quarta-feira, 30 de abril de 2008

Basta Sr. LFM

Caro Sr. LFM deixe-me lhe dizer, com toda a frontalidade, que lamento os termos da sua resposta, na sequência da minha análise do que se passou no quadro da negociação da liberalização dos transportes aéreos. Aliás, quero sublinhar que não é a primeira vez que V. Exa. "salta" do nível da discussão com argumentos para a agressão pessoal, mesma que tente disfarçar, procurando demonstrar uma qualquer supremacia ético/moral que não lhe reconheço. Enfim, parece que V. Exa., lamentavelmente, quer seguir o mesmo registo que os seus colegas de partido na ALRAM: quando faltam argumentos desatam numa conversa fiada a tentar colocar rótulos em quem apenas desafia para o debate e a discussão sadia. É claro que me importa muito pouco que V. Exa., ou outro qualquer, tenha comigo uma espécie de "esquizofrenia" por resolver. É um problema cuja resolução depende de V. Exas. Da minha parte, continuarei a comentar o que me apetecer, e nos termos que me apetecer, assumindo as minhas responsabilidades, que sei perfeitamente quais são. E o Sr. LFM saberá quais são as suas?
Portanto, que fique claro, sei perfeitamente o que aconteceu com a negociação do "céu aberto": o governo do PSD foi incompetente para obter uma boa solução para os madeirenses. Dir-me-á que o governo da república tem responsabilidades? Eu diria que, nesta matéria, como noutras, a Madeira esteve bastante mal defendida! Ou será que V. Exa. acha que a autonomia não exige responsabilidade?
Além disso, estou perfeitamente à vontade (a todos os níveis) porque desde sempre alertei para estes perigos (V. Exa. tem acesso aos diários da ALRAM, se tiver curiosidade basta procurá-los e comprovar o que estou a afirmar, além disso escrevi por várias vezes neste blogue sobre a matéria). Infelizmente tinha razão.
Não voltarei a responder ao Senhor LFM desde que insista em usar argumentos de carácter pessoal e não a discussão das matérias.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Mais do mesmo!


Há muitos anos que oiço falar num museu de história natural. A CMF anunciou que está a preparar um concurso para o efeito. Da minha parte, as dúvidas são sempre as mesmas: qual o modelo de gestão proposto e onde se enquadra este museu na estratégia da cidade? Como marcar a diferença, que orientação e para quê? O essencial ninguém responde mas, também, alguém perguntou? Ou seja, caminhamos para a construção de mais um obra de fachada, para "inglês ver", sem integração numa estratégia global, séria e consequente. Mais um elemento passivo e inútil no desenvolvimento da cidade!

PROPAGANDA



Caro amigo André Escórcio a sua interrogação é oportuna . Da minha parte deixo uma palavra como comentário: PROPAGANDA.

Demagogia Oportunista

Concordo com o LFM. O assunto da liberalização dos transportes aéreos não se resolve com oportunismos. Resolve-se com competência e avaliação objectiva das consequências. O que se passou até hoje é que a Secretaria Regional do Turismo e Transportes do governo do PSD não soube negociar e muito menos teve a capacidade de perceber as consequências de uma liberalização sem concorrência. Por isso, Senhor LFM, é melhor, para todos os madeirenses, abandonar demagogia oportunista para salvar o PSD da Madeira da sua óbvia incompetência para negociar com Lisboa. Já foi assim com a LFR...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Resta-nos a fé!


A Madeira continua desgovernada: AJJ anda com a cabeça no ar, entretido com a liderança do PSD, alimentando um desejo que não teve coragem, não soube ou simplesmente nunca quis assumir. Os seus secretários e Vice Presidente andam a olhar para todo o lado, inactivos e "amorfos" mas muito ansiosos, não vá aparecer outro delfim, numa qualquer esquina, anunciado por um qualquer comentador, e voltar a introduzir mais entropia na sucessão (?) de Jardim...Em contrapartida, andamos aos "abanões" onde só uma fé do tamanho da incompetência governativa do PSD, nos pode alimentar alguma esperança!

Acompanhamento e período de transição

O grupo parlamentar do PS Madeira já marcou, de forma clara, a sua preocupação sobre esta matéria. A criação de uma subcomissão para avaliação dos primeiros 6 meses de liberalização e o estabelecimento de um período de transição com estabelecimento de preços máximos é o mínimo a fazer na presente situação.

Sacudir água do capote


AJJ tentou ensaiar um habitual "sacudir água do capote" no que respeita à situação critica dos transportes aéreos.
A sua Secretária Regional do Turismo andou a negociar o "céu aberto" para a Madeira com o governo da república. Hoje, já temos a certeza que foi tudo muito mal negociado e a Dra. Conceição Estudante não acautelou os interesses dos madeirenses. Ou seja, negociou uma liberalização cujo ponto forte (como é óbvio) seria a concorrência e assim melhores preços, mas também, melhor qualidade e mais disponibilidade. O resultado está longe de ser bom. É até bastante pior que anteriormente. A razão é porque ninguém acautelou a concorrência. Ou seja temos o pior dos mundos: uma liberalização (portanto ausência de regras!) com um único operador (Sata e TAP é a mesma coisa). Apesar de tudo, um dia antes do inicio da liberalização, Conceição Estudante afirmou estarmos perante um dia histórico! Para quem e porquê?
AJJ disse que ia avaliar a situação em Conselho de Governo. Com o que disse, e como disse, só lhe resta demitir a Secretária!

sábado, 26 de abril de 2008

Barraca no "céu aberto"

Concordo com o que diz Roberto Rodrigues, na verdade uma liberalização destas não interessa a ninguém, muito menos aos madeirenses. Quem negociou este acordo (de onde quer que seja) tem de assumir responsabilidades e resolver a situação de uma vez por todas. A situação é grave e tem de ter solução. Há falta de lugares, os que existem são caros e, ainda por cima, a marcação em cima da hora fica a um preço absolutamente disparatado. Eu já tinha avisado, por várias vezes, que a liberalização sem uma efectiva concorrência é pior que o contrato público. A concorrência só existe com concorrentes, coisa que ainda é uma miragem.

Desemprego na Madeira

O desemprego na Madeira voltou a subir. Já tinha avisado que esta situação não é conjuntural. O governo regional continua a meter a cabeça na areia, sem dar uma resposta efectiva a este drama.
Além disso subscrevo as interrogações do Sérgio do Farpas para o inacreditável silêncio da RTP Madeira. é a pluralidade à moda do Leonel de Freitas. Ainda tem o descaramento de fazer desmentidos nas cartas dos leitor do DN Madeira. É preciso não ter vergonha na cara!

O flop de Cavaco Silva

O Presidente da república fez um discurso na Assembleia da República, por ocasião do 25 de Abril, onde, a determinada altura, ensaiou uma espécie de critica ao estado da democracia em Portugal. Obviamente que depois do que Cavaco fez na Madeira esta intervenção é, infelizmente, uma treta do tamanho da insossa viagem que fez à Madeira. A sua credibilidade ficou seriamente comprometida!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ENXOVALHADO

É curiosa, embora não surpreendente, a surpresa de LFM, um homem inteligente, ao enxovalho de jornalistas na SIC a AJJ. Confesso que espanta-me esta indignação de LFM.
Afinal de que estava à espera. V. Exa. acredita mesmo que AJJ é um democrata, um homem com postura de estado e competência governativa?
Mais, o que LFM viu e ouviu foi uma amostra do que iria acontecer se AJJ tivesse coragem de avançar. Essa é também a razão pelo qual AJJ teve medo de dar o passo que o levaria à liderança do PSD. Da minha parte, tenho pena que este fenómeno político não tenha a dimensão suficiente para provar que é capaz de ser o que é (ou o que parece ser) num ambiente não controlado, com comunicação social livre e até, em algumas alturas, hostil. A política em democracia normal é assim!
Além disso, também é curioso que nunca observei nenhuma indignação dos enxovalhos (admito que alguns justos outros nem por isso) da comunicação social madeirense à oposição pelo LFM. E, pelo contrário, raramente esta comunciação social enxovalha AJJ que, diga-se em abono da verdade, conforme se viu pelos comentadores da SIC, bem merecia (e durante muitas mais vezes do que se imagina!?

Um líder de paróquia

Depois da manifestação clara de interesse, depois dos apoios obtidos dentro do partido (demonstrando o estado deplorável em que se encontra o PSD, conforme sublinharam todos os comentadores nacionais), AJJ hesita e perde a coragem. Conforme já desconfiava, este homem só vai à luta quando tem a certeza que ganha, nem que seja viciando o jogo, como faz há 30 anos na Madeira. AJJ, o homem das vitórias, tinha possibilidade de demonstrar que estas são o resultado do seu trabalho, da sua competência e de um projecto que supera todos os outros. Mas, como se viu, teve medo. Tem medo. Não passa de um líder de paróquia. Ganha na província onde (ou porque!) controla tudo o que mexe!

terça-feira, 22 de abril de 2008

AJJ será candidato



Ontem, ouvi e, principalmente vi (na RTP Madeira) AJJ a ler um discurso numa simples inauguração na Ribeira Brava. Estranhei! Até porque aquele discurso era mais do que isso: foi uma espécie de moção estratégica. É por isso que já não tenho dúvidas: AJJ será candidato a líder do PSD. Porquê? Porque sabemos, e ele sabe, que esta pode ser a última oportunidade para sair por cima. AJJ está refém da situação que ele próprio criou e, desta forma, abandona tudo e todos sem antes deixar o poder onde sempre quis: com João Cunha e Silva. Mas falta resolver a liderança do PSD Madeira. Provavelmente, esse é o maior problema de AJJ. Algo que pode condicionar a decisão de AJJ mas, sinceramente, o seu "egoísmo", fará procurar, e encontrar, a solução que melhor lhe convém. Não tenho a menor dúvida.
Mas não é só. Todos conhecemos AJJ. O seu feitio e a sua obstinação. Ganhando o PSD, tem a possibilidade de enfrentar o pior inimigo de todos os tempos: José Sócrates. Mais. AJJ quer, pelo menos, tirar a maioria absoluta do PS e de Sócrates e assim relançar a sua carreira política, daí ter avançado com a ideia de uma aliança pré-eleitoral com PP. Com esta, tudo fica mais fácil e o plano pode ser perfeitamente concretizável.

o justo paga pelo pecador



De uma forma não totalmente inesperada, o Jardinismo é hoje a principal força de bloqueio ao aprofundamento do processo autonómico. Há, nesta constatação, algo de, aparentemente, paradoxal: o Jardim da Autonomia é, nesta tese, a sua principal força de bloqueio.
Nada disto é verdadeiramente surpreendente . A maneira de fazer politica, orientada para objectivos meramente partidários, que por sua vez, são uma síntese de uma insuportável lógica de defesa, escandalosa, dos objectivos e interesses de uma elite, tornou a praxis politica do PSD atrofiada, egoísta e miserável.
É por isso que a linha politica de Jardim está presa a ele próprio: não existe sem ele e será destruída com ele. A defesa do aprofundamento da Autonomia, essa “vaca sagrada” do PSD, serve para quase tudo, mas principalmente como bode expiatório de uma incompetência sistemática e de uma clara incapacidade reformista e governativa. Mas, infelizmente, a Autonomia como potenciadora de melhores condições de vida para todos os madeirenses tem , com Jardim, uma irreverência insonsa e frágil.
A genuinidade da importância de uma Autonomia séria e consequente está, infelizmente, seriamente comprometida. Não pelo poderoso e inequívoco significado dela própria, mas pela perversa apropriação desta pelo PSD, para fins manifestamente maliciosos.
Na Madeira, o corolário mais evidente do processo autonómico tem sido a geração excessiva de tensões, conflitos e birras inconsequentes, no plano da relação estado/região, com prejuízo para os madeirenses.
É neste contexto que se situa a tese deste artigo.
Não existe em Portugal um politico, sério, rigoroso e defensor da democracia que possa admitir o aprofundamento de uma Autonomia que coloca no bolso, e espezinha, o essencial dos princípios democráticos, da elevação, da ética e da responsabilidade institucional. De uma Autonomia, para uso e abuso de quem há muito goza de uma incompreensível inimputabilidade social e politica!
Afirmo, por isso, e estou certo que não me engano, que as dúvidas que Cavaco demonstrou nos Açores sobre a autonomia são menos uma advertência a Carlos César e mais um aviso ao populismo de Jardim. Contudo, César já demonstrou que não permitirá que o aprofundamento da Autonomia dos Açores seja colocada em causa pelo “exotismo” da governação do PSD Madeira e pelo comportamento grosseiro de Jardim, remetendo responsabilidades para os órgãos de soberania, face à suspeita de tratar igual o que é diferente.

