segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

A injustiça e o desacerto do PSD

Tendo em conta que hoje já é consensual que o Governo do PSD da Madeira tinha poderes constitucionais para não aplicar as medidas de austeridade sobre os funcionários públicos (a prova objectiva é o que está a fazer o governo açoriano) importa clarificar o que considero ser uma anormalidade política mas que, infelizmente, tem passado impune.
Então porque razão o PSD e o Dr. Jardim iniciou esta perseguição aos funcionários públicos da Madeira? Depois de ter pedido um estudo sobre a administração pública regional meteu-o na gaveta e manteve a desorientação e, sobretudo, o "enchimento" desproporcional da administração pública da Madeira, ao ponto de a transformar na mais pesada do país. Estes erros graves que têm a sua origem no estilo de governação jardinista, onde o silêncio compra-se com lugares e mais lugares, ocorreram ao longo de largos anos e não são da responsabilidade dos próprios funcionários públicos. Aqueles que hoje trabalham na adminstração pública regional estão lá por direito próprio. Cabe ao Governo encontrar saídas equilibradas, justas e nas alturas certas. Ora, é inadmissível que o Dr. jardim em plena crise, com origem em opções da sua governação, decida penalizar fortemente apenas um sector da Região. Pior, não é possível compreender, ou mesmo aceitar, que no mesmo ano em que o Dr. Jardim exige sacrificios aos funcionários públicos não dá o exemplo, exigindo o fim das loucuras de investimentos de interesse duvidoso, o fim da construção de estádios de futebol ou mesmo da continuação da operação totalmente falhada das sociedades de desenvolvimento. Assim, em consciência jamais é possível aceitar cortes nos funcionários da adminstração pública regional sem, ao mesmo tempo, fazer uma ruptura com o regabofe jardinista nas sociedades de desenvolvimento,no futebol profissional ou nas empresas públicas consumidoras de recursos escassos. Mais, no plano da justiça social, se o Governo Regional apresentasse um plano sério de contenção da despesa pública (acabando com muitos escândalos que estão confirmados no ORAM2011) e, mesmo assim, ainda fosse necesário (mais contenção) penalizar os cidadãos madeirenses com mais sacifícios, então teriam de ser sacrificios para todos e não apenas para os funcionários públicos pelo que, assim, a melhor solução seria a via fiscal (que afecta todos) e não a redução de salários (que só afecta os funiconários públicos!).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um PIB à Venezuela!

Turismo: porque estão calados?


Depois de 2009 ter sido o pior ano de sempre do turismo da Madeira, os números já conhecidos dos últimos 11 meses não deixam margem para dúvidas que 2010 ainda será bastante pior que 2009.

Estamos portanto perante um problema estrutural do turismo da Madeira e não apenas uma crise conjuntural como o Governo erradamente tem vindo a propagandear.

Mas o que merece a nossa mais relevante indignação é o total desprezo da Secretaria do Turismo e Transportes perante os factos.

O principal sector de criação de riqueza da Madeira está totalmente abandonado e entregue à sua própria sorte. Enquanto os empresários desdobram-se em iniciativas procurando recuperar competitividade e clientes; e os trabalhadores tudo fazem para garantir os seus postos de trabalho; os governantes trancam-se nos gabinetes e são incapazes de enfrentar um dos piores momentos de sempre do sector no turismo, por sua própria responsabilidade.

É preciso não esquecer que a Madeira está há quase dois anos em contra - ciclo com o que se passa no país e no mundo. Lá fora o turismo não pára de aumentar, cá o cenário é precisamente ao contrário.

A crise do turismo passou a ser estrutural e é preciso um governo corajoso, que saiba conciliar interesses e tenha visão estratégica.
Nada disso acontece: o turismo da Madeira continua sem rumo e sem estratégia.

Enquanto isso, o desemprego no sector cresce e ameaça transformar-se numa “bomba social”; os empresários deixaram de investir e as empresas que mantêm o negócio passam por sérias dificuldades.

O destino Madeira está à venda, em saldos, e ninguém compra: os clientes escasseiam e os próprios hotéis que estão à venda não encontram compradores. Se havia dúvidas, esta é a prova mais evidente da crise profunda e da ausência de soluções.

