à mistura, mas pior que tudo, esta circunstância dificulta seriamente a tomada de medidas concretas sobre esta matéria.
 Aliás não compreendemos a passividade do Governo para o esclarecimento cabal deste assunto. Não entendemos sequer como é possível tomar medidas com esta disparidade estatística!
Até parece que para este governo regional as medidas e as políticas a implementar para 7 500 desempregados são as mesmas e na mesma dimensão  que para 15 000?
Compreendemos que no que respeita à salvaguarda dos desempregados o Governo em termos orçamentais esteja “perfeitamente nas tintas” porque quem paga os subsídios de desemprego é a república.
Uma matéria que o Senhor Governo gosta de fazer passar despercebido de modo a cumprimentar com o chapéu alheio, tal como faz  com as prestações sociais.
Mas no plano das medidas pro-activas e, sobretudo, na criação e no modelo de crescimento da economia é relevante conhecer em profundidade o mercado de trabalho, as suas potencialidades e debilidades. 
Este comportamento adormecido face a esta contradição estatística é demonstrador da credibilidade, responsabilidade e seriedade do Governo.
Mesmo sabendo que estamos perante metodologias diferentes, a do INE e a do EIFP, a verdade é que nenhuma região do pais mostra esta singularidade difícil de entender.
Este mistério estatístico parece agradar as intenções do governo por razões difíceis de entender.
De qualquer forma, que fique claro que para efeitos de análise e debate, o Grupo Parlamentar do PS Madeira utilizará os dados disponíveis do Instituto de Emprego, não por serem mais elevados, sublinhe-se, mas por serem os mais actualizados.
Senhor Secretário Regional,
Desafiamos V. Exa. a clarificar este assunto a bem do sucesso das medidas e políticas a implementar além do fim do desatino verbal que a mesma tem vindo a provocar.
 Contudo, deixamos claro, e avisamos desde já, que tomaremos medidas no sentido do esclarecimento desta matéria.
 Tem sido, aliás, essa a  sina do grupo parlamentar do PS Madeira:
desvendar os mistérios dos fracassos do PSD.
 Já foi assim com a perda dos 500 milhões;
recentemente fizemos o mesmo com a trapalhada do CINM
e não descansaremos enquanto esta matéria não for cabalmente esclarecida, doa a quem doer.
É por tudo isto que acabei de referir que consideramos que a presença do Senhor Secretário não é suficiente para um debate esclarecedor e proveitoso no quadro da actividade fiscalizadora desta Assembleia.
Do nosso ponto de vista este debate está coxo para não dizer mesmo desconchavado.
Por um lado está ausente, de forma inexplicável, o governante que tem a responsabilidade da economia, o Senhor Vice Presidente do Governo, e portanto que tem o dever de explicar ao povo que medidas, que estratégias, que opções políticas pretende implementar de modo a garantir a criação de emprego. Esta obrigação não é um mero formalismo. É esta a única via para diminuir o crescimento do desemprego: ou a economia da Madeira aumenta significativamente as ofertas de emprego ou, obviamente, a situação tende a se agravar.
De qualquer forma Senhor Secretário Regional, como a decisão do Governo enviar o Secretário X ou Y não nos diz respeito, partiremos sempre do principio que V. Exa está preparado para a discussão do tema em apreço, estando naturalmente com a posse de todos os elementos sobre esta matéria.
Por outro lado, o referencial de análise do desemprego não está estável, como já referi, e são mesmo misteriosas as razões que levam a dados do desemprego tão diferentes entre o IEFP e o INE.
Reafirmamos isto porque podemos estar perante mais uma situação peculiar: para o PSD o debate sobre o desemprego pode resumir-se à atitude reactiva do governo e às análise da estatística.
Ora, que fique claro que o Grupo Parlamentar do PS M pediu um debate sobre o desemprego não uma lenga-lenga mais ou menos fastidiosa das teorias do Senhor Secretário Brazão de Castro, tendentes a provar que em algum momento, num mês ou numa semana, face a este ano ou ao anterior, ou mesmo relativo à semana passada, o desemprego na Madeira está a baixar.
E, ainda por cima, o Senhor Secretário ainda conclui que aquelas continhas  reflectem não um dado sazonal, ou mesmo pontual, mas uma tendência. 
Ora, perdoe-nos a franqueza Senhor Secretário Regional mas o tema é tão sério que a sua habitual estratégia evasiva na discussão desta matéria não acrescenta nenhum valor à discussão, levantando mesmo séria dúvidas se V. Exa. tem total consciência do dramatismo da situação.
Senhor Secretário Regional,
estamos perante muitos desempregados que configuram um flagelo social de uma dimensão nunca vista na Região. De acordo com os dados da instituição que V. Exa. tutela são quase 15 000 desempregados. Há menos de 4 anos atrás eram 7 500 demonstrando uma tendência crescente que dá sinais de ser estrutural. Se considerarmos o número da nossa população activa já falamos de valores próximos de 12% de desemprego. Um horror económico-social.
Mas, sobretudo, o desemprego é uma agressão pessoal a cada  desempregado individualmente que os coloca numa situação de extrema fragilidade perante eles próprios, a família e a sociedade.
Por tudo isto não admitiremos deambulações estéreis para a compreensão deste fenómeno.
Estamos à espera de respostas a vários níveis mas principalmente uma clarificação das medidas e estratégias que conduzirão à criação de emprego pelas empresas. É isso que esperamos. Esperamos ouvir  as soluções que o seu  governo preconiza para a Madeira crescer do ponto de vista económico e, por essa via, criar emprego e combater activamente este drama social.

Senhor Presidente
Senhor Secretário Regional
Senhoras e Senhores Deputados
O drama do desemprego tem a sua origem na debilidade da economia da Madeira.
O desemprego é consequência das dificuldades da competitividade das nossas empresas, da fragilidade do nosso tecido económico e da dependência excessiva a um sector da economia, neste caso o turismo.
Por outro lado, é também consequência da incapacidade da Região em tomar medidas anti-cíclicas em altura de forte crise interna.
Esta dificuldade está relacionada com a má utilização dos dinheiros públicos e com o excesso de endividamento, além, naturalmente, da falta de credibilidade da RAM nos mercados financeiros que a impossibilita de acrescentar divida para socorrer a momentos complexos como o a altura que hoje vivemos.
Acresce que no plano do sector privado, único capaz de criar riqueza e emprego sustentável, o Governo da Região não tem tido a arte e o engenho para promover uma estratégia de diversificação da economia e assim diversificar o risco e minimizar a exposição da Madeira à crise; 
Além disso, também não tem demonstrado competência para encontrar as formas e os instrumentos mais adequados para criar o ambiente mais favorável à dinâmica empresarial através do apoio incondicional aos factores de competitividade que podem contribuir para a alavancagem de negócio e de emprego.
As PME’s regionais estão hoje confrontadas com barreiras inadmissíveis à criação de riqueza e manutenção e criação dos postos de trabalho.
O Sector privado está confrontado com problemas estruturais como a reduzida dimensão do mercado e a distância de centros de decisão e canais de comercialização.
Senhor Secretário Regional,
Estes factores são permanentes e só uma abordagem política adequada é capaz de contrariar o efeito que os mesmos provocam na competitividade das empresas.
 Infelizmente o caminho seguido pelo Governo Regional é totalmente contrário às exigências e necessidades das empresas: os custos de transportes marítimos e aéreos são o reflexo de opções políticas inimigas da criação de emprego.
São a consequência de uma Região refém de interesses privados que é incapaz de restabelecer a legalidade no Porto do Caniçal e, dessa forma, promover um concurso para concessão da Operação Portuária, baixando o preço das tarifas e financiando, com contrapartidas financeiras adequadas, a própria autoridade portuária da RAM.
Por outro lado, ignora a importância da competitividade do aeroporto designadamente para a sustentabilidade e dinamização do único sector gerador de riqueza e emprego na RAM, o turismo.
Mas se estas reorientações políticas podiam minimizar o efeito negativo da distancia da região ao exterior e assim acrescentar competitividade às nossas empresas, são também necessárias iniciativas políticas que ajudem a ultrapassar a dificuldade estrutural da dimensão do mercado. Um mercado pequeno e frágil não é amigo do crescimento empresarial sustentável e de médio prazo, nemd a criação de emprego. 
O apoio à internacionalização;
 criar condições para garantir robustez financeira  às empresas que se querem internacionalizar
 e a implementação de uma diplomacia económica adequada á nossa realidade são medidas urgentes em prol da consolidação do nosso tecido empresarial e alargamento do mercado de modo a assegurar a manutenção dos postos de trabalho e do emprego.
Além disso, a implementação de uma estratégia de atracção de investimento directo estrangeiro usando para o efeito um novo modelo de exploração do Centro Internacional de Negócios da Madeira, que não se esgote na performance fiscal, são medidas criticas para consolidar a criação de emprego.  
Senhor Presidente
Senhor Secretário Regional,
Senhoras e Senhores deputados,
Depois desta análise focada na economia e em particular no sector privado, no fundo depois de concentrar toda a atenção do debate em torno da criação de emprego por parte do sector privado, vale a pena explicar porque razão este acento tónico é tão relevante hoje e não foi no passado.
Ou melhor, como se explica que tendo presente que o Governo nunca deu a atenção devida  estes aspectos, nunca foi capaz de implementar políticas geradoras de dinâmicas no sector privado e nas empresas, como é que, mesmo assim, até 2004 o desemprego se manteve a níveis próximos do pleno emprego?
Contrariamente ao que possam pensar não há nesta análise qualquer equívoco ou paradoxo.
O diagnóstico é simples e bastante perceptível aos olhos de todos.
A criação de emprego surgiu quase sempre da dinâmica do investimento público que absorveu a população activa da Madeira e, em alguns momentos, chegou mesmo a necessitar de importar mão-de-obra.
Contudo, todo esse esforço de investimento devia ter sido utilizado na criação de condições de sustentabilidade da economia e não em injecções financeiras diabólicas com efeito imediato na criação de emprego mas com validade temporal limitada.
Em termos simples o esquema funcionava assim: havia obras, havia emprego, acabam as obras,  acabava o emprego e lá passamos a ter o desemprego quando diminuíram as ditas obras!
E infelizmente o problema de fundo mantém-se: os investimentos previstos continuam a não gerar um modelo de diversificação de economia e de sustentabilidade do próprio investimento.
Desde quase sempre que a Região dependeu exclusivamente do sector público para garantir as elevadas taxas de crescimento do produto e, desta forma, manter os níveis de desemprego próximos do pleno emprego.
Se é verdade que este carrossel perverso foi mantido durante largos anos, o inicio do século XXI trouxe mudanças significativas.   
Infelizmente, a dinâmica do investimento público é um sinal artificial da performance e robustez da economia regional.
Se numa fase inicial os investimentos de infra-estruturação eram verdadeiramente importantes e relevantes para o take-off da economia regional,
a partir de uma determinada altura, inicio de 2000, não só os investimentos públicos efectuados não cumpriam o essencial das premissas de racionalidade,
como também, as fontes de financiamento externas que suportavam elevados volumes públicos de investimento tendiam a acabar, muito por responsabilidade de opções e decisões do PSD contrárias ao interesse púbico regional,
designadamente os apoios europeus que reduziram-se em 500 milhões, no presente quadro de apoios (QREN) à custa de uma decisão política totalmente inadmissível e irresponsável.
Compreende-se a tentativa do PSD em esconder a sua miserável performance negocial que levou a Madeira à saída da Região objectivo 1.
Mas, foi a partir daqui que a Madeira iniciou um processo de retrocesso que, para mal madeirenses, no fundo de todos nós, não foi capaz de contrabalançar com a criação de um modelo de desenvolvimento baseado no conhecimento e inovação como proponha o PDES e outros documentos estratégicos.
E não foi capaz porque nem sequer tentou. Verifica-se um fosso considerável entre os objectivos e medidas preconizadas nos documentos estratégicos e a prática.
Mas a dificuldade de financiamento externo foi sendo agravada pelo sentido despesista do Governo que acabou por gerar a lei de endividamento zero da Dra. Manuela Ferreira Leite, provocando um descalabro na matriz financeira da Região.
Ora apesar de um novo contexto de financiamento o Governo não alterou o padrão do investimento público.
 Ou seja quando se exigia mais ponderação e responsabilidade nas opções de investimento e, sobretudo, um investimento público que apoiasse a diversificação da economia , a competitividade empresarial e a criação de riqueza e emprego,
o governo manteve o mesmo registo de sempre mas agora com o recurso à divida.
A partir de 2000 e até 2009 o endividamento indirecto cresceu 1000%. As responsabilidades financeiras da região no seu global são hoje mais de 10 vezes superiores ao que eram no inicio da década.
Mas, é bom que se diga, se a este endividamento correspondesse um investimento com retorno e, sobretudo, a criação de um crescimento económico sustentável acompanhado de uma diversificação consistente da economia, nada disto seria um verdadeiro problema e teríamos a economia a gerar mais emprego.
 Mas, infelizmente, temos o pior dos mundos: uma divida colossal, uma economia em estado de pré-falência e investimentos públicos que não libertam meios para pagar a divida, nem sequer as despesas de manutenção dos investimentos e, em consequência, desemprego a crescer... 
Depois de uma análise fina à distribuição orçamental do investimento público dos últimos 10 anos, percebe-se facilmente que só por obra do divino Espírito Santo é que a Madeira podia hoje ser uma região com uma economia diversificada assente na inovação e conhecimento e a criar riqueza e emprego.
 A análise das execuções orçamentais são claras. A aposta continua a ser nas infra-estruturas (sempre mais de 50% do investimento) e a inovação, a I&D, o conhecimento, o empreendedorismo e a educação continuam a ser variáveis residuais no padrão orçamental do governo.
 Como diz o povo não se fazem “omoletes sem ovos” e, também aqui sem o desvio significativo de investimento público para estas áreas muito dificilmente poderemos aspirar a um mundo melhor e, sobretudo com mais emprego.
Senhor Secretário Regional
esperamos sinceramente que explique ponto por ponto, tal como faz com as ladainhas criativas sobre a forma como encara o desemprego,
como quer que a Região crie emprego se o investimento no empreendedorismo, no desenvolvimento empresarial, na inovação, na internacionalização ou são zero ou é tão modesto e insignificante que torna-se pouco relevante no plano orçamental.
Senhor Secretário,
Estas são as questões fundamentais do debate. Desafio V. Exa. a responder a estas questões? Esperemos, sinceramente que o faça, que esteja preparado para isso,  caso contrario não compreendemos, sinceramente, o que veio cá fazer.
Senhor Secretário Regional,
O ciclo das infraestruturas públicas e do dinheiro fácil está efectivamente no fim e, infelizmnte, não há qualquer substituto a este modelo pelo que o resultado é mais desemprego ou, então, mais injecção financeira, venha lá de onde vier, matéria cada vez mais difícil.
Estamos entalados num beco muito estreito porque o PSD conduziu os destinos da Madeira para uma situação insustentável. A viabilidade da Madeira está hoje totalmente posta em causa.
Ou implementamos uma nova geração de políticas para promover um novo modelo de desenvolvimento económico ou o caminho do aumento do desemprego continuará o seu percurso.
Disse


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

PSD: um governo impróprio para consumo

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um governo impróprio gera empresários medíocres e oportunistas, prejudicando as populações

Numa análise ingénua e simplista o tema que vou abordar devia ser assunto de regojizo. Além disso, deverá haver mesmo quem possa pensar que não tenho nada com o assunto. Contudo,  não embarco em euforias hipócritas e irracionais e muito menos estou disponível para fazer de palhaço batendo palmas a operações perversas para o interesse público e a empresários que nunca correram risco. O empresário Luis Miguel de Sousa anunciou em menos de 1 mês a compra da Box line e ontem baptizou um novo navio. Tudo junto falamos num investimento que ultrapassa os 20 milhões de euros. Uma soma significativa que óbviamente contou com financiamento externo e não apenas capital próprio. Contudo, só um grupo empresarial robusto financeiramente é possível fazer investimentos destes em evidente contra-ciclo com a dinâmica da economia regional. É bom sublinhar que no contexto actual poucos podem fazê-lo em Portugal (não apenas na Madeira). Então, gostava de esclarecer o que diferencia positivamente o negócio deste conhecido empresário do resto do que para aí anda. É dono da Porto Santo Line que explora a linha Madeira Porto Santo, em monopólio, e cobra bilhetes exorbitantes (um carro para transportar para o Porto Santo custa mais de 100 euros e sai mais barato ir de Lisboa a Frankfurt) apresentando lucros anuais próximo dos 3 milhões (o governo o ano passado com "peninha" do mago do empresariado regional antecipou 5 anos a prorrogação da concessão por mais 20 anos, fazendo garantir 25 anos de monopólio!); é também o único detentor da operação portuária que funciona num regime inadmissível de licenciamento favorável originando mais um monopólio administrativo, com esta empresa o empresário de sucesso aufere mais de 3 milhões (além do que está escondido nos FSE resultante de uma contabilidade criativa descarada!). Perante isto ainda há uns idiotas que se embasbacam com esta performance. Pior ainda há uns governos que julgam que a Madeira vive uma cambada de patetas que apreciam sem qualquer repúdio a política promíscua e corrupta de um governo impróprio para consumo. Quem não gosta do que escrevo paciência mas já não tenho idade para aturar palhaçadas deste calibre!  

PSD a sacudir a água do capote. Não contem comigo para esse peditório!

Alguém comhece o plano de prevenção da floresta madeirense? laguém conhece o plano de luta contra incêndios na Madeira. Alguém conhece as medidas de vigilância em períodos criticos? Ninguém conhece nada disto porque simplesmente não existem. Mas não existe no plano regional nem no plano autárquico. É por isto que é quase patético as intervenções e declarações dos dirientes regionais e locais do PSD. 
Mais hilariante é a ideia que AJJ insiste em passar que existiu um esquema organizado de levadeiros, marginais e pastores ressabiados para atear fogo a toda a cordilheira central da Madeira. Esta tese chega a ser mais consistente que a da trilateral e da maçonaria que funcionaria como um eixo do mal para tramar a Madeira...Enfim um delirio que muitos gostam de alimentar. Não contem comigo. Insisto é preciso responsabilizar quem governa a Madeira e demonstra não saber acautelar os nossos interesses. Por muito que custe ouvir a Madeira não está nem nunca esteve preparada para incêndios. A Madeira não tem plano de combate aos incêndios em zonas montanhosas. A Madeira está à mercê da sorte dos ventos e do calor. Um amadorismo inqualificável.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SD's: um falhanço macro e micro económico. Mas, como sempre, ninguém assume responsabilidades