Assim, o que em teoria poderia querer significar a criação de bons ajustamentos, mais ou menos profundos, em áreas que vão desde a economia às questões sociais, estão hoje seriamente comprometidas porque, na prática, o nosso interlocutor regional transformou a Autonomia numa “arma mortífera” para com os princípios básicos do respeito institucional.
Os “fazedores de problemas” da política portuguesa, em que Jardim e os seus delfins se tornaram, remetendo a Região para um óbvio isolamento institucional, dão-lhes pouca, ou mesmo nenhuma, margem de manobra para serem bem sucedidos no aprofundamento da nossa Autonomia.
publicado no DN Madeira

A obra VI: o descalabro do endividamento


Observemos agora o financiamento da nossa economia, ou seja, o endividamento da Região, a única abordagem conhecida pelo PSD para financiar um crescimento económico injusto, desequilibrado e que deixa à margem 1/3 da população madeirense.

Dívida directa consolidada 478,3 milhões
Dívida indirecta 1270 milhões
Dívida a fornecedores 150 milhões
EANP 350 milhões

Total 2248 milhões

Dívida do Sector P. Empresarial 1 100 milhões
Não avalizado (sem avales)

No total estamos a falar de uma dívida que ultrapassa os 3 000 milhões de euros.

Este é o ónus para as gerações futuras, ainda por cima num contexto claro de indicadores não favoráveis.

Temos o pior dos dois mundos. Se havia necessidade de outras provas, estas são bastante consistentes: temos uma dívida que vale 3 orçamentos e usamos mal o dinheiro que obrigaremos os nossos filhos a pagar.

A obra V: o fracasso do investimento público


Mas, não é tudo Sr. Dr. João Cunha e Silva.

Dentro da sua própria casa é possível encontrar algumas razões para compreender o seu desabafo: por exemplo repare com atenção na menina dos seus olhos, a actividade das sociedades de desenvolvimento.

Sobre isto dou-lhe mais 3 argumentos para ajudá-lo a explicar melhor a situação difícil da Madeira:
Em primeiro lugar,
o investimento destas sociedades é tipicamente público, de prioridade duvidosa e com retorno financeiro difícil;

Em segundo lugar,
convém apresentar os resultados desse mesmo investimento, dessa obra:

a. Foram 500 milhões de investimento que geraram apenas 194 postos de trabalho. Repare-se que com apenas 172 milhões de apoio à empresas foi possível alavancar 493 milhões de investimento privado e criar 5 200 postos de trabalho. (parece evidente a diferença na qualidade das opções tomadas)

b. Não fixou populações nas zonas rurais (o norte perdeu 20% da população em 20 anos)

c. Expulsou e não atraiu, como devia, o investimento privado

d. Provocará um impacto sem precedentes nas contas públicas. A partir de 2012 sairá do ORAM 60 milhões de euros, durante 10 anos. Com a agravante desses investimentos não libertarem meios para pagar o serviço da dívida. Pelo contrário, ainda contribuirá para aumento das despesas correntes

e. Finalmente, não aproveitou os fundos europeus


Em terceiro lugar, um argumento microeconómico:

todas as sociedades de desenvolvimento estão falidas. O passivo é de 452 milhões e cresceu 50%, de 2004 até hoje.

A obra IV: o fracasso da economia do conhecimento


O discurso do governo do PSD, e também do Sr. Dr. João Cunha e Silva, tem sido de uma aposta, quase sempre adiada no conhecimento. Ou seja, nos fundamentos da estratégia de Lisboa: a educação, o empreendedorismo, a inovação e I&D e Sociedade de Informação.

Portanto, vale a pena analisar a situação da Madeira com base nestes pressupostos e, quem sabe, encontrar mais argumentos para ajudar João Cunha e Silva:

Vejamos

Educação:

Temos a Maior taxa de analfabetismo do país.

A segunda maior taxa de abandono escolar

Os últimos anos têm revelado, para a Madeira, os piores resultados em termos de exames nacionais

Temos ainda, a segunda mais baixa proporção de população residente com ensino superior


Empreendedorismo:

O esforço da promoção do empreendedorismo pelo governo do PSD esgotou-se no projecto CEIM, cujo resultado mais evidente é a criação de 3 empresas por ano.

O ORAM2008 dedica apenas 0,28% do investimento a empreendedorismo e 2% à modernização empresarial.

É por isso que constatamos o seguinte:

- Temos a maior proporção de empregados por conta de outrem do país
(PT=75,6%; Açores=78,4% e Madeira=82,7%)

- A Madeira verificou em 2006 uma taxa de dissolução de empresas (2,9; em PT foi 2,2) maior que a taxa de criação de empresas (2,8 na RAM; em PT de 6,4).

- Estes resultados agravam-se quando nos afastamos das zonas mais urbanas da ilha, designadamente a costa norte. Não é só o rendimento que é mal distribuído, as opções económicas em termos de desenvolvimento do território não têm permitido a dinamização empresarial das zonas rurais. A provar basta olhar para os parques empresariais rurais.

Inovação:

- A Madeira verifica o pior resultado do país em termos do indicador Despesas em I&D no PIB. (PT=0,77; Açores = 0,41 e Madeira = 0,24)

- A percentagem de despesas de I&D concretizada pelas empresas é a segunda mais baixa do país (PT=38,5%; Madeira = 13,5%)

- A Madeira está bastante abaixo da média nacional em termos de proporção de emprego nas TIC’s no emprego global (PT= 3,2; Madeira =1,3). É quase 3 vezes menos que a média nacional.

- A proporção de emprego baseado no conhecimento, no âmbito dos serviços não favorece a Região. Apesar da predominância dos serviços no quadro da economia regional, estes estão abaixo da média nacional em termos de emprego baseado no conhecimento (PT = 42% ; Madeira = 35%).

Enfim, em conclusão,

no quadro do desafio de transformar a Madeira numa região desenvolvida baseada no conhecimento, estamos bastante distantes desse desafio. Não só não estamos acima da média nacional como, efectivamente, estamos bastante longe da excelência necessária para sermos competitivos.

A obra III: indicadores sociais


Depois de todas estas coisas boas que a governação do PSD nos deixou, vamos aos resultados da Governação que merecem reflexão profunda:

- Desemprego: são cerca de 9000 pessoas, somos a região do país em que este indicador mais cresce. E a sua gravidade é significativa porque a Madeira não tem em curso uma reforma do padrão de desenvolvimento. Em consequência, 40% do nosso desemprego é de longa duração, ou seja, estrutural.

- A Região da Madeira, segundo o INE, verifica o pior indicador de conforto do país. Ficamos atrás de todas as restantes 6 regiões NUT II

- Em 7 regiões temos o 3º pior poder de compra do país. Melhor que nós está o Algarve, o Norte, o Centro e Lisboa e Vale do Tejo.

