domingo, 28 de fevereiro de 2010

A minha preferência


Gostava muito que a escolha para o Banco de Portugal fosse a Dra. Teodora Cardoso. Uma mulher com uma grande reputação, com qualidade técnica e experiência.

Avaliação dos prejuízos deve ser feita com serenidade e rigor

Julgo ser do mais elementar bom senso criar um grupo de trabalho com peritos da Região e da República de modo a fazer o levantamento exaustivo dos prejuizos da tragédia de 20 de Fevereiro. Este trabalho independente é fundamental para que a solictação de ajuda necessária não se transforme numa espécie de paródia de mau gosto onde brotam números para todos os gostos e nas mais variadas dimensões. AJJ devia ter a noção que uma matéria tão séria deve ser apresentada com rigor e sustentação. Não é isso que se tem assistido e espero que nas próximas intervenções haja mais rigor e sustentação no balanço dos projuizos. E que não se verifiquem os atropelos que assistimos a semana passado que tornaram ridiculos os cálculos de Jardim. A começar por ele que passou de 1 000 milhões (que os senhores do  GR  continuam a achar que é 1 bilião) para 1,5 mil milhões em apenas 2 minutos e em directo.  

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O oportunismo e as responsabilidades

Considero que está a chegar a altura para um balanço de responsabilidades.  Por isso não tenho qualquer restrição de principio em afirmar que existem culpas políticas e civis, quer no plano do Governo Regional, onde AJJ é a figura principal, quer no quadro autárquico, onde Miguel Albuquerque é o seu mais óbvio representante.


Numa sociedade moderna, livre e com uma democracia madura estas constactações seriam levadas até às últimas consequências. Não apenas no plano político, mas também no plano criminal, quer pelas consequências geradas ao povo, quer, num quadro mais individual, pela circunstância de muitas pessoas terem perdido a vida por opções erradas e ilegais. 
Além disso, e também muito relevante, considero que também não é possível ignorar que numa semana de sofrimento e tragédia, os principais protagonistas do poder regional demonstraram não estar à altura dos acontecimentos e, principalmente, provaram que na sua disputa interna de poder vale tudo, até levar ao extremo o oportunismo perverso e intolerável.
Na verdade, todos observamos o aproveitamento indigno da conjuntura de calamidade, numa autêntica representação teatral em busca de notoriedade pessoal, garantindo assim mais valias para futuros embates internos dentro do PSD. Só assim se compreende os atropelos das conferências de imprensa; os comunicados contraditórios; a insistência de AJJ que só há uma verdade oficial (que parece óbvio mas não deixa de ser estranho que Albuquerque tenha-a ignorado!); que os assessores do Vice Presidente tivessem andado que nem loucos a tentar "encomendar" entrevistas (de preferência no meio do teatro da tragédia) com João Cunha e Silva de forma a impedir o avanço de notoriedade (que fazia conf. de imprensa diárias) de outro Delfim, Miguel Albuquerque. 


Tudo isto aconteceu na Madeira num dos piores momentos da sua história. Onde esperávamos contenção, coordenação, harmonia e discurso de mobilização entre todos. Tivemos, oportunismo, confusão, descoordenação e disputa de poder interno.

Urgente alterar

O apoio financeiro aos empresários já foi apresentado com a rapidez que se exigia. É da mais elementar justiça agradecer ao contributo do ministério da economia. Cabe agora ao Governo Regional implementar e pelo que já li sobre a matéria julgo indispensável facilitar algumas variáveis designadamente:
as dividas à segurança social e às finanças podiam ser pagas na sequência do apoio, isto resolvia muita coisa;
por outro lado, a situação liquida devia ser reportado aos três anos anteriores à crise.


Esta mudança fará toda a diferença. Agora espera-se que o IDE dê instruções claras aos bancos para criar uma linha verde para desbloquear estas situações. Do que conheço do procedimento da banca dos últimos tempos tem sido catastrófico!

Um conselho...

Um conselho aos governantes da Madeira que andam desenfriados a contar prejuizos demonstrando uma aparente (esperemos que só) falta de rigor: espreitem este post de Miguel Fonseca. Pode ajudar a não fazer figuras tristes!?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Um governo que é uma verdadeira calamidade

A falta de rigor na contabilização dos prejuizos pode ser o principal obstáculo à boa negociação de apoios à reconstrução. Esta falta de rigor fica demonstrada com  os números para todos os gostos apresentados pelas autarquias e sobretudo pela forma atabalhoada como AJJ apresentou o valor global das necessidades de reconstrução. Numa entrevista num canal nacional, AJJ passou de uma avaliação "rigorosa" (!!) de 1 000 milhões para 1500 milhões em menos de 2 minutos!!!! Enfim, é o habitual. Já nem comento a inadmissivel confusão entre bilião e mil milhões, constatada, mais uma vez hoje,  na conf. de imprensa de hoje. Um desastre que demonstra a confusão deste governo.

Para impedir que os abutres fiquem com o que é para os Madeirenses!

Li no público e concordo:

"Danilo Matos reforça que a reconstrução deve ser entregue "a quem sabe, pondo um ponto final no aproveitamento político e no oportunismo de alguns". Os políticos, acrescenta, devem distanciar-se e dar lugar a uma equipa técnica e científica, multidisciplinar, que agarre não apenas os trabalhos de reconstrução imediata mas, sobretudo, "prepare a Madeira para o futuro".

Esta é uma opinião que partilho, até porque, como já disse planeamento e transparência são matérias que o governo do PSD não conhece e ignora-as deliberadamente por isso acho muito bem que se siga este caminho. É preciso garantir, para bem da Madeira, os aproveitamentos miseráveis ( e aqui si de abutres) desta calamidade face aos meios que estarão disponíveis.

Ainda AJJ e Judite na RTP: a ameaça

AJJ ensaiou, como é seu hábito, uma ameaça a quem pedisse responsabilidade pela tragédia na Madeira. Pois bem: Senhor Presidente, considero convictamente que V. Exa. e algumas autarquias, e em particular a do Funchal, têm ENORMES responsabilidades na dimensão da tragédia. As suas opções de desordenamento e as prevaricações sistemáticas ao PDM, além do vosso (governo e autarquia) total desprezo aos alertas dos especialistas (insultando-os e chamando-os abutres!!!) demonstram uma total falta de preparação apra o lugar que ocupam, além de terem de responder perante a tragédia que os madeirenses viveram. 
Dir-me-ão que não é tempo para acusar ninguém. 


Concordo mas, seguramente, não é tempo para ameaçar aqueles que sentem e sentiram a ameaça decorrente de um governo irresponsável. O preço pago foi muito elevado e, na minha opinião, o apuramento de responsabilidade deve ser feito até às últimas consequências! Sobre esta matéria, no momento certo e no lugar certo não hesitarei. É uma convicção de cidadania!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dificil acreditar...

A entrevista de AJJ foi uma fantochada ofensiva. Sinceramente, nem Judite esteve à altura, demonstrando falta de preparação e ajudando ao branqueamento de um dos governantes mais ignorantes de Portugal. Mais. Não foi uma entrevista, foi um exercício de culto do seu próprio ego feito na primeira pessoa: eu,eu,eu, eu...


No fim de tudo isto, junta-se a angustia da tragédia à calamidade de termos um governo liderado por um egocêntrico esquizofrénico que ainda por cima de governação efectiva é uma miséria "franciscana". Resta-nos ter medo do futuro!  

Triste:mais uma vez está lançada a confusão

Este comunicado do Presidente do GR é insuficiente para esclarecer as populações e a imprensa sobre qual é comunicação oficial. Não podem existir dúvidas em matérias tão relevantes. Sabemos que Miguel Albuquerque faz uma conferência de imprensa diária e que, de acordo com este comunicado, não deve ser considerada. Será assim? Ora está lançada, mais uma vez a confusão. Concordo e subscrevo a concentração de informação. Uma boa comunicação sem contradições é indispensável para manter a confiança e mobilizar pessoas. Contudo, este comunicado não resolve nada, só adensa a tremenda baralhada nas comunicações oficiais. AJJ tem de ser mais claro e explicito e garantir, como é o seu dever, um único fluxo de informação nesta altura de crise. Fica o enorme lamento, reconhecido pelo próprio Presidente do Governo, do aproveitamento politico de certos sectores do PSD!