Há muito tempo que alertamos para este desastre de gestão. Há muito que denunciamos a gravidade do problema de uma operação despesista, irresponsável e sem resultados consistentes. Há muito que avisamos que as opções das SD's irão afectar seriamente os orçamentos regionais e condicionarão a vida das gerações futuras. 
Recentemente pedimos uma interpelação urgente ao Dr. Cunha e Silva, colocando para sua explicação 400 questões. Até hoje não tivemos qualquer resposta. O Senhor decidiu meter férias. Compreendo que mereça ter férias (como qualquer cidadão) mas é inadmissível que não assuma qualquer responsabilidade de tudo isto. Governar assim parece-me um exercicio "simpático": ninguém resposabiliza ninguém e não se presta contas a ninguém. Mesmo que se faça toda estas asneiras com dinheiro público, com dinheiro de todos nós. 


O descalabro não é apenas financeiro ou micro-económico. Não se trata apenas de um endividamento excessivo em organizações incoerentes do ponto de vista de gestão. Os resultados ao nível do emprego e da criação de riqueza sustentável são mesmo demasiado modestos para não dizer mesmo nulos. Mas nada disto demove o representante da tutela em manter este passeio assassino aos interesses dos madeirenses. Recentemente, imagine-se, o governo andou a negociar mais 100  milhões de divida para entregar às sociedades já falidas técnicamente. A operação não se concretizou porque a banca não a aprovou. Paradoxalmente, a falta de credibilidade da RAM, à custa destas opções, é agora o melhor aliado para evitar mais absurdos destes!  

domingo, 15 de agosto de 2010

Não faz mal dizer o óbvio mas às vezes é patético

Li aqui que o Dr. Albuquerque já quer plano de reflorestação urgente... 
O que vale a pena perguntar ao Dr. Albuquerque é o seguinte: Porque razão nunca colocou no terreno um plano de prevenção de incêndios? Porque votou contra a proposta (extensa e cuidada) do PS (era eu vereador na CMF) para proteger a floresta do Funchal que incluia prevenção de incêndios com várias medidas concretas? E já agora, não menos importante, porque razão este Senhor, responsável pela autarquia há mais de 15 anos, nunca se responsabiliza por nada: foi assim a 20 de Fevereiro quando já todos sabemos que o desordenamento das zonas altas provocadas pela sua politica irresponsável e as opções de construção na cidade que conduziu à canalização de ribeiras potenciou a tragédia; e foi assim, outra vez com os incêndios na cidade que vive sem plano de prevenção de incêndios há tempo demais. Já agora era bom perguntar ao Dr. Albuquerque onde pára o plano de emergência da cidade?
Não basta dizer o óbvio é preciso fazer mesmo e ter legitimidade para dizer que se sabe o se quer fazer. Este Dr. Albuquerque não tem nem uma coisa nem outra...

sábado, 14 de agosto de 2010

Vale a pena ler a opinião de Luis Calisto

"...É parte da putrefacta teoria "por mim ou contra mim". O xadrez maniqueísta em que, coincidência das coincidências, os bons foram parar todos ao PSD e os maus à oposição. E o estado emocional cataléptico alimenta o mito no subconsciente do povo: o chefe é a sobrevivência; a mudança é o dilúvio, o 'finis patriae'. De tal modo que o eleitorado continua a sufragar um regime de partido único, muito pior do que nos tempos do 'rei quinze', quando, e apesar de monárquicos, os partidos regenerador e progressista se revezavam no poder..."

 Mais uma vez Luis Calisto com uma opinião assertiva. Daquelas de quem conhece bem a Madeira e o regime que vivemos. Este texto contém ideias chave e desmonta paradoxos e a politica pimba do Dr. Jardim por isso devia colocar a sociedade e a "suposta" elite madeirense a reflectir sobre a necessária mudança politica na Madeira.

O paradoxo do PSD: não é só patetice é também falta de vergonha na cara!