- Na distribuição de riqueza temos também os piores resultados. A região não tem sabido distribuir de forma adequada a riqueza criada. Os milhões de transferências externas e o IVA mais baixo tem servido apenas pequenos grupos de interesse, conforme prova este indicador.

- Em consequência, 1/3 da população da Madeira, ou ¼, conforme o estudo, vive abaixo do limiar da pobreza. Podem ser 50 000 ou 80 000 pobres, em qualquer dos casos um falhanço estrondoso da politica social.

A obra II: o mito das estradas


Vamos analisar mais bons resultados da governação do PSD:

saber se o esforço extraordinário de infra-estruturas de comunicação tem ou não resultados no bem-estar da população e no seu desenvolvimento económico?

À primeira vista, desde que de forma equilibrada, parece-nos que sim. Mas será suficiente esta obsessão dos Governo do PSD para nos tornarmos mais desenvolvidos com mais estradas?

Voltemos aos exemplos e à comparação com a Madeira:

A Noruega tem o 3º PIB per capita do mundo e segundo IDH, tem uma área de 307 000 Km2 e tem 173 Km de via rápida.

A Irlanda tem o 4º maior PIB per capita do mundo, regista o 5º maior IDH, tem uma área de 70 000 Km 2 e tem 176 Km de via rápida.

A Islândia, tem o 5º maior PIB do mundo, é a campeã do mundo em IDH e não tem vias rápidas.

A Madeira, tem 780 Km2 de área e tem 140 Km de vias rápidas.

Também aqui, infelizmente, o Senhor Vice-presidente do Governo do PSD, tem razão para estar preocupado.

Constata-se que o nexo de causalidade muitos Km de vias – rápidas e desenvolvimento não se confirmam. Fica esclarecido que é preciso bastante mais do que isso.

A obra: O mito do PIB


Recentemente, numa certa reunião de trabalho, num convívio muito participado, mas à porta fechada, sabe-se que o actual Vice Presidente do Governo do PSD, e quem sabe possível Presidente do PSD, disse, para todos ouvirem, que

“…a Madeira está numa situação difícil e que são precisas medidas de governação”.

Ora, esta mea culpa, sincera, merece ser sublinhada:

João Cunha e Silva reconhece a incapacidade do PSD e sua, ao mesmo tempo, para tirar a Madeira de uma crise que tem o carimbo do próprio PSD.

Mas por vergonha ou até estratégia política, João Cunha e Silva não concretizou os termos destes maus resultados da Governação do seu partido.

Por isso, não posso deixar de colaborar nesse desabafo honesto, dando alguns dados ao Senhor Vice-presidente que o ajudem a sustentar, ainda mais, as suas esclarecedoras posições.

Comecemos então pelos, supostos, bons resultados:

a Madeira tem o segundo PIB per capita mais elevado do país.

Este dado de orgulho regional, sabe o Senhor Vice-presidente, vale muito pouco. Apesar de um PIB elevado esta suposta criação de riqueza não tem contribuído para o bem-estar das famílias.

Está então na altura de acabar com este mito e nada melhor do que dar alguns exemplos parecidos com o da Madeira: em que PIB elevado pode não querer dizer bem-estar da população, proporcional a essa criação de riqueza.
Segundo o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, é possível verificar que:
Luxemburgo tem PIB mais elevado do mundo e está classificado em 18º lugar no índice de desenvolvimento humano (IDH)

Estados Unidos tem o 2º PIB per capita do mundo e está classificado em 12º lugar no IDH

Hong Kong tem o 7º maior PIB per capita do mundo e está classificado em 21º lugar no IDH


Mas também se verifica ao contrário:

Austrália tem apenas o 16º mais elevado PIB per capita e está classificada em 3º lugar no IDH.

(IDH = criação de riqueza traduzida em bem estar - medido pela educação, distribuição de riqueza, esperança de vida, entre outros)

Portanto, que fique claro, a relação PIB / bem-estar da população não se confirma pela análise dos números e de casos de situações idênticas à da Madeira, de acordo com a insuspeita Nações Unidas.

sábado, 19 de abril de 2008

Mais oxigénio para a Madeira!

Nos Açores o ambiente político é de combate mas o oxigénio que se respira é manifestamente melhor e em maior quantidade. Vive-se, assim, manifestamente melhor. O problema não é das ilhas ou das pessoas, o problema de fundo tem a ver com a forma de fazer política: com respeito, com elevação e com confiança nas instituições. No fundo assente na defesa de uma democracia virada para os cidadãos. Todos os cidadãos. Tenho pena que ainda não seja assim na Madeira.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O apelo do Papa


"...Se os estados não estão em condições de proteger as populações(...) deve ser a comunidade internacional a intervir, através dos esquemas jurídicos disponíveis"
discurso de Bento XVI na sede da ONU

Equilibrismo!


É óbvio que Cavaco terá de se pronunciar sobre o ambiente político da Madeira! O Presidente fará, por isso, o que estava previamente estipulado, com eventuais alterações de pormenor. Estou certo que a deslocação corre como planeada, independentemente dos "sound bytes" de todos os lados. Para alguns, Cavaco esperou o momento para poder envolver todos no mesmo "pacote", não distinguindo aqueles que têm responsabilidades efectivas pelo estado da RAM, em todos os níveis de análise, dos que procuram soluções de governação distintas do status quo. Mas isso não é nenhuma novidade. No jantar da ALM, o Presidente falou de poderes políticos regionais, pedindo respeito e cordialidade a todos. Por outro lado, ontem, Cavaco falou na necessidade de pensar no futuro, porventura numa alusão que AJJ é homem do passado e numa clara desvalorização dos resultados (os que envergonham, naturalmente) da autonomia da Madeira. Enfim, não se espere grandes surpresas da boca de Cavaco. Aqui e ali, o Presidente tem deixado bastante claro até onde quer ir e nada do que se tenha passado na RAM, antes e durante esta visita, nem da parte de AJJ, nem da oposição, tem perturbado o "alinhamento" de Cavaco Silva nesta deslocação à Madeira. E assim se manterá!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Blogue interdito a gente sensível


Este blogue não configura nenhuma abordagem de miminhos cruzados na blogosfera madeirense.Este blogue não faz parte de nenhum fórum literário.Este blogue não está sujeito à censura. Este blogue não configura nenhuma estratégia pessoal (em qualquer sentido). Este Este blogue não é imparcial. Este blogue está imune às típicas perseguições do regime. Este blogue não representa facções, sectores ou qualquer tipo de outro universo. Este blogue, não representa um qualquer movimento de análise de política geral, útil para reflexões inócuas e inconsequentes.
Este blogue é, por isso, um espaço de reflexão e crítica, pessoal, convicto e livre, sobre a Madeira de hoje, dominada e governada pelo PSD. Por isso, quem não gosta, quem fica magoado com uma verdade factual e sustentada, quem se choca e se arrepia com a realidade madeirense, nua e crua, e, por fim, quem se sensibiliza, fortemente, com a dureza dos factos, não passe por aqui, evite, por isso, pela sua saúde, confrontar-se com a nossa realidade. Uma realidade muitas vezes escondida, deliberadamente, nos meandros das meias palavras.