O sector corre o risco de colapsar nas mãos de uma Secretaria que “retirou” até ao tutano o que de bom tinha o destino Madeira.

A reinvenção do destino é urgente mas é preciso uma revolução nas políticas do sector.  

Desafiamos os empresários a dizer basta a esta desorientação estratégica e às opções políticas destrutivas do sector que assistimos há tempo demais.   
Da nossa parte apresentamos propostas e soluções. Nem foram discutidas ou apresentadas alternativas. O PSD chumbou tudo.

Está tudo nas mãos do Governo e do PSD, cabe agora aos empresário impedir que a actual Secretaria e o Governo Regional destrua o que resta do destino Madeira.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma solução para o turismo

É expectável que os empresários da RAM actuem em prol dos seus negócios, pressionando o Governo do PSD a mudar o rumo das opções políticas destrutivas ao sector do turismo. 

Turismo da Madeira: as propostas do PS

Em sede de ALRAM o PS apresentou as seguintes propostas. Todas chumbadas pelo PSD. Quem diz que não há alternativa goverantiva é, pelo menos, desonesto intelectualmente.
propomos uma actuação a dois níveis  a saber :

1 - No médio e longo prazo:
Definição de uma estratégica definitiva de modo a orientar as opções politicas do turismo com segurança e com rigor, permitindo facilmente avaliar os resultados
Aproveitamento do potencial ambiental para o turismo. Estabelecimento dos termos da sua exploração sustentável
 Definição de infra-estruturas necessárias para aproveitamento económico adequado do potencial ambiental
Actualização e aprovação de todos os instrumentos de planeamento urbanístico, incluindo a revisão do Plano de Ordenamento Turístico
Definição dos passos a dar, e em que sectores, de maneira a poder emergir um cluster do turismo
Transformar a escola hoteleira numa escola internacional de turismo, em parceria com as melhores do mundo
Estimular a investigação e desenvolvimento no turismo
Criar as condições para o cruzamento dos interesses paisagísticos da agricultura da Madeira com o turismo
2 – No curto prazo:
Suspensão da oferta até serem obtidas taxas de ocupação superiores a 65% e REv Par ao nível dos 45 euros;
Concentração da promoção, envolvendo intensamente o sector privado;
Duplicação das verbas afectas à promoção;
Redução para metade das taxas aeroportuárias
Programa operacional de apoio à manutenção do emprego no sector, através do FSE;
Programa de apoio à requalificação da oferta;
Estabelecimento de objectivos de excelência e internacionalização para a escola de hotelaria da Madeira;
Estabelecimento de uma estratégia de turismo on-line, consagrando uma verdadeira gestão de destino turístico, com investimento nas plataformas tecnológicas adequadas e potenciando a gestão da relação com o cliente aumentando assim a sua fidelização e permitindo o aumento das reservas directas para, pelo menos 25%.
Estabelecimento da melhor articulação entre a hotelaria tradicional e o mercado de cruzeiros de modo a aumentar a visibilidade da oferta tradicional, aumentando o seu potencial de procura.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O novo não nasce do velho


Por estes dias percebe-se  um burburinho assustador daqueles que, mais ou menos secretamente, acalentam a esperança que o regime se reinvente. Há até aqueles que decididamente acreditam que a renovação interna do PSD é condição suficiente para ultrapassarmos a calamidade económico-social em que a Madeira se encontra, convencidos que os fundamentos da crise regional é apenas de falta de ideias e soluções. Não é. A ausência destas é a consequência dos poucos graus de liberdade que a governação Jardinista ostenta, traduzida por governantes presos a interesses privados mais ou menos obscuros. Esta circunstância, a que se junta uma sociedade totalmente capturada, medrosa e apática, conduziu a região para a tempestade perfeita: uma calamidade interna sem precedentes, aliada a um desnorte inqualificável, que secou ideias, projectos e a necessária criatividade governativa, remetendo-nos, a todos, para um espécie de “poço da morte”. Precisamos de novas soluções mas, as que realmente precisamos, só surgirão num novo quadro político, com o fim do ciclo do PSD. As soluções que necessitamos não fazem parte do foro do intangível: são conhecidas, já foram apresentadas e apenas faltam ser implementadas. Mas as restrições sistemáticas à sua implementação não são financeiras, não são técnicas, não são sequer operacionais. São decorrentes da promiscuidade da política local com alguns interesses privados, ajudados pelo sentido persecutório do regime a que estamos remetidos.