Se tivesse vergonha (os seus responsáveis e interlocutores) a JSD estava caladinha e metia o rabinho entre as pernas, indo pregar para outra freguesia. Já toda a gente sabe que a proposta do PSD para renovar os beneficios fiscais das empresas da Zona Franca, implicava aligeirar o critério do emprego. Foi aliás por isso que a União Europeia não deu parecer positivo à proposta levando à sua suspensão. Ou seja, para ser mais claro: o governo que a JSD suporta defende a destruição de emprego na Zona Franca e defende que se retorne às empresas caixas de correio, sem criação de emprego. Um contra-senso na situação actual. Mas perante este facto, que toda a gente já conhece, esta juventude partidária anda muito activa a fazer o que os outros não têm coragem para fazer:  desatar, de forma "apatetada", a fazer comentários e observações verdadeiramente paradoxais face às decisões do seu governo. É claro que o Jardinismo é isto mesmo: fazer uma coisa e dizer outra. De preferência quando são atiradas as culpas para outros...Tudo um grande manicómio... 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O incêndio do Dr. Jardim

Acabo de ouvir declarações patéticas, insolentes e irresponsáveis de AJJ sobre os incêndios na Madeira. Este Dr. Jardim é insustentável e insuportável. Pior teve o desplante de quase acusar a comunicação social pelos incêndios. O Dr. Jardim fica eufórico e chama de incompetentes os governantes da república pelos incêndios no continente e, nessa altura, não se lembra de pedir responsabilidade à comunicação social. Mas na Madeira, mais uma vez, a culpa não é de ninguém, muito menos dele e do seu governo. Esse, segundo ele está a fazer tudo bem!?É assim a Madeira de Jardim. O que corre bem é da sua responsabilidade, o que corre mal é dos outros, dos que estiverem "mais à mão"!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Via Madeira: mais uma forma irresponsável e imponderada de utilizar o dinheiro dos madeirenses

O Grupo Parlamentar do PS Madeira alerta para  mais uma irresponsabilidade na gestão dos dinheiros públicos. Vivemos um dos mais importantes paradoxos da politica regional: a sociedade pede credibilidade ao PS Madeira (insinuando que este partido não tem condições para governar!) mas não responsabiliza, nem sequer se interessa, pela maior mediocridade governativa alguma vez vista...Apesar do descalabro óbvio nas opções de politica económica e da promiscuidade inadmissível entre politica e algumas empresas, a sociedade continua a orientar as suas energias de acusação para quem nunca governou a Madeira. A solução para o futuro passa pela solução deste insólito paradoxo...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nesta matéria custa-nos ter razão...

Na semana passada, Sexta Feira, o PS Madeira alertou em conferência de imprensa para o estado de crise profunda no turismo da Madeira. Na altura sublinhamos que 2009 tinha sido um ano catastrófico mas que o inicio de 2010 indiciava que tínhamos caído num processo estrutural que carecia de mudança estratégica, com iniciativas novas, mais arrojadas e adequadas às exigências de um destino de qualidade. Os dados anunciados ontem no site do INE, relativamente ao primeiro semestre de 2010, confirmam as nossas preocupações e demonstram que a Madeira está em contra-ciclo com o que se passa no resto do país: todos os indicadores apresentam resultados negativos (Rev Par; taxa de ocupação e entradas de turistas) contrariamente ao que se passa no resto do país. Precisamos de mais profissionalismo na gestão do destino Madeira; precisamos de iniciativa institucional, de arrojo, coragem e investimento proporcional ao problema. Os responsáveis pelo turismo na Madeira têm défice de compreeensão do problema e incapacidade governativa!

domingo, 8 de agosto de 2010

Grupo parlamentar do PSD M: entre a iliteracia e a compreensão lenta


De forma atabalhoada o grupo parlamentar do PSD vem tentando sacudir a pressão da comissão de inquérito que tem objectivo de apurar a divida da RAM. Esta dificuldade óbvia que conduz a que deputados de segunda linha respondam pelo líder parlamentar ou mesmo pelo Presidente da Comissão começa a roçar o patético. Obviamente que o que queremos saber é o total das responsabilidades financeiras e não apenas a divida directa e indirecta como insolitamente insistem os deputados recrutados para a matéria. Mas não queremos apenas avaliar o valor das responsabilidades financeiras, queremos também perceber as razões objectivas, a legalidade e a defesa do interesse público na assunção de determinadas responsabilidades como sejam os avales ou mesmo as concessões ruinosas que lapidam significativamnte o orçamento regional. Queremos avaliar o valor mas também a analisar o rigor com que esses empréstimos, de toda a ordem, foram obtidos e concedidos. Mas ainda não queremos ficar por aqui: queremos apurar responsabilidades. É preciso garantir que, pelo menos do ponto de vista politico, os culpados são objectivamente julgados. É isto que se exige de um parlamento: fiscalizar até à exaustão o governo e defender o interesse público. Assim, em conclusão, compreende-se que os senhores deputados do PSD estejam nervosos e atrapalhados sem saber bem como irão "descalçar esta bota". E é por isso que querem matar a comissão de inquérito. É por isso que não querem aprovar a metodologia de trabalho apresentada pelo PS que nem sequer foi colocada à votação. É por isso que foram de férias e adormeceram deliberadamente os trabalhos da comissão. É por isso que entretêem-se com comentários jocosos ao título da comissão eventual de inquérito, enredando-se em comentários patéticos demonstrando uma incapacidade politica atroz e uma insuficiência intelectual que parece atingir o colectivo do grupo. Um desespero!