Non sense?



























Diz o jornal o público que Cavaco, com a sua visita, está a preparar vinda de Sócrates. Na minha opinião, a ser verdade, tudo isto faz parecer aquelas comédias "non sense". Este posicionamento é inadmissível como se, de repente, o povo da Madeira tenha de aturar, com a complacência e apoio dos órgãos da república e soberania portuguesa, um governador à moda de Jardim. Este detesta a soberania nacional e numa atitude sistemática de "enfant terrible" pimba, suga, suga, suga, sem garantir o bem estar de todos. Esta, através dos seus órgãos máximos, deixa-se fragilizar, ajudando a alimentar o "monstro" que hostiliza a nação, que persegue madeirenses com opiniões diferentes, que governa mal, que instaurou um regime de cariz persecutório e monolítico, embrulhado numa suposta democracia, a mesma que esses ditos órgãos branqueiam para não ouvir os berros estridentes do senhor da Madeira! Mas afinal quem é responsável pelo estado da Madeira, da sua governação, da ausência de democracia, da corrupção, da má imagem dos madeirenses lá fora, do clima crispado e insustentável?
Não entendo, nem aceito, a justificação de que num clima em que tudo se manterá como dantes, a pacificação com a república seja o melhor caminho. Eu explico. A república está redondamente enganada quando ousa pensar existir margem de manobra para pactos destes com AJJ! Pode vir a ser tarde quando se aperceber de mais este disparate. Só é possível apaziguamentos quando existirem condições adequadas. Pessoalmente, não admito que se use o nome dos madeirenses para justificar o suporte de mais traquinices jardinistas. Soa-me a pactos eleitoralistas à custa da Madeira. Os madeirenses precisam de uma solução não de um Problema. Cavaco parece querer contribuir para o problema da Madeira: Alberto João Jardim.

Governar lá

Existem novas regras publicadas em diário da república para os seguros. Uma medida indispensável para acabar com a suposta visão hermética do sector. As excepções em letramiudinha vão acabar. Há muito que isto devia ter acontecido.
A propaganda cá há muito que substituiu a governação...

Governar lá

O governo da república, através da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, fez o que tinha a fazer: publicou um despacho junto dos funcionários do fisco que no essencial exige um mais adequado tratamento aos contribuintes, abrindo a possibilidade efectiva destes se defenderem dos excessos do fisco. Muito bem. Assim é governação séria, desde que não seja apenas eleitoralista.
A propaganda cá na Madeira, há muito que substituiu a governação!

Até quando?


Li no Dn Madeira, do jornalista Emanuel Silva, o seguinte: "O Supremo Tribunal Administrativo (STA) manteve a decisão do Tribunal Administrativo de Círculo do Funchal (TACF) que declarou nula a deliberação da Câmara Municipal do Funchal (CMF), de 17 de Outubro de 1996, que autorizou a construção do prédio 'A-ver-o-mar' num gaveto de 718 m2 compreendido entre a Cota 40, a Calçada da Encarnação e a Rua do Pombal. No Funchal, em Agosto de 2005, o Tribunal deu por provado que houve violação do Plano Director Municipal (PDM) então em vigor (o de 1973). A 2 de Abril último, em acórdão que o DIÁRIO teve acesso, o STA negou provimento aos recursos interpostos pela CMF e pelo promotor imobiliário."
É verdadeiramente impressionante o modus operandi de Miguel Albuquerque, ilegalidade atrás de ilegalidade até à destruição final da cidade e da confiança, credibilidade e transparência da sua gestão. A questão que importa colcoar é ATÉ QUANDO?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alberto isolado!


Paula Teixeira da Cruz demarcou-se ontem na SIC notícias de Alberto João Jardim e do seu comportamento.

Coisas do mundo do fantástico

Há coisas assim: a dívida da CMF cresceu mas Pedro Calado diz que diminuiu; a empresa 500 anos é financiada (na sua quase totalidade) pelo orçamento da CMF (dinheiros públicos, portanto!) e Pedro calado tem o desplante de dizer que esta dará lucro...Há coisas fantásticas não há?

Cavaco e o outro lado da visita

Ontem Cavaco disse que o "dia tinha sido perfeito". Hoje já li o seguinte:

Cavaco «sensibilizado» com preocupações PS e PCP(...) acrescentando que «tem de manter o direito de reserva se quiser ser eficaz».

Ameaça de bomba no Funchal


Fiquei agora a saber...

As rosas de Albuquerque


Miguel Albuquerque convidou, pagando com dinheiro municipal, no âmbito da visita de Cavaco Silva, um conjunto de revistas "cor-de-rosa". Li hoje no DN que Albuquerque levará o Presidente, e, obviamente as ditas revistas, à sua propriedade (conhecida pelo roseiral). Enfim, custa-me ver este tipo de comportamento. É mau demais. Resta-me dizer: no coments!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Barreto Cancelava a viagem à Madeira


Para António Barreto, se fosse Presidente, neste contexto, não concretizava a visita à Madeira .

Louco segundo Judice


Miguel Judice diz que acha que Cavaco Silva preferiu tratar AJJ como um louco!

Operação Clandestina


Cavaco Silva recebeu AJJ no Palácio de S. Lourenço e receberá a oposição no cantinho do seu hotel. Parece uma operação na clandestinidade. No fim de tudo haveremos de perceber do que foge o Presidente?

A atribulada viagem de Cavaco



Parece evidente que esta deslocação de Cavaco Silva à Madeira começou mal e está cada vez mais repleta de acontecimentos que podem marcar definitivamente este mandato do actual Presidente da República. Hoje foi Vitorino e Manuel Alegre que sublinharam a transigência de Cavaco face ao eventual pedido de AJJ. Este, por sua vez, prestou um serviço ao PS Madeira com as suas declarações antes da visita de Cavaco, fazend o, ele próprio, a denúncia, na primeira pessoas, do podre regime que criou. Cavaco, com as suas tímidas declarações face ao
"desaforo" de AJJ para com as instituições democráticas tem permitido manter e até potenciar esse serviço de AJJ. Enfim muita trapalhada política...