"Planeamento e Inteligência para obter os recursos necessários"

Espero sinceramente que as autoridades regionais reflictam sobre estas sábias e ponderadas palavras do Presidente da República lidas hoje no DN Madeira:  

Por outro lado, destacou o "planeamento para o futuro" que agora começa com os trabalhos de reconstrução das zonas afectadas pelo mau tempo. "Isto é o tempo de pôr os olhos no futuro, de fazer a avaliação dos prejuízos, não apenas para efeitos de diálogo com o Governo da República, mas também com as instituições da União Europeia", anotou, defendendo a importância de "haver inteligência para saber aproveitar todos os apoios expressos em relação à Madeira". 

Gostaria de sublinhar as duas mensagens fundamentais implicitas: Planeamento e Estratégia certeira para obter o máximo de apoios. Isto implica diplomacia com argumentos e com inteligência.
Espero, por isso, que o GR não volte a cometer os erros do passado. O preço de não seguir este caminho é demasiado elevado. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Este blog está de luto


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CALAMIDADE PÚBLICA A FAVOR DOS MADEIRENSES

Sinceramente, não entendo a decisão do governo regional do PSD de não declarar a calamidade pública. Não me convence a ideia de protecção do turismo. As noticias e as imagens da tragédia da Madeira já correram o mundo, incluindo os principais mercados de turismo. Fazer de conta que nada se passou é uma afronta a todos nós. Para AJJ só morreu uma pessoa: o inglês!!!
Não admito, não aceito, não compreendo. O PSD brinca com os madeirenses e fá-lo deliberadamente em alturas dramáticas e sem sentido de responsabilidade.
Exigo, enquanto madeirense, a calamidade pública. Não aceito as justificações deste governo fantoche do PSD, Quero mais do que um político que só pensa em sacar dinheiro e não atende aos interesses dos cidadãos...Estou revoltado! 

AJJ, outra vez sem convencer!

O que fez AJJ dizer: "a partir de agora passamos a ter um novo período político na Madeira. O que está para trás fica para trás!?"

AJJ: não se compreende!

AJJ diz que quem fala dos problemas das más construções feitas por ele é gente sem habilitações: um idiota é sempre um idiota!
Continuo a considerar que dá tempo para apurar responsabilidades, antes é preciso concentrar energias na recuperação da Madeira e no apoio às vitimas. Mas este tipo de comentário é política de baixo nível. É sacudir a água do capote de forma irresponsável. Não merece mais comentários!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Drama e tragédia

Ainda escrevo com um nó na garganta. É duro encarar o drama que caiu sobre a nossa cidade e, sobretudo, aceitar a morte de dezenas de pessoas que pagaram caro de mais os efeitos desta tragédia sem nome!

Mas é altura para reflectir. É preciso garantir 4 questões essenciais:
1. o apoio incndicional às vitimas deste temporal de modo a minimizar o seu sofrimento;
2. a garantia do apoio de meios externos (da república e da UE) para recontruir a cidade tendo presente a calamidade pública que vivemos; 
3. o apuramento de responsabilidades de modo a saber se a forte intervenção a que o Funchal foi sujeito nos últimos anos de forma descontrolada e as decisões de construção junto das ribeiras ou mesmo dentro delas foi ou não responsável pela gravidade dos factos. Esta questão é indispensável para salvaguardar o interesse comum e permitir actuar com responsabilidade. Face ao drama que vivemos se existem culpas elas devem ser apuradas e os seus actores responsabilizados.
4. preparação de uma carta geral de riscos construida de forma séria, de modo a garantir um futuro mais cauteloso face a fenómenos desta natureza. Esta deve ser uma prioridade absoluta, paralelamente à necessidade de estabelecer um plano de socorro da cidade. Apesar dos esforço das autoridades verificaram-se falhas e omissões lamentáveis que devem ser imputadas não a cada um dos intervenientes mas à ausência de uma estratégia séria e consolidada de defesa da cidade perante este tipo de fenómenos. Espero que agora todos percebam a importância desta matéria que há muito temos vindo a reclamar. Eu próprio enquanto vereador propus uma abordagem desta natureza que foi chumbada pelo executivo da autarquia do Funchal!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O trabalho duro do boy regional...