Por isso, as tais “soluções internas” herdarão sempre estas dependências e vícios, afectando seriamente a capacidade de implementar um projecto de mudança. Uma mudança com uma nova geração de políticas e com protagonistas desprendidos das amarras de interesses muito poderosos, controladores e até “controleiros”.   
É por tudo isto que a esperança da Madeira está nas mãos dos madeirenses e na sua capacidade de interpretar que não é possível construir nada de bom em cima de uma “lixeira”.  A visão inquinada daqueles que procuram salvar esta velha ordem regional contraria a experiência daqueles que construíram a mudança ao lado do velho e não em cima dele!

publicado no DN Madeira

Políticos embasbacados

Ao ler o DN Madeira de hoje reparei no "comportamento" de políticos regionais embasbacados com a plataforma da SAIPEM que esteve no Funchal. Pior que isso, desataram a aproveitar o momento para fazer política pimba e intelectualmente desonesta! Parece óbvio que todos (ou quase todos) concordam com a existência do CINM, mas também é hoje claro que não é a todo o custo e que os seus resultados devem ser ponderados de modo a equacionar as óbvias mudanças no modelo implementado e em vigor até hoje. Mas não podemos estar sossegados porque a proposta do PSD de renovação dos beneficios fiscais que todos falam (até o Secretário da educação e o da Agricultura!!!??) implica a diminuição da exigência de criação de emprego. Será um caminho adequado, sabendo a nossa necessidade de criar emprego e produzir riqueza local é mais importante que engrossar virtualmente o nosso PIB? Todos sabemos que depois de termos utilizado mais de 20 000 ME de benefícios fiscais geridos pela concessionária SDM, apenas foram criados 1 600 postos de trabalho, demonstrando o fracasso macroeconómico da operação. Fracasso agravado (de forma significativa) com a perda de 500 ME de apoios da UE e fazendo a Madeira saltar para região de obejctivo 2, portanto menos bebeficiária de fundos. É ou não verdade que estas matérias deviam ser seriamente equacionadas, debatidas e encontrar o melhor equilíbrio entre interese privado e público?  Infelizmente o PSD e o Governo não dá mostras de estar em condições de mudar o "status quo". Sendo assim, o que ouvi não passa de banalidades perigosas!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Só um pequeno exemplo para aqueles que abrem a boca para falar em demagogia da oposição!!!

Menos 4 minutos de fogo de fim de ano, portanto um espectáculo com uns longos 6 minutos como foi o caso do ano passado (e não os 10 minutos de 2011), permitia poupar o suficiente para pagar complemento de reforma em 2011 a 5 000 pensionistas que ganham reformas abaixo do ordenado minimo! E não digo mais nada...

Chegou ao fim mas espero que não definitvamente

Luis Calisto termina hoje a sua habitual coluna de opinião no DN Madeira. É pena porque na verdade a sua lucidez, verticalidade e coragem foram factores determinantes para que o espaço "Faça Ondas" não tenha sido nada indiferente e, pelo contrário, tenha provocado reacções em todas as franjas da sociedade.
Faço votos que não seja uma despedida definitiva.

Deixo aqui um dos aspectos relevantes do seu último artigo que, mais uma vez, merece reflexão:

"...Repare-se a propósito no silêncio da Assembleia Legislativa. O presidente não falou do ataque a um deputado da casa, nem se dignou a uma chamada de solidariedade - e não deve ser por meia dúzia de cêntimos, porque dispõe de 2.000 €/ano para telefone pessoal. A vítima da agressão nem sequer figura entre quantos usam o Parlamento como 'centro de dia' ou escritório para os negócios privados. Mas se o próprio Representante da República emudeceu!...
O PSD não condenou o caso. E até a oposição, raras excepções à parte, demorou a reagir. Para não falarmos do estado emocional insensível e pusilânime da Sociedade.
Mais estranha parece a inacção do GR: uma semana depois da vergonha no mercado,  o chefe ainda não deu o costumeiro louvor ao jagunço, pela façanha...."