A bronca do Expresso

Correndo o risco de ser mal interpretado, não posso deixar de voltar ao assunto sobre a nova correspondente do Expresso na Madeira. Faço porque é habitual, discutir as incompatibilidades dos políticos (muitas vezes de forma exagerada e sem razão) e, nesta matéria, também me parece estar em causa incompatibilidades de jornalista. Ou seja, na minha opinião, o Expresso fez um enorme erro e tomou uma opção completamente errada e muito distante dos seus padrões de transparência, rigor e credibilidade. Porquê? Porque conforme é possível verificar aqui a jornalista escolhida para correspondente tem um compromisso (vínculo contratual) com uma empresa que, entre outras coisas, faz marketing político ( organizou a campanha de Albuquerque à CMF, curiosamente o primeiro entrevistado, por esta correspondente, ao Expresso!). Além disso, o gerente da empresa, como também é possível verificar, é Jaime Ramos (filho) cujos interesses políticos parecem-me óbvios.
é bom dizer, de forma clara, que o Expresso sabe de tudo isto...

Desolador

O Presidente da República, Cavaco Silva, agradeceu hoje a medalha de ouro da cidade do Funchal que a autarquia lhe concedeu e elogiou a «vitalidade da sociedade civil madeirense e a capacidade de realização das autoridades regionais».

Este Presidente não sabe o que diz: a sociedade civil está capturada pelo PSD e AJJ. Infelizmente, esta viagem de Cavaco resume-se a isto: um agradecimento pela sua eleição. Portanto, um mau serviço à nação, à democracia e, sobretudo, aos madeirenses.

Palavras ocas


Concordo com André Escórcio.

Mendonça o jantar e a sessão na ALRAM

O Jantar na ALRAM ao Senhor Presidente da República serviu para perceber que Miguel Mendonça, o Presidente da Assembleia da Madeira, disse uma enorme inverdade: tentou dizer que foi o Presidente que sugeriu o jantar. Ora segundo o próprio Presidente, o jantar foi apenas para onde o convidaram. Tá tudo dito!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Falar sem rigor...



Sobre isto vale a pena dizer isto.
Com as devidas ressalvas, face aos diferentes autores (blogues)

O desafio de Cavaco


Cavaco saberá ganhar este desafio? A sua responsabilidade enquanto mais alto representante da nação encontra na Madeira, e na relação com AJJ, uma enorme responsabilidade e um sério desafio ao bom senso e à credibilidade e rigor pelo qual este Presidente quer ser conhecido.
Ninguém no país admite que Cavaco Silva fique surdo e mudo face às declarações que significam uma afronta à democracia e às instituições. Por outro lado, Cavaco fará os reparos a AJJ publicamente ou guardará para outras alturas, eventualmente no Conselho de Estado?

Olha-me este!

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça, salientou não ser «responsável pelos deputados, nem ter delegação dos que se sentem ofendidos para defendê-los».

«Os senhores deputados são maiores e vacinados, querendo podem defender-se a si próprios», adiantou.

E quem defende a casa da democracia?



O expresso e a sua correspondente


Sara Moura, (lembram-se dela?) realizou uma entrevista para o expresso a Miguel Albuquerque. Dá nas vistas o esforço de realizar um trabalho "limpinho" sem nódoas na véspera da vinda de Cavaco Silva. Será por acaso que a nova colaboradora do expresso trabalha na Controlmédia, a empresa de Jaime Ramos (filho)? Esta família que sustenta o governo do PSD nunca verá no Expresso uma noticia que belisque o que quer que seja as suas óbvias estratégias. Só estou a constatar um facto que merece reflexão, porque não duvido que os responsáveis pelo expresso têm noção desta matéria. É a isenção à moda da Madeira com o país a olhar para esta disneylândia impávido e sereno!...

Mais rigor...


Li no expresso que Luis Marques Mendes (e outros!) querem transformar o Porto Santo na primeira ilha sustentável do ponto de vista energético. Não sei se Marques Mendes entende alguma coisa de energia (admito que sim) mas definitivamente tem um problema com a geografia! Antes do Porto santo outras ilhas (perto da RAM) já alcançaram esse objectivo! Conversa para Inglês ver ou...?!

O paradoxo de AJJ


Apesar de insistir seu discurso na autonomia da Madeira e justificar a ausência de governação (ou a má governação) com a necessidade de mais autonomia, AJJ não hesita em denegrir a casa da autonomia e o símbolo da democracia. Enfim este homem tem um problema com o passado.Para ele o ideal seria governar sem democracia, à maneira do seu passado. É por isso que se encaixa mal no pós 25 de Abril. O que pensa Cavaco Silva sobre isto?!

Bando de loucos!?


AJJ transformou, mais uma vez, a Madeira na Disneylandia do país com as suas típicas declarações. Podia, agora, tentar fazer uma tentativa de explicar tais enormidades proferidas pelo Presidente do PSD da Madeira, mas quero apenas dizer que estas "oportunas declarações" constituem a melhor resposta a Jaime Gama e um grande desafio para o Senhor Professor Cavaco Silva. Veremos!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Lucros OPM

Sobre as contas da OPM apresentadas hoje no DN Madeira convém sublinhar o seguinte: os quase 800 mil euros de lucro depois de impostos escondem umas facturações paralelas de valores absolutamente inacreditáveis de custos administrativos, incompreensiveis para a dimensão da actividade da OPM. A pergunta é quem ganha com o lucro (muito grande, seguramente) dessas supostas empresas?
Que fique claro, na minha opinião este monopólio tem de terminar de uma vez por todas porque penaliza a economia e as empresas. Estes dados são suficientes para perceber que há margem para acabar com esta "fantochada" da Madeira Nova.

Patético


Li num blogue de um ilustre PSD que, na sequência do chumbo a uma proposta de um aumento de 50 euros a título de insularidade, afirma que é "tudo uma palhaçada". Pois palhaçada é o que se passa na ALRAM em que o PSD local limita-se a fazer política de terra queimada e, de vez em quando, como não governa, nem apresenta soluções para os problemas que criou (ou não são os senhores que governam à trinta anos!?), manda as responsabilidades para a república. Esta é que é a palhaçada: de um PSD completamente às avessas e com uma acção política tão primária e previsível que só com uma máquina de propaganda em grande rotação é que lhe garante que este comportamento, medíocre e deplorável, pareça uma atitude de inteligência suprema. Com esta actuação, e com a máquina de propaganda que se adequa - em dimensão - às maiores e menores dificuldades, o PSD vai metendo, na cabeça dos madeirenses, a ideia fixa, que o mal da Madeira não é a própria governação do PSD mas outra coisa qualquer, de preferência, um inimigo externo diabólico que "tira doces a criancinhas". Patético!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Estes democratas PSD's


Coito Pita afirmou na ALRAM que o parlamento "era demasiado democrata!", André Escórcio no seu blogue faz uma reflexão sobre a matéria que subscrevo em absoluto. Ver aqui

O que se passa na ALRAM?


É verdade que a ALRAM não deve deixar ninguém orgulhoso e satisfeito, mas é preciso sublinhar que as regras e o funcionamento daquela assembleia são ditadas por uma maioria que tem pavor da democracia. Como disse, e bem, Nicolau Fernandes no programa Dossier de Imprensa, o PSD está aflito, como nunca, e procura, a todo o custo, impedir que esta oposição ganhe debates, como tem acontecido até hoje. Quanto à ausência da primeira fila nos debates é preciso dizer que nem sempre é assim. A vinda ao debate da primeira divisão do grupo parlamentar do PSD já aconteceu algumas vezes e nem assim o resultado foi melhor...

Descaramento


Hoje na RTP Madeira, numa discussão sobre um tema da ALRAM (toxicodependência), contou com a presença de uma deputada do PSD e uma figura nacional. A oposição da Madeira não conta para Leonel de Freitas, apesar de ter sido ela a fazer a discussão sobre o tema - mais um debate perdido pelo PSD . Aliás já sabíamos que era esse o esquema de Leonel quando justificou que o PS aparecia demais, mas sem dizer que contava com as "aparições" do PS nacional. Agora ainda há-de dizer que o PS Madeira teve ontem tempo de antena com a deputada Rafaela.

Era o que faltava!


José Theotónio, administrador do grupo Pestana (o mesmo que foi para a Associação de Promoção da Madeira defender os interesses de promoção do sector(?)) vem dizer, com uma cara de pau descomunal, que o Governo tem de tomar medidas estruturantes para proteger o hotel do Grupo Pestana (ao lado do Lido) em virtude do mau tempo. Parece que está tudo louco e este Senhor parece que vive entre a cozinha de um qualquer hotel do grupo e a sua recepção. Parece que não saiu à rua para observar que esse mesmo hotel foi construído em domínio público marítimo, por isso de forma ilegal, e que parece evidente não ser da responsabilidade do Governo fazer o que quer que seja. Estou à espera de uma resposta do Governo do PSD objectiva sobre esta matéria. Ou será que não tendo dinheiro para acudir os 80 000 pobres que gerou ao longo de 30 anos de regime tem disponibilidade financeira para fazer o que aqueles que cresceram à sombra deste regime PSD (com todas as benesses e facilidades, sobretudo aquando a vice presidência assumida por Miguel de Sousa, hoje Presidente da administração de uma empresa do grupo Pestana) deviam assumir sem "piar minimamente" Era o que faltava!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ÓRFÃOS de liderança


AJJ sabe bem o que faz: comigo tudo, depois de mim nada. É assim que já se sente o PSD: desnorteado e completamente aos papeis porque olha para o chefe e este hesita (se calhar deliberadamente!) entre a certeza da saída e a possibilidade que esta dê em descalabro para o seu partido, em virtude do vazio que cria. Mas este vazio é culpa de AJJ e é aqui que reside o busilis da questão: AJJ deixou delfins e militantes órfãos antes de sair definitivamente. Está aberta a caixa de pandora e estes PSD's habituados a serem comandados não sabem o que fazer, não têm coragem para se afirmar fora da esfera de AJJ. Por isso falha o governo, por isso falha o grupo parlamentar do PSD.

PIOR A EMENDA QUE O SONETO


Jaime Ramos foi obrigado a fazer um comunicado a justificar a abstenção num voto de congratulação à vinda do Professor Cavaco Silva. Com esta iniciativa é possível perceber o desespero de JAime Ramos pela estratégia falhada do PSD no sentido de entalar o PS e, eventualmente isolá-lo nesta deslocação presidencial : a ideia do PSD era a de passar a mensagem que o PS estava contra a vinda do Presidente da República ou que queria criar confusão com a hipotética agenda. Nada mais falso e acabou por sair o tiro pela culatra. Grande cabecinha a do líder parlamentar do PSD!

VICIAR O JOGO


O líder parlamentar do PSD, o Sr. Jaime Ramos, quando está na Assembleia ocupa a maior parte do seu tempo a estudar o regimento da ALRAM. Agora já percebi porquê. O Sr. Jaime Ramos tem uma ideia fixa: quer calar a oposição a todo o custo. Este tipo de comportamento, vindo de um indivíduo que encara a democracia como um "extraterrestre", é absolutamente normal. Contudo, o problema de Jaime Ramos, e do PSD na ALRAM, é que nesta legislatura ainda não foi, ou não foram, capazes de ganhar um único debate. Importa que se esclareça que estas derrotas sucessivas que o PSD "apanha" no parlamento não está relacionado com dotes oratórios ou grandes esquemas estratégicos da oposição, apesar do esforço desta (não toda, apesar de tudo) em fazer bem o seu papel e contribuir para uma mudança na Madeira. O que se tem passado é que os factos resultantes da governação do PSD não deixam margem para dúvidas: não é possível ao PSD contrariar a realidade e nem a propaganda do regime já é capaz de esconder os falhanços sucessivos da governação: desemprego, pobreza, toxicodependência, dívida, maus investimentos, concessões ruinosas, corrupção...

A única salvação para Jaime Ramos é o REGIMENTO da ALRAM. Uma verdadeira vergonha. Este senhor quer ganhar a todo o custo, mesmo que tenha de viciar o jogo. Não estou surpreendido, tem sido sempre assim. É um traço do seu carácter.

A má governação do PSD e a "mea" culpa


Caro LFM não faça demagogia com coisas sérias. Se a ideia é criar espaço para um discurso diferente do PSD. Um discurso onde este partido começa a assumir de uma vez por todas as responsabilidades da governação e, por isso, a deixar de lado a insistência obsessiva de encontrar bodes expiatórios em "tudo o que mexe", a sua intervenção no blogue devia ser mais clara. Agora fazer, como fez, uma abordagem difusa onde parece querer dizer que a "Madeira está numa situação difícil" (segundo João Cunha e Silva) não por responsabilidade exclusiva do PSD, mas de outros nomeadamente o PS (presumo que não o PS Madeira, que neste contexto está livre de responsabilidades) é, no mínimo discutível e, efectivamente, pouco honesto intelectualmente.

