Apetece-me relembrar um artigo que escrevi há muito tempo. A sua actualidade até doi...
Hoje não me apetece introduções suaves, palavras certas ou sinónimos próximos da verdade. Quero ir directamente ao assunto: perturba-me a pouca sorte de ter de ocupar, de forma involuntária, o meu tempo e o meu esforço num exercício que tem tanto de inútil como de trágico, a escutar incongruências, que roçam o insólito, destinadas a coisa nenhuma. Na verdade, pouco interessa o que vai na alma de quem as profere, importa antes os seus resultados, quase sempre ignorados, deste estilo gasto, manhoso, truculento, maçador mas, sobretudo, de provocador inconsequente. Daqueles que satisfaz o seu ego mas que ignora, de forma desleixada e seca, o bem-estar do próximo. Mas, não é tudo. Este cenário fica concluído com a propaganda desmesurada e concertada que conduz a um resultado aparentemente inesperado: há sempre um bode expiatório que pode garantir a desresponsabilização dos responsáveis! Este estilo maldoso, às vezes mafioso, é assustador e conta, infelizmente, com a passividade de muitos.
O pior de tudo isto é que cada disparate, cada provocação, cada malcriadez, cada estonteante e obtuso pensamento “democrático”, quase sempre envolto numa gigante tónica de desconhecimento ou, mais grave, em alguns casos, de ignorância, nos vai provocando o espírito e nos prejudica o bem estar.
Mas, é preciso reconhecer que a democracia tem destes pontos fracos: o estatuto democrático depende dos mecanismos de controlo que, por sua vez, estão sujeitos a fenómenos perversos de uso e abuso por parte de quem tem a responsabilidade de garantir o seu funcionamento. Contudo, importa sublinhar que não serve para nada a democracia sem democratas. É como uma floresta sem árvores. O défice democrático, epitáfio simplista da realidade regional, não justifica o medo e a tendência perseguidora de um regime: estes são o resultado de uma estranha forma de ser democrata, muito próxima do fascismo, porque está assente num quase perfeito culto do fascínio que tanto aprecia o homem que lidera o governo da Madeira. Estou, por isso, consciente das insustentáveis fragilidades de um sistema democrático que exige a participação de todos mas que, infelizmente, tem como principal protagonista alguém que “eucalipta” tudo à sua volta e corre o risco de tornar digna a versão “suave” (!) do autoritarismo do estado novo na Região, como lembrava Vicente Jorge Silva, numa recente deslocação à Madeira.
O que é verdadeiramente intrigante é a ideia sabiamente transmitida aos discípulos, de um mundo grosseiramente pagão, de que os filhos de um deus menor (?) não comem na mesa abastada, mas suja, dos outros que, por razões quase inexplicáveis acertaram no deus. Enfim, a verdade é que esta sorte divina depende apenas do que estamos dispostos a abdicar: a inteligência, o sentido critico, a liberdade… Fica a sensação de uma discriminação fria, crua e sem censura.
Já agora, como estou convencido dos males e das maldades que assolam um ambiente desta natureza, não me importo de pagar a factura. Aliás, também não estou excessivamente preocupado com aqueles que estão convencidos que tudo gira em torno de princípios mal explicados e convicções apáticas. Daqueles cujos princípios têm um preço: estão disponíveis para abdicar deles, desde que a contrapartida seja adequada. Estou, antes e apenas, desiludido com os outros que eu sei que preferiam estar vivos noutra altura ou noutra terra. Eu compreendo…
Hoje não me apetece introduções suaves, palavras certas ou sinónimos próximos da verdade. Quero ir directamente ao assunto: perturba-me a pouca sorte de ter de ocupar, de forma involuntária, o meu tempo e o meu esforço num exercício que tem tanto de inútil como de trágico, a escutar incongruências, que roçam o insólito, destinadas a coisa nenhuma. Na verdade, pouco interessa o que vai na alma de quem as profere, importa antes os seus resultados, quase sempre ignorados, deste estilo gasto, manhoso, truculento, maçador mas, sobretudo, de provocador inconsequente. Daqueles que satisfaz o seu ego mas que ignora, de forma desleixada e seca, o bem-estar do próximo. Mas, não é tudo. Este cenário fica concluído com a propaganda desmesurada e concertada que conduz a um resultado aparentemente inesperado: há sempre um bode expiatório que pode garantir a desresponsabilização dos responsáveis! Este estilo maldoso, às vezes mafioso, é assustador e conta, infelizmente, com a passividade de muitos.
O pior de tudo isto é que cada disparate, cada provocação, cada malcriadez, cada estonteante e obtuso pensamento “democrático”, quase sempre envolto numa gigante tónica de desconhecimento ou, mais grave, em alguns casos, de ignorância, nos vai provocando o espírito e nos prejudica o bem estar.
Mas, é preciso reconhecer que a democracia tem destes pontos fracos: o estatuto democrático depende dos mecanismos de controlo que, por sua vez, estão sujeitos a fenómenos perversos de uso e abuso por parte de quem tem a responsabilidade de garantir o seu funcionamento. Contudo, importa sublinhar que não serve para nada a democracia sem democratas. É como uma floresta sem árvores. O défice democrático, epitáfio simplista da realidade regional, não justifica o medo e a tendência perseguidora de um regime: estes são o resultado de uma estranha forma de ser democrata, muito próxima do fascismo, porque está assente num quase perfeito culto do fascínio que tanto aprecia o homem que lidera o governo da Madeira. Estou, por isso, consciente das insustentáveis fragilidades de um sistema democrático que exige a participação de todos mas que, infelizmente, tem como principal protagonista alguém que “eucalipta” tudo à sua volta e corre o risco de tornar digna a versão “suave” (!) do autoritarismo do estado novo na Região, como lembrava Vicente Jorge Silva, numa recente deslocação à Madeira.
O que é verdadeiramente intrigante é a ideia sabiamente transmitida aos discípulos, de um mundo grosseiramente pagão, de que os filhos de um deus menor (?) não comem na mesa abastada, mas suja, dos outros que, por razões quase inexplicáveis acertaram no deus. Enfim, a verdade é que esta sorte divina depende apenas do que estamos dispostos a abdicar: a inteligência, o sentido critico, a liberdade… Fica a sensação de uma discriminação fria, crua e sem censura.
Já agora, como estou convencido dos males e das maldades que assolam um ambiente desta natureza, não me importo de pagar a factura. Aliás, também não estou excessivamente preocupado com aqueles que estão convencidos que tudo gira em torno de princípios mal explicados e convicções apáticas. Daqueles cujos princípios têm um preço: estão disponíveis para abdicar deles, desde que a contrapartida seja adequada. Estou, antes e apenas, desiludido com os outros que eu sei que preferiam estar vivos noutra altura ou noutra terra. Eu compreendo…
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