Este boy regional anda endiabrado a postar tudo o que mexa contra Sócrates e contra tudo o que considera ser útil para defender o seu tachinho! Não podemos levar a mal (!?). É preciso fazer pela vida!

Depois chorem!

O Eurostat pegou nas estatisticas do PIB per capita e concluíu que a Madeira tem o segundo maior poder de compra do país. Perante este facto o que fez o governo de Jardim? Nada, encolheu os ombros e deixou passar, mais uma vez, a ideia de que estão satisfeitos com os indicadores que avaliam o bem estar dos madeirenses. Mais um tiro no pé na perspectiva de encontrar soluções apra a perda de 500 milhões de fundos europeus. Depois vêem uns "apagadinhos" do governo dizer que a culpa do PIB é da república. Claro de quem havia de ser!

A manipulação de jardim e o controle da comunicação social

AJJ sabe que tem usado e abusado do seu poder para controle da comunicação social na Madeira. Todos sabemos que casos como a RTP/ RDP Madeira e o Jornal da Madeira são a expressão do regime. Obviamente que também todos sabemos que, no caso da RTP e RDP, a situação só não é mais grave porque ainda existem profissionais que se dão ao respeito e que têm brio profissional contrariando, à custa do seu próprio bem estar, a ânsia e o desejo manipulador de AJJ e dos seus. 
Mas tudo isto é mais do que claro para todos mesmo existindo uns que fingem que nada disto se passa. 
O que é particularmente insólito é a técnica de AJJ de atacar outros para evitar que o acusem do que ele sabe que faz sistemáticamente. Só assim se entende as acusações de AJJ ao controle da comunicação social nos Açores. É o mundo demencial de Jardim! 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Devia estar calado e ir embora. É só asneira...

O Senhor Secretário Regional Ventura Garcês não tem culpa. Pior. Além de não ter culpa, serve apenas para servir uma estratégia suicida da Madeira no que diz respeito aos recursos externos.
Contudo, como este Senhor já é crescidinho deve ser responsabilizado pelos seus disparates. Portanto, é bom que fique claro que tem sido durante a sua gestão que tem ocorrido os maiores atentados às finanças públicas regionais: divida galopante ( em 10 anos multiplicou por 10 - mais de 5 000 milhões - uma divida que foi paga por Guterres - 500 milhões - e tinha levado 24 anos a criar!), negociações com a república abusrdas e sem capacidade de argumentação, péssimos resultados na negociação com Bruxelas e perda de 500 milhões de euros. Pior é que tudo isto acontece e em vez de arrepiar caminho tentando encontrar a base séria, solida e coerente para negociar recursos com Bruxelas e Lisboa, através da contrução de novos indicadores, adequados à nossa realidade, mantém o discurso enquinado ao jeito do seu grande líder! 
Estamos conversados e, sobretudo, convencidos de que a incompetência aliada à bajulice ridicula resulta no pior dos resultados!

Investimento público na Madeira: um falhanço

Se há exemplos que demonstram o total desperdicio de recursos públicos por parte do governo do PSD, a operação das sociedades de desenvolvimento é, porventura, um dos mais evidentes. 
Naturalmente que as engenharias financeiras das vias litoral e expresso e a insensatez que elas representam são casos claros de desnorte governativo, má utilização de recursos e, sobretudo, de defesa de interesses distantes do interesse comum. 

Contudo, sendo as sociedades de desenvolvimento uma marca deste governo e sendo elas as principais geradoras de investimento público (absurdo, diga-se!) merecem uma análise fina, principalmente numa altura em que o seu principal responsável, Dr. João Cunha e Silva, prepara-se para voltar a endividar os madeirenses (em mais 100 milhões de euros) para aprofundar o disparate que tem acumulado ao longo dos últimos 8 anos com estas entidades.

Ora, em resumo, os resultados das Sociedades de Desenvolvimento são os seguintes:


500 milhões de investimento (assentes em endividamento) que geraram apenas 194 postos de trabalho.
Repare-se que com apenas 172 milhões de apoio à empresas (no quadro do III QCA, entre 2000 e 2006) foi possível alavancar 493 milhões de investimento privado e criar 5 200 postos de trabalho. (parece evidente a diferença na qualidade das opções tomadas) 

Mas mais:

a.    Não fixou populações nas zonas rurais (o norte perdeu 20% da população em 20 anos)

b.    Expulsou e não atraiu, como devia, o investimento privado até porque acabou por fazer investimentos tipicamente privados (foi responsável por mais de 70 restaurantes!)

c.     Provocará um impacto sem precedentes nas contas públicas. A partir de 2012 sairá do ORAM 60 milhões de euros, durante 10 anos (sem contar com o endividamento mais recente). Com a agravante desses investimentos não libertarem meios para pagar o serviço da dívida. Pelo contrário, ainda contribuirá para aumento das despesas correntes, conforme ficou claro com os contratos denunciados pelo Tribunal de Contas entre Governo e SD que além de ilegais servem para pagar despesas correntes!

d.    Finalmente, não aproveitou os fundos europeus. Como é do conhecimento de todos o argumento do governo para fazer divida através destas entidades era a necessidade de aproveitar fundos europeus. Nada mais falso. O Tribunal de Contas revela que nem 6% do investimento foi beneficiário do fundos europeus.

finalmente, mas não menos importante, um argumento microeconómico:
todas as sociedades de desenvolvimento estão falidas. O passivo é de 452 milhões e cresceu 50%, de 2004 até hoje. Quem tem dúvidas que consulte os últimos relatórios das entidades em causa.
Com estes resultados como é que o Governo do PSD pode dormir sossegado e com a cnsciência tranquila? Com estes resultados quem é que tem o descaramento de pedir investimento público na RAM? Com este resultado, não acham que o melhor era meter o "rabinho entre as pernas" e admitirem o falhanço governativo em toda a linha? Pensem bem... 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Surpresa ou tendência?

A Madeira registou o maior aumento do país no desemprego. Estamos próximo de 14 500 desempregados. Eu diria que a barreira dos 15 000 é um valor psicológico que ao ser atingido ainda antes do fim do ano, conforme já tinha previsto neste blogue, deverá provocar reboliço e tensão no mercado de trabalho! Ora, este é o grande resultado da governação jardinista. Mas, entretanto o que faz o governo? Entretem-se a ocultar os números!

É urgente perceber o que se passa e saber se, afinal, alguém tem "mão" na gestão do hospital!?

Que tal solicitar ao Senhor Secretário dos Assuntos Sociais explicações claras sobre o que se passa no Hospital do Funchal? Diga-se em abono da verdade que este tipo de gestão (que tem sido praticado no hospital) contra tudo e contra todos não dá bons resultados e, no limite, perderão aqueles que precisarem de recorrer ao sistema regional de saúde!

Podia ser para rir mas...

Discute-se a liberdade de expressão na AR. É de rir, sobretudo sabendo que a proposta é do PSD. O mesmo que na Madeira exerce o poder usando tiques fascistas, métodos autoritários e procedimentos persecutórios: tudo variáveis dignas de uma democracia à maneira do jardinismo social democrata! Como dizia o brasileiro: "eu quero aplaudir!" 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

É preciso reagir. E a reacção devia ser em bloco. Se há causas comuns entre a oposição, estou certo que a defesa da liberdade é a principal...