Na verdade, é preciso que o PSD Madeira faça a sua confissão: governamos a Madeira há 30 anos, somos responsáveis pelas coisas boas mas assumiremos as más! Compreendo que estas últimas começam a suplantar as coisas boas e já nem a propaganda consegue esconder os factos, mas, de si, esperava muito mais seriedade.

Qual a dependência da RAM?


O PS Madeira dará entrada na ALRAM de uma proposta para a criação de uma Comissão Eventual com os seguintes objectivos:



Análise objectiva e concreta dos montantes transferidos para a RAM, do Estado e da União Europeia, a título de compensação pelos custos insularidade e da ultraperiferia;

Identificação de todos os instrumentos (e seus montantes) pontuais ou permanentes, dos últimos 7 anos, que se consubstanciaram em transferências financeiras para a RAM;

Identificação das falhas que impedem, ou impediram, que os subsídios existentes, de toda a espécie, contribuam ou tenham contribuído efectivamente para a diminuição da pobreza e para a melhoria da distribuição do rendimento das famílias na RAM;

Definição de um esquema de distribuição dos montantes transferidos a título de insularidade e ultraperiferia, que garanta uma efectiva transferência de benefícios para os Madeirenses em geral;

Apuramento concreto de responsabilidades objectivas, relativamente aos obstáculos e à sua natureza que têm impedido que as transferências ocorridas, ou que ocorrem, contribuam efectivamente para o bem-estar dos madeirenses e porto-santenses.

Conhecimento do nível efectivo de sustentabilidade financeira da RAM face ao exterior.

terça-feira, 8 de abril de 2008

QUEM É PATA RAPADA?


É um verdadeiro escândalo que o PSD se tenha abstido no voto de congratulação apresentado pelo PS pela vinda do Senhor Presidente da República. Afinal não foi o PSD que o convidou? É este tipo de atitude política que se fosse feito pela oposição, e em particular pelo PS M, caía o "Carmo e a trindade" mas como foi o PSD, ou será ocultado ou branqueado ou então vão todos fazer de conta que nada se passou. Quanto ao PS, demonstrou saber ter posicionamento institucional e solicitou que fosse dado conhecimento ao Senhor Presidente, Cavaco Silva, este voto de indiferença daqueles que o convidaram. Quem é "pata rapada"?

Necessidade e Conveniência




Carlos Pereira do Marítimo teve a capacidade de associar a vitória do Marítimo ao congresso do PSD, falando em "dupla vitória", num esforço de associação que roça a bajulação podre e insensata. Parece mentira este tipo de atitude! Se tinha dúvidas sobre o carácter e a pequenez deste Senhor, esta sua mais recente atitude deixou-me absolutamente seguro dos interesses deste dirigente que extravasa a matéria desportiva. Enquanto maritimista, tenho pena que o meu clube seja liderado por gente deste calibre.

LFM ficou em silêncio...

O PS apresentou em tempo oportuno uma proposta para reduzir o IVA justificando de forma objectiva as razões para esta iniciativa. Esta abordagem demonstra que o PS sabe o que quer e não tem dúvidas sobre o que deve fazer no plano fiscal de modo a dar corpo a melhores políticas de governação. Do outro lado, do lado do PSD, verificou-se hesitação e confusão. O PSD não sabe o que quer nem tem projecto. Registo por isso que LFM, sempre atento às propostas dos diferentes partidos ignorou esta medida, pelo menos não me apercebi de a ter mencionado, procurando dar espaço (numa sintonia da vice presidência com a ACIF - em que até consigo imaginar de onde partiu a ideia da astuta estratégia que nenhuma imprensa percebeu!) para o PSD apresentar a redução do IVA sem parecer que ia a reboque do PS. Sem surpresa!

Fugiu a boca para a verdade!



É preciso projectos de governação para governar a Madeira no estado difícil que a encontramos, disse João Cunha e Silva no congresso do PSD. É verdade, a pesada herança dos governos do PSD dos últimos 30 anos exige outros projectos de governação!



Não fui eu que disse!

Vazio...


Acabei de ouvir uma parte do discurso de João Cunha e Silva e este delfim disse que preferia discutir projectos a discutir pessoas, contrariamente ao que aconteceu ao longo do congresso!? Estou atónito, será que alguém ouviu algum candidato a se apresentar? Os que existem foram lançados por AJJ e nenhum deles tem (ou teve) coragem de avançar: brigam, brigam mas andam com o "rabinho entre as pernas" à espera do tiro de partida...Para alguns começa a ficar demasiado tarde!?

Não há projecto sem liderança, não há liderança sem um rosto. Depois de mais este congresso do PSD ficou o rosto de AJJ. Uma farsa à medida do clima de medo que este regime se transformou acantonando todos os PSD's debaixo da asa de um homem do passado. A Madeira precisa de mais arrojo, mais coragem, mais determinação. O congresso do PSD não teve nada disso!

Já é oficial


Aí está! Manuel António esperou de forma ansiosa e paciente por este anúncio oficial de delfim. AJJ não esteve com meias medidas e utilizou Marcelo Rebelo de Sousa como o veículo para este anúncio. Os candidatos a líder do PSD são para todos os gostos e por isso temos brigas de todos os géneros e feitios: "the show must go on".

a Propaganda ao PSD


O telejornal da RTP Madeira dá um destaque desmesurado à iniciativa empresa na hora, designadamente ao suposto nº elevado de empresas criado no mês de Março. Ora o que é peculiar é que esta suposta dinâmica empreendedora, cuja causa a RTP Madeira encontrou num conjunto de incentivos às empresas que ainda nem estão em vigor (é dos mais atrasados do país, nos Açores desde Janeiro que é possível apresentar candidaturas) tem mais relevância para esta televisão pública do que a circunstância do ano passado (todo o ano e não apenas a análise de 19 dias) a Madeira teve uma redução liquida de empresas: fecharam mais empresas do que abriram, em contraste significativo com o que se passa no Continente e Açores. Ou estamos perante uma tremenda incompetência ou um apoio incondicional à propaganda. Mais, se a ideia era elogar a iniciativa empresa na hora foi esquecido (deliberadamente!?) que esta é uma iniciativa do Governo do PS.