É curioso que uma terra supostamente democrática (mas onde os mecanismos da democracia sofrem de uma inoperância aflitiva!) os madeirenses respondam a uma pergunta sobre défice democrático da seguinte forma: 30,8% afirma que sim, que existe, e 24,8% não quis responder (o que pode significar que acha que sim, que existe défice democrático!). Sendo que 44% diz que não!
É muito relevante que 31% (mais 25%, porque não querer é meio caminho para dizer que sim - é o típico síndroma do medo!) não tem dúvidas da existência de um défice democrático...Isto é obra porque na Madeira a consciencialização desta evidente constatação não está aos olhos de todos, precisamente pelo défice democrático. Estamos perante um ciclo vicioso desta espécie de democracia: mais défice, menos consciencialização, ainda mais défice, ainda menos consciencialização, e mais défice...
Temos de romper o ciclo vicioso e, para isso, a comunicação social tem um papel determinante.
2 comentários:
Eