Hoje alguém da blogosfera disse o seguinte: "Porra, que provem a merda que dizem ou que vão à borda merda!".
Confesso que este desabafo diz tudo e revela o estado de desespero que alguns se encontram (embora sem conseguir saber bem porquê!). Era importante que estas pessoas entendessem que a denúncia que está em cima da mesa sobre a CMF está "recheada" de provas. Até existe uma inspecção feita pela tutela inspectiva. Portanto, agora são os tribunais que devem agir. São eles que têm a responsabilidade de provar. O resto são cantigas.
Mas o que tudo isto revela é que se tenta passar uma mensagem para o exterior e para a sociedade civil que a prova é mais importante que o próprio delito. Pelo amor de Deus, deixem-se de demagogias "baratinhas".
Só assim se compreende que sempre que se fala de corrupção saltam para a arena uns senhores muito preocupados com as suspeitas sobre alguns supostos intocáveis. As suspeitas existem e devem ser investigadas custe o que custar doa a quem doer. Infelizmente, todos sabemos, e o autor do comentário também, que nem sempre é assim. Aliás, na Madeira quase sempre não é assim.
Por isso, enterrar a situação porque uma parte significativa e influente da sociedade prefere que se atire a sujeira para debaixo do tapete, é o reflexo de uma sociedade podre e comprometida.
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 1 dia
1 comentário:
Caro Dr. Carlos Pereira:
Sabe, não gosto de "justiceiros". Confundo-os sempre com fundamentalistas e fundamentalismos. Dou-me mal com senhores absolutos da razão, que quer que lhe faça?
Acho, honestamente, que sujacente às posições fundamentalistas reina sempre algum grau de esquizofrenia (essa maleita apaixonante).
Por isso repito-lhe aquilo que escrevi: vivemos um período esquizofrénico, onde todos duvidam de todos (e deles mesmos, quem saberá?), onde todos se acham no direito (e no dever) de denúnciar, mesmo que a denúncia seja movida pela mesquinhez. Ou pela falta de percepção de incapacidades próprias.
Este ambiente afecta a todos. Afecta aqueles que trabalham honestamente (que acredito serem a esmagadora maioria) e os outros.
Por isso, volto a repetir: as denúncias estão feitas, estão entregues às entidades competentes e vão ser analisadas. É agora tempo de deixá-las trabalhar. Com paz e sossego. Respeitando as decisões, e respeitando quem as toma. Sem tentar pressionar "construíndo" opinião pública (e você sabe tão bem como eu como é que isso de faz!). Evitando os julgamentos em praça pública, tão nefastos para uma comunidade.
Caso contrário, o clima que se vive terá efeitos sérios que poderão, efectivamente, matar-nos enquanto sociedade, destruindo instituições que julgávamos solidamente erraizadas.
É assim tempo de deixar a poeira assentar. E, caso as denúncias não se comprovem, será tempo de, como todo o respeito, mandar à "borda merda" quem nos andou a fazer perder tempo (perdoe-me o pleonasmo).
Cumprimentos
Gonçalo Santos
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