Via Madeira: mais uma opção desastrosa com consequências graves na vida dos madeirenses!

Ontem o DN Madeira dava conta da trapalhada da Via Madeira decorrente da dificuldade do Governo Regional em garantir o seu financiamento, mesmo com um modelo francamente favorável a um grupo de empresas de construção civil "amigas do regime" e de Jaime Ramos. Ora, depois de adiar por três vezes a conclusão da operação financeira que pressupunha o envolvimento da banca, eis que o GR volta a apontar outra data para essa conclusão. Contudo aquilio que parece ser uma boa noticia é uma verdadeira dor de cabeça para todos nós. Esta operação faz parte do mesmo padrão da Via Litoral e Via Expresso. Como é sabido, em termos mais ou menos simplistas, estas empresas privadas exploram algumas estradas na Madeira a troco de um rendimento anual "oferecido" pelo GR. Observando as contas destas empresas verifica-se que obtêm lucros verdadeiramente obscenos demonstrando que o modelo de financiamento engendrado prejudica seriamente os interesses públicos (a Via Expresso lucrou 13 milhões de euros em 2007). Grosso modo o Orçamento Regional tem de pagar em média 200 milhões de euros para suportar estes contratos de concessãos, durante cerca de 25 anos. 
Este compromisso financeiro coloca sérios entraves à governação na medida em que lhe limita a margem de manobra para investir na diversificação da economia, no tecido empresarial e, sobretudo, nas épocas de crise, em acudir os mais desfavorecidos. 
Perante isto o GR avança sem qualquer fundamento objectivo para mais uma operação desta natureza sem qualquer prioridade e com a agravante de neste momento andar a construir as obras da via Madeira recorrendo ao factoring. Já são 300 milhões a um custo que ninguém sabe tendo em conta o corte de factoring ao Governo Regional percebe-se a dimensão do problema. Esta é aliás a primeira grande conclusão do desacerto governativo: o factoring ao GR para estas obras acabou por prejudicar  as PME's regionais que viram-se confrontadas com o corte deste tipo de financiamento para pagamento das suas operações junto do GR. Por outro lado, esta Via Madeira vai acrescentar mais um compromisso de cerca de 100 milhões de euros por ano, durante 25 ou 30 anos, retirados do Orçamento Regional, piorando ainda mais a matriz financeira da RAM.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

show de propaganda

Hoje a RTP Madeira esteve no seu melhor: 10  minutos inteiros a falar de rally, incluindo presidente do governo, sousas e ...Depois veio uma peça sobre o parque temático e uma pergunta inesperada: "dizem que o parque está falido"? Meu Deus que heresia, é claro que não...Já passou 20 minutos e nada de verdadeiramente relevante e concreto passou no telejornal da RTP Madeira. Um verdadeiro embuste, uma televisão ao serviço da propaganda jardinista....

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A ministra sabe o que fala

O grupo parlamentar do PS Madeira, através do seu líder parlamentar já se manifestou favorável às teses da ministra da educação. Vale a pena sublinhar que a posição do grupo não é mero oportunismo politico, é assente em avaliações sustentadas demonstrando que a política sem competência técnica é meio caminho para a descredibilização...

Descaradamente o PSD tudo faz para destruir a comissão de avaliação da divida da RAM

O PS Madeira não desiste nem que seja para que fique claro a miserável "pouca-vergonha" do PSD que quer matar a comissão de inquérito e para isso chega ao ponto de manter reuniões sem agenda, ignorar propostas da oposição não as colocando à votação e, mais grave, impondo soluções que depois afirma terem sido votadas. Um escândalo sem precedentes! Por isso mantemos a pressão no sentido de urgentemente voltarmos à comissão de modo a começar om o mínimo dos mínimos: uma metodologia!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A caminho de 2011

Uma boa sugestão do Presidente do Grupo Parlamentar do PS Madeira relativamente à oposição. Vale a pena ler aqui

Comunicado do PS sobre a Comissão de avaliação do endividamento da RAM


O Grupo Parlamentar do PS Madeira lamenta a forma atabalhoada e desastrada como o PSD conduz os trabalhos da comissão para avaliar a dimensão da divida da Madeira. Compreendemos que o PSD evite que esta comissão efectue um trabalho sério e que, desta forma, procure desesperadamente marcar passo de modo a “matar a comissão de endividamento”.
Mas não admitimos que o PSD demagogicamente insulte o trabalho daqueles que querem transparência e verdade nas contas públicas da RAM, por isso lembramos o seguinte:
1.     Uma comissão desta natureza tem de ter uma metodologia de trabalho de modo a conduzir um trabalho consistente e com resultados adequados aos objectivos.
2.     O PS Madeira na primeira reunião apresentou uma metodologia de trabalho clara e suficientemente elaborada que garantisse resultados adequados;
3.     O PSD reagiu a essa apresentação pedindo tempo para analisar e comprometendo-se tomar uma posição na reunião seguinte;
4.    Nada disso, aconteceu e depois da 4ª reunião ainda não foi sequer colocada à votação a metodologia apresentada pelo PS M, nem foi comentada ou apresentado alternativas;
5.    Entretanto o PSD convocou o Secretário Regional do Plano, informando os deputados dessa decisão na terceira reunião e, não, como diz o deputado Jaime Filipe Ramos, colocando essa decisão à votação. A decisão de chamar o Secretário à Comissão foi da responsabilidade do PSD sem ter colocado esta decisão à votação. Foi imposta;
6.     A oposição confrontada com esta decisão apresentou uma proposta durante a última reunião,  aproveitando a presença do Senhor Secretário, de apresentação de dezenas de documentos importantes para a avaliação da divida. O PSD votou contra essa proposta de toda a oposição;
7.     O PS não abandonou a sala em protesto mas sim porque era irrelevante (como se comprovou depois) a audição ao Senhor Secretário Regional sem antes a análise profunda de dezenas de documentos que o governo regional esconde.
8.     Depois, de forma insólita, ficou decidido que o Secretário faria chegar documentos que justificassem a sua intervenção na Comissão. Ora, não se percebe esta contradição: o PSD vota contra a proposta de mais documentação (levando ao abandono do PS) e, durante a mesma comissão, o PSD confirma, depois, que enviará documentos (não sabemos quais!?) aos deputados. Um delírio e uma provocação inadmissível.
9.     Pior que isto, depois de ouvir o secretário, depois de 4 reuniões, depois de dois meses, depois do PSD ter dito que se pronunciava sobre a metodologia de trabalho, eis que o PSD não só não se pronunciou sobre a tal metodologia do PSD como não colocou sequer essa metodologia de trabalho à votação na comissão e, muito menos, apresentou alternativas.
10. Quanto à lamentável afirmação que os documentos estão na internet, desafio todos a procurarem na internet: contratos de concessão, estudos que deram origem aos avales (obrigatório de acordo com a lei); relatórios  de contas das empresas públicas; negociações de juros;...Enfim este PSD é, definitivamente habilidoso na trapaça!
11. Neste momento, depois de tudo isto, depois de 2 meses, estamos exactamente na mesma situação que estávamos antes. Mas pior que isso, o PSD introduziu tanta entropia que receamos que acabou por anunciar a sentença de morte desta comissão, satisfazendo os seus desejos mais profundos. 
É um folhetim descaradamente perverso mas lamentável. O PSD depois de 2 meses da instalação da comissão foi entretendo os deputados, ao longo das 4 reuniões, de modo a chegar a pleno Verão sem qualquer evolução em termos de trabalho. Deliberadamente o PSD bloqueou os trabalhos da comissão.

domingo, 1 de agosto de 2010

Uma análise da evolução do desemprego na Madeira

No Longo Prazo observa-se o seguinte:  
1.     Em 2003 o desemprego era de 4,1%, em 2007 já era de 7%, em 2009 de 8,9% e em 2010 de 12%. 
2.     De Janeiro de 2009 até Janeiro de 2010 a Madeira passou a ter mais 4 500 desempregados. Ou seja 12 desempregados por dia, cerca de 370 desempregados por mês.  
3.     Esta situação não é estranha a diminuição do crescimento económico na Madeira desde 2007, registando valores de crescimento real do produto inferiores à maior parte das regiões portuguesas.  


Na análise de curto prazo (seis meses) podemos constactar o seguinte: 
a.     Entre Janeiro de 2010 e Junho de 2010 surgiram na RAM mais 400 desempregados.  
b.     O crescimento do desemprego em 2010 tem sido significativo com uma taxa média de 27% face ao período homologo. 
c.      Ao mesmo tempo o crescimento de ofertas de emprego tem sido francamente modesto, rondando ua taxa média de 4%, face ao período homologo.  
d.     É nesta diferença entre destruição de emprego e criação de emprego, que ultrapassa os 20% que reside a razão do crescimento significativo do desemprego na Madeira. A RAM por ter resultados modestos no crescimento da economia apresenta dificuldades na geração de ofertas de emprego. 
e.     Nestes seis meses a RAM foi duas vezes a Região em que o desemprego mais cresceu; duas vezes ficou em segundo lugar no crescimento do desemprego e duas vezes ficou em terceiro lugar. Portanto a RAM é a Região do pais com mais crescimentos do desemprego neste ano