domingo, 18 de novembro de 2007

Afinal!?

O info-mail de Albuquerque, segundo me informaram, não usou o argumento auditoria do Tribunal de Contas, relativamente a 2003 e 2004, como justificação (frágil) relativamente às negociatas. Porquê, se foi esse o único argumento usado na única Assembleia Extraordinária que os deputados do PSD compareceram?
A ser verdade, só com grande confiança na apatia da sociedade civil é que o PSD se arriscava a não incluir esta matéria, depois de ter afirmado nada temer porque o Tribunal de Contas já tinha auditado. Afinal quem tinha razão? Quem mentiu? E, em que ficamos?

3 comentários:

Anónimo disse...

O edil Albuquerque mantém a teia de silêncio e negação, em torno dos indícios fortes de irregularidades do mandato anterior. Lidou mal com esta questão e pior do que isso, pensa que os funchalenses são estúpidos.
Como munícipe do Funchal lamento todo este folhetim em torno das alegadas negociatas quer por parte de alguns ex-autarcas, quer dos actuais em exercício com pelouro. (Sim. Seria interessante haver outra auditoria à situação presente). Lá diz o povo que "onde há fumo, há fogo". E pelo menos fumo já se nota há imenso tempo.
Já neste espaço invoquei a minha leitura da relação da CMF com os MUNÍCIPES. Qualquer semelhança disto com a realidade é pura coincidência ou uma questão de...SEMÂNTICA(?)
Para que existem as autarquias enquanto instituições do Estado? Existem para servir os seus titulares? Os seus colaboradores? Uma determinada "clientela"?
Eu até acredito que o edifício da CMF não disponha dos espaços mais funcionais para a sua actividade ou para acolher o munícipe. O Conde de Carvalhal não era obrigado a partir do séc. XVIII, a prever o seu palácio nas actuais valências.
Contudo a Câmara Municipal do Funchal existe para SERVIR os seus munícipes. Como tal seria razoável que ao MUNÍCIPE, estivesse reservado a entrada principal no dito edifício a partir do Largo do Município. O que é que observamos? O munícipe entra pela "porta dos fundos", tal como os funcionários. Podemos estabelecer o paralelo como um hotel, e os hóspedes a entrarem pelo acesso do pessoal. Pelo menos o Sr. Vice-Presidente Bruno Pereira, (caso mantenha aquela peculiar sensibilidade de quem já trabalhou num hotel), concordará que aos CLIENTES/UTENTES/HÓSPEDES de um hotel, está reservado a entrada principal. Não?
Na CMF aos CLIENTES/UTENTES/MUNÍCIPES, está reservada a mesma entrada dos FUNCIONÁRIOS/TRABALHADORES/COLABORADORES/FORNECEDORES. Certo? (Obviamente que os munícipes não irão se hospedar na CMF, apesar de muitas vezes demorarem horas encostados nos corredores...)
Este "estilo" de bem-acolher o utente/munícipe (sem prejuízo da distinta dignidade reservada ao POVO), denota vincadamente a perspectiva piramidal que a presidência da Câmara do Funchal tem em termos de "serviço público", não certamente, o aspecto de "ESTAR AO SERVIÇO PÚBLICO". Com exemplos destes não me venham com "paleios" de políticas de EXCELÊNCIA e QUALIDADE! Preferível às competências são os ACTOS e FACTOS!
O parque de estacionamento da Câmara (um dos poucos que não está sob a concessão da SEP S.A.), está reservado aos previligiados AUTARCAS (com a respectiva frota) e às numerosas CHEFIAS. Não admito sequer como razoável, que todos os munícipes que se desloquem à Câmara, pudessem ter um lugar gratuito para a sua viatura. O que considero VERGONHOSO é o facto de se retirarem docas de estacionamento públicos em redor da Câmara, para aparcamento da frota operacional (não VIP) da autarquia...Enquanto o parque interior fica reservado para as viaturas particulares duns quantos colaboradores VIP.
Numa época de constrangimento orçamental em que o poder local na RAM tanto se queixa e reclama de mais meios financeiros do poder central, podemos observar todos os dias ao triste espectáculo dos vários motoristas dos autarcas do Funchal, autenticamente "jogados" dentro das viaturas ou fora delas a queimar tempo e horas...Não sei se os senhores têm algum espaço próprio para "descansar", mas já os vi dormirem no interior das viaturas, sentados, de pé, e até ocupando cadeiras (alegadamente destinadas aos munícipes).
Será este mais um dote "artístico" do Sr. Presidente? Uma espécie de galeria ao ar-livre dos fiéis vassalos condutores dos sumo-sacerdotes do Funchal-Contemporâneo?
É esta maneira de estar (pseudo-aburguesada), que está visivelmente impressa a forma de governação do Município do Funchal. E ainda há quem aspire a governar a própria Região!
O pequeno átrio interior está disponível para literalmente "inglês ver" e quem for a ver, estará "apenas" a uma parede de distância do renovado "AQUÁRIO" onde os munícipes se deslocam em demanda de informação. Em suma:
eu sou munícipe do Funchal e quando preciso de deslocar-me à MINHA autarquia, parco o automóvel numa concessão da SEP S.A. (com uma estrutura accionista interessante) e entro pela porta dos fundos. OBRIGADO.

Anónimo disse...

Recebi na minha caixa postal um INFO-MAIL do Presidente da Câmara do Funchal. A minha caixa não tem aquele aviso de recusa de panfletos. Qualquer coisa cai. Por isso caíu este papelinho de Albuquerque. Belo exemplo que este autarca dá na poupança de recursos e na defesa do ambiente. Já agora, Sr. Presidente esteja descansado que este seu papelinho, (pela parte que me cabe), irá directo para o PAPELÃO após cuidada leitura.
E por falar em "papelão", que dizer do seu "papelão" nesta sua mensagem?
Parece que V. Excla. tem estado alienado fora do sistema solar. Talvez numa daquelas divagações esotéricas de alma de artista. Mas os funchalenses não. O tal "clima de suspeição" e de guerrilha política foi iniciado por si e pelo seu colega de partido e congénere-delfim.
Estou certo, tal como Cunha e Silva e demais funchalenses, "daquilo" a que chamaram de "negociatas". Não é necessário sequer consultar o dicionário...O Sr. Presidente da Câmara fez como aquele cãozinho pequeno que ladra de dentro dos portões, ao pedir a auditoria. Mas depois quando o portão foi aberto, ficou quieto e mudo. Eclipsou-se. A caixa de Pandora abriu-se e todos ficámos a saber "aquilo" que sempre se falava de esguelha.
O Sr. Albuquerque de uma forma básica e diria mesmo, primitiva faz aquela manobra infantil de deslocalizar a tramóia em que está atolado, para a "chicana" e "caminho de difamação" orquestrado pelo PS-Madeira, perante a legitimação dos votos da maioria nas urnas.
É verdade que Albuquerque tem ganho nas urnas. (Mas qualquer figura com apoio de Alberto João Jardim facilmente chega lá). É verdade também que Albuquerque chegou a Presidente da CMF "ao cólo" de Virgílio Pereira.
Os funchalenses têm outorgado o mandato a Albuquerque numa base de transparência. Não desta opacidade que Albuquerque nos tem brindado. Albuquerque deveria preocupar-se inicialmente em mostrar o Relatório e o seu contraditório. Isso demonstraria verdade, respeito, dignidade e sobretudo maturidade política e democrática. Se o que move Albuquerque nesta mensagem é a "verdade", parece que chegou tarde e mal.
Não é agora vir-se vitimizar publicamente atrás dos relatórios INE, do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses assim como do Tribunal de Contas. Só falta invocar o espelho mágico da "Madrasta da Branca-de-Neve" para legitimar a boa "saúde" da CMF! Não nos esqueçamos que há dados preocupantes na auditoria realizada, que extravazam o âmbito financeiro.
Outra curiosidade hilariante deste oneroso INFO-MAIL é a frase "não tenho nenhuma reserva quanto ao grau de confiança que colocam no meu trabalho e da minha equipa(...)".
Se V. Excla. não tem dúvidas ou reservas, porque é que se deu a mais este vexame público deste papelinho angelical?
Não será que anda qualquer consciência pesada por essas bandas?
Não seria melhor publicar o tal Relatório no site institucional da CMF e aí sim, os funchalenses tirariam as suas próprias conclusões? Ou será que V. Excla. substitui-se à interpretação legítima dos funchalenses?
O mandato dos funchalenses que o legitima não é nenhum "cheque-em-branco". Ao abraçar esse "sacrifício" da causa pública, está (ou deveria estar), a assumir todas as consequências de que está incumbido.
Os funchelense que estão a receber este INFO-MAIL não se esquecem que você boicotou por DUAS VEZES consecutivas a Assembleia Municipal Extraordinária.
A verdade que se diz detentor nesta mensagem, é um catecismo contemplativo e só mostra o seu desespero. Talvez arrependimento.
Veremos se na próxima Assembleia Extraordinária não se esconde novamente...

Anónimo disse...

Ah...Outra questão que suscitou-me este INFO-MAIL...
Fiquei com uma dúvida: do QUÊ Albuquerque tem mais medo?
1-De que a interpretação dos funchalenses sejam "instrumentalizada" pelos apetites vorazes do PS-Madeira e restantes oposições?
Ou será que o principal receio do autarca da CMF resida:
2-na possibilidade dos funchalenses tirarem as SUAS PRÓPRIAS conclusões? (Sobretudo com mais este precioso e esclarecedor INFO-MAIL com que Albuquerque brindou os munícipes...LoL).