(Lamento o ligeiro atraso decorrente do atraso da minha viagem mas aqui está)
Como já tinha anunciado publicamente e também sublinhado, por várias vezes, aqui neste blogue, daremos início esta semana à campanha de informação junto dos munícipes do Funchal sobre o dossier das "negociatas" na CMF.
O prosseguimento desta abordagem enquadra-se naquilo que são os deveres do maior partido da oposição na CMF: esclarecer e exigir respostas.
Tudo faremos para contribuir para o esclarecimento do que se passou e, de alguma forma ainda se passa, na maior autarquia da Madeira. É fundamental garantir que este processo não sofre o habitual branqueamento, típico da nossa Região onde a pressão do regime, assente no clima de medo e auto-censura, misturado com uma espécie de brando temperamento dos madeirenses, leva a um atípico comportamento de convivência absurda e inqualificável com fenómenos desta gravidade. Mais. Esta situação, aparentemente, nem choca grande parte da consciência cívica da Madeira, mesma algumas mais esclarecidas (se isto não é assim, quem é que me explica o silêncio em torno deste "escândalo"). O habitual é contribuir para passar uma "esponja" sobre o passado.
Não tenho nenhum problema em admitir que é um orgulho viver numa terra de brandos costumes, mas essa característica não pode ser confundida com tolerância sistemática a quem prevarica deliberadamente ou, quase tão grave, a quem foge ao esclarecimento cabal e integral dos acontecimentos, ou ainda, a quem usa os argumentos rasteiros e até indignos, num estado de direito, para defender o indefensável.
Na nossa opinião, nada pode voltar a ser como dantes: existem demasiadas evidências que o que se passou lesa o bem comum, prejudica a cidade e coloca em causa princípios básicos da democracia e de uma sociedade justa e equilibrada. Por isso, o povo, os funchalenses, têm de conhecer o que se passou. Têm de saber afinal qual o conteúdo essencial desse famigerado relatório da inspecção à actividade da CMF em 2003 e 2004.
Lembro ainda, a todos os que visitam este blogue, que as evidências da gravidade da situação têm sido oferecidas (de bandeja) à oposição pelo PSD na CMF. Por isso é bom recordar o que fez o PSD: recusaram, na vereação e na assembleia municipal, a extensão e aprofundamento da auditoria, votaram contra uma comissão de acompanhamento da implementação das recomendações do relatório, mentiram descaradamente na primeira Assembleia Extraordinária usando supostos relatórios do Tribunal de Contas que nunca existiram e, bastante mais grave, faltaram à reunião extraordinária que pretendia um aprofundamento dos esclarecimentos, tendo presente esta fraude detectada depois da primeira Assembleia Extraordinária.
Parece evidente que existe muita coisa no relatório que incomoda o PSD e cujas explicações são, no mínimo, bastante difíceis de apresentar.
Sendo assim, esta semana serão colocados 12 outdoors 8x3, na cidade do Funchal, onde se apresentam algumas das ilegalidades mais graves detectadas pelo relatório.
Já tinha dito e volto a repetir, isto não acabou não acaba nem acabará tão cedo. Teremos outras novidades...
O prosseguimento desta abordagem enquadra-se naquilo que são os deveres do maior partido da oposição na CMF: esclarecer e exigir respostas.
Tudo faremos para contribuir para o esclarecimento do que se passou e, de alguma forma ainda se passa, na maior autarquia da Madeira. É fundamental garantir que este processo não sofre o habitual branqueamento, típico da nossa Região onde a pressão do regime, assente no clima de medo e auto-censura, misturado com uma espécie de brando temperamento dos madeirenses, leva a um atípico comportamento de convivência absurda e inqualificável com fenómenos desta gravidade. Mais. Esta situação, aparentemente, nem choca grande parte da consciência cívica da Madeira, mesma algumas mais esclarecidas (se isto não é assim, quem é que me explica o silêncio em torno deste "escândalo"). O habitual é contribuir para passar uma "esponja" sobre o passado.
Não tenho nenhum problema em admitir que é um orgulho viver numa terra de brandos costumes, mas essa característica não pode ser confundida com tolerância sistemática a quem prevarica deliberadamente ou, quase tão grave, a quem foge ao esclarecimento cabal e integral dos acontecimentos, ou ainda, a quem usa os argumentos rasteiros e até indignos, num estado de direito, para defender o indefensável.
Na nossa opinião, nada pode voltar a ser como dantes: existem demasiadas evidências que o que se passou lesa o bem comum, prejudica a cidade e coloca em causa princípios básicos da democracia e de uma sociedade justa e equilibrada. Por isso, o povo, os funchalenses, têm de conhecer o que se passou. Têm de saber afinal qual o conteúdo essencial desse famigerado relatório da inspecção à actividade da CMF em 2003 e 2004.
Lembro ainda, a todos os que visitam este blogue, que as evidências da gravidade da situação têm sido oferecidas (de bandeja) à oposição pelo PSD na CMF. Por isso é bom recordar o que fez o PSD: recusaram, na vereação e na assembleia municipal, a extensão e aprofundamento da auditoria, votaram contra uma comissão de acompanhamento da implementação das recomendações do relatório, mentiram descaradamente na primeira Assembleia Extraordinária usando supostos relatórios do Tribunal de Contas que nunca existiram e, bastante mais grave, faltaram à reunião extraordinária que pretendia um aprofundamento dos esclarecimentos, tendo presente esta fraude detectada depois da primeira Assembleia Extraordinária.
Parece evidente que existe muita coisa no relatório que incomoda o PSD e cujas explicações são, no mínimo, bastante difíceis de apresentar.
Sendo assim, esta semana serão colocados 12 outdoors 8x3, na cidade do Funchal, onde se apresentam algumas das ilegalidades mais graves detectadas pelo relatório.
Já tinha dito e volto a repetir, isto não acabou não acaba nem acabará tão cedo. Teremos outras novidades...
2 comentários:
Ora aí está um exemplo de exercício democrático. Apesar de ter sido o PS-Madeira a divulgar para a opinião pública o Relatório da Inspecção Administrativa à CMF - (e com isso pretender legitimamente dividendos políticos) - estamos perante um acto normal por parte de quem é OPOSIÇÃO.
As virgens recatadas deixaram-se ficar dentro de casa a gritar SOMOS VIRGENS! (Mas ninguém acredita nelas e todos conhecem-nas) - Pois aquelas moças já "rolaram" mais quilómetros que qualquer expedição do Troféu-Camel.
Sugiro que Albuquerque encontre o anedótico ex-Ministro iraquiano da Informação do Governo de Saddam, o Sr. Muhammed Saeed al-Sahaf - que perante os massivos ataques aliados a Bagdad continuava a negar o ÓBVIO - e que aprenda qualquer coisa com ele.
Honra seja feita ao Sr. Al-Sahaf. Ele pelo menos aparecia desafiante a negar o óbvio. Não se escondia atrás da cortina.
Vejo que o PS prepara o terreno para o Cunha e Silva ser o próximo presidente do Governo Regional!
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