No hospital do Funchal um médico foi "encostado à prateleira", proibido de trabalhar, foi humilhado na sua dignidade profissional porque criticou a política de uma administração PSD. Ora, este não é um facto menor. Este não é um caso de menos importância, independentemente da razão estar ou não ao lado do dito médico.  Este nem sequer, como todos sabemos, é um caso isolado!
O que este caso nos lembra a todos é a caracteristica persecutória de um regime que promove o medo para calar a opinião pública. O que este caso nos deve alertar é para o incentivo expresso (um método deliberado do jardinismo) à autocensura de milhares de pessoas que pensam diferente mas que calam-se porque têm medo que a sua qualidade de vida, a sua dignidade profissional seja afectada. Sei do que falo, por isso, urge um verdadeiro ataque a esta insólita e inadmissível situação. É urgente reagirmos perante esta atitude intolerante e anti-democrática que mina os principios básicos da vida em liberdade.
É preciso mais do que explicações. É necessário colocar os pontos nos i's desta democracia podre!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Onde pára Cavaco, Crespo e companhia. Ninguém se indigna. Têm uma indignação selectiva, não é verdade? Tudo bons rapazes!

Li aqui a análise da semana de Luis Calisto do DN Madeira. Não podia ser mais certeira: comparado com o que se passa na Madeira, aquilo no continente é um POLVINHO!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Onde pára o dinheiro que o governo do PSD recebe (emprestado, transferido,.. o que seja)?

Convém perguntar de forma clara: onde andam, onde ficam e quem beneficia dos milhões recebidos do exterior? Alguém dúvida que o dinheiro que entra na Madeira a título de transferências (e endividamento!) é desviado ostensivamente para interesses ocultos que prejudicam os madeirenses? Eu não! E, ainda por cima, estou disponível para dar exemplos. Assim o farei neste mesmo espaço. Só quem não quer ver é que pode acreditar na bondade da boa utilização dos recursos públicos que pertencem a todos os madeirenses...

O problema da divida

Não é apenas o montante da divida que está em causa. É a prática irresponsável de eneidvidamento, é o objectivo da divida e são as consequências do impacto dessa divida na governação e na vida dos madeirenses. Não é um tema marginal. É central no regime jardinista. A divida caminha numa espécie de comboio em alta velocidade mas em perfeito descontrolo. Sem uma verdadeira reflexão sobre tudo isto. Sem um acompanhamento sério e responsável caíremos num dessastre económico-financeiro sem precedentes na história moderna da Madeira.
O Grupo Parlamentar do PS Madeira tem o dever de demonstrar aos madeirenses que governar bem é gerir com ponderação e responsabilidade os recursos públicos, com os olhos postos no futuro dos nossos filhos. O estado actual da governação jardinista indica que nada disto é cumprido. Bem pelo contrário....

Orçamento Rectificativo

Parece evidente que o PSD Madeira devia apresentar um orçamento rectificativo: temos novas receitas e um novo quadro de endividamento. Mais grave ainda, temos mais crise, mais desemprego, mais falências e tudo parece indicar que o governo do PSD quer continuar na mesma...Veremos até onde vai a pouca vergonha da governação PSD. Mesmo com mais dinheiro, temos menos esperança porque os recursos ficam presos na teia de interesses obscuros do PSD. Nao financia o combate à pobreza, o combate às empresas em risco, a luta contra o desemprego... Não, nada disso ocorrerá até porque o orçamento aprovado pelo PSD no final do ano não indica nenhum desses caminhos. O orçamento rectificativo (mas não um qualquer, faremos as exigências necessárias) é fundamental para devolver um bocadinho de esperança!

Estou de volta!

Depois de uma ausência mais prolongada do que estava à espera, estou de  volta à Madeira e aos comentários neste espaço de reflexão sem censura! Tentarei nos próximos dias recuperar os temas dos últimos 12 dias.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A revisão da LFR voltou a ser adiada...

