quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Inimigo Público - o ORAM III

Parte II

Vamos então à análise fria dos números:

Do lado das receitas podemos constatar o seguinte:

As receitas correntes têm crescido exponencialmente. Desde 2004 já subiram mais de 27%. Para este ano prevê-se outro (embora ligeiro) aumento, na ordem dos 0,2%. Quando se analisa de forma mais fina os números desta rubrica é possível concluir que os impostos directos (IRS e IRC) cresceram mais de 70% entre 2004 e 2007. Para 2008, torna a estar previsto novo aumento. Apesar de tudo as receitas próprias praticamente são consumidas pelas despesas de funcionamento, em 2004 até ultrapassaram, demonstrando que mais receitas não é sinal de boa governação mas mais desperdício.

Parece óbvio, para todos, as razões deste crescimento da receita: a maior eficácia da máquina fiscal do país tem permitido aumentar significativamente a base dos que pagam impostos. É por isso que consideramos ofensiva a proposta do Governo do PSD em reduzir apenas em meio ponto percentual o IRS dos escalões mais baixos. Ou seja, no 1º e 2º escalão, o PSD propõe taxas de 8% e 10,5% respectivamente, contra 8,5% e 11% relativamente a 2007.
Esta proposta, na nossa opinião, representa a forma mais eficaz de destruir uma boa ideia e o que podia ser uma boa medida.

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