Ora nesta altura vale a pena fazer os seguintes comentários:

1. O problema principal da RAM não é a LFR mas o regabofe governativo e o despesismo galopante de AJJ;

2. Mais. AJJ sabe disso por isso desvia todas as atenções do escândalo que é a sua miserável governação;

3. Para isso, este senhor que é Presidente(?) chega mesmo a mentir descaradamente afirmando que a divida da RAM não foi perdoada por Guterres em 2008. Mas, como a mentira tem perna curta, argumentou com a lei das privatizações (lei nº130/99 de 21 de Agosto) que entrou em vigor apenas um ano após o efectivo perdão- 1999;

4. Perante isto só existe uma forma de resolver a questão da LFR: o governo do PSD assumir a monumental mentira junto da UE (em 2002) e depois na república de que a Madeira era uma região desenvolvida, conforme reflecte o PIB;

5. Mas isto não chega, tem também de assumir uma governação mais ponderada na utilização dos recursos públicos e acabar, de uma vez por todas com o regabofe DEMOSNTRADO pela dívida de mais de 5 000 milhões de euros;

6.Mas, a verdade é que o impasse na Assembleia da República persiste, apesar de uma oposição em maioria que pode facilmente aprovar a lei (parece que todos se esquecem deste pequeno pormenor!), por três ordens de razão:

a. uma consicência alargada, em todos os partidos representados na AR, do desacerto governativo do PSD. Todos sabem que AJJ utiliza mal os dinheiros públicos e não canaliza para onde deve mas para interesses ocultos (vejam o que se passou com o programa pagar a tempo e horas)!

b. pela forma atabalhoada e, ainda por cima, insultuosa, como Guilherme Silva tem liderado as negociações, aparecendo como o rosto da vergonha do PSD M;

c. pela falta de preparação na apresentação de uma proposta coerente e adequada à RAM e não um "shopping list" sem pés nem cabeça e com pouca sustentabilidade técnica.

Vejam isto...

A equipa feminina do Ponta do Pargo derrotou ontem o KTS Forbet Tarnobrzeg, por 3-2, na primeira “mão” dos quartos-de-final da Taça ETTU de ténis de mesa.

Agora tenham em atenção o seguinte:

Equipa de ténis de mesa da Ponta do Pargo

Fun Yu- chinesa
Carina jonsson - sueca
Karen Opdencamp - belga


Não faço mais comentários!

Jardim criou um modelo que retira riqueza aos madeirenses...


O sinal mais claro do risco da gravidade económico-financeira da Região foi a manutenção, no final do ano de 2009, do Outlook negativo à economia regional da empresa de classificação de risco Moody’s, demonstrando que de 2008 para 2009 não existiram alterações significativas na probabilidade de risco de falência técnica da RAM que permitisse evoluir, por exemplo, para um outlook estável.
Razões de um rating em descida vertiginosa
Esta avaliação tem sobretudo a ver com a debilidade da economia madeirense, a dificuldade de gerar receitas e, principalmente, a dependência de recursos externos, em particular de endividamento excessivo.
Debilidade da economia
A debilidade da nossa economia é estrutural (mercado pequeno, distância dos centros de decisão,...) mas também é consequência da ausência de medidas concretas que alterem positivamente o ambiente empresarial que as nossas empresas se movimentam: quer no quadro fiscal, quer na transparência, quer nos custos de transporte, quer nos factores de competitividade onde o governo, pura e simplesmente, hibernou definitivamente para esta matéria. Mais grave é que a Madeira ostenta os famosos défices gémeos: orçamental e comercial.
A divida da RAM é anormal: para uma região com um orçamento de 1500 milhões a dívida, em todas as suas vertentes ultrapassa os 5 600 milhões de euros. O défice comercial demonstra a fragilidade do modelo económico de Jardim onde as nossas importações têm uma taxa de cobertura de apenas 15% (os Açores são 45%)  
Dificuldade de gerar receitas
A dificuldade de gerar receitas é uma das conseqüências mais óbvias da falência do modelo de Jardim. As opções de investimento público são uma autêntica árvore de natal cheia de custos e sem resultados líquidos para o desenvolvimento  do bem estar dos madeirenses. Verifica-se, com o PSD Madeira no governo, uma extrapolação grosseira entre crescimento conjuntural, pela via da adição de recursos financeiros externos (venham de onde vierem) traduzido em investimentos irrealistas (numa análise custo/beneficio), com o desenvolvimento sustentável onde esses recursos terão de ser pagos (sobretudo) com o resultado do investimento e ainda serem geradores de riqueza adicional.
Dependência de recursos externos
Finalmente, a incapacidade de gerar receitas e a necessidade de manter o monstro a andar (a frágil economia da Madeira e os interesses gerados em torno do regime) obriga a recursos externos, principalmente endividamento externo cujo efeito de médio e longo prazo é retirar riqueza aos madeirenses.
Dívida em crescimento sistemático
A observação estatística prova que o endividamento da RAM não pára de crescer de ano para ano. E para aqueles que se concentram na divida directa da RAM é preciso explicar (bem explicadinho) que passar o endividamento de uns agentes para outros não diminui a divida e, sobretudo, não a impede de aumentar. É o caso das engenharias PATRIRAM, Vias litoral e expresso e agora Via Madeira, entre outros (que ascendem a mais de 1 500 milhões de euros- um orçamento inteirinho!).
Um modelo que retira riqueza
O drama da madeira é que o governo regional do PSD estabeleceu um modelo que retira riqueza aos madeirenses.  É fácil de perceber, vejamos: o PIB cresceu em 2008 apenas 0,6% mas na prática nem cresceu, teve uma evolução negativa porque é preciso retirar o crescimento da componente de investimento da Zona Franca e os juros da divida; ou seja, desta forma, estamos mais pobres do que antes. É um modelo assente em investimento desproporcional à geração de rendimento, por isso, tem de recorrer ao endividamento para se financiar. Não há volta a dar porque o investimento proporcionado por esses meios não libertam meios financeiros nem para pagar os custos do investimento, muito menos para gerar riqueza adicional. O grande erro de concepção deste modelo jardinista é considerar que o beneficio de qualquer obra (estrada, marina, centro cívico) é todo o emprego e matérias primas que se utilizam aquando a sua construção. Nada mais falso porque isso é só o custo do projecto. Era expectável que essa obra gerasse meios para pagar o seu custo e criasse ainda riqueza adicional. Na maior parte dos casos não tem sido assim, mesmo admitindo que existem casos em que esta análise deve ser relativizada, infelizmente esta tem sido a regra do Jardinismo.
Mais uma vez importa sublinhar que quando o Governo de Jardim faz apologia de um PIB elevado esconde a verdadeira questão que é o nível de bem estar dos madeirenses que paradoxalmente está estagnado ou em recessão.
Por isso há uma razão adicional para abandonar o PIB enquanto indicador de desenvolvimento, além do efeito da Zona Franca, que é a taxa de endividamento da Região ao exterior, resultando assim no pagamento exacerbado de juros e comendo grande parte do bem estar dos madeirenses.
A região estará falida?
Sendo assim, com este enquadramento, o indicador PIB revela que a evolução da economia está baseada no endividamento e no investimento directo estrangeiro que passa pela Madeira mas que não fica cá!
Em conclusão, parece evidente que sem este endividamento era impossível a taxa de investimento que temos praticado e era impossível os níveis de consumo que auferimos. Por isso, só há um caminho: alterar o modelo de modo a que o investimento traduza uma efectiva criação de riqueza. Assumir que a Zona Franca provoca um empolamento no PIB que desvirtua a análise do crescimento económico e o seu impacto no bem estar. 

Como mudar de vida?
Para mudar tudo isto é preciso pensar numa séria e ponderada estratégia de diversificação da economia colocando no centro do desenvolvimento as empresas: único motor de desenvolvimento de qualquer região.  
Sabendo ainda que a acumulação de investimento físico está no limite máximo é indispensável que a Região coloque o acento tónico  na inovação na qualificação e I&D. Mas só se faz isto com estratégia e com vontade política. Precisamos de um compromisso com todos. Este governo não tem nem capacidade, nem visão estratégica, e, ainda por cima, está demasiado comprometido com interesses contrários aos exigidos para a dinamização de uma economia do conhecimento. Em jeito de brincadeira (mas muito séria), diria que se trocássemos Jaime Ramos por Steve Jobs  (em todos os sentidos) poderíamos ter um ciclo de crescimento económico com repercussões claras no bem estar das populações.
publicado no tribuna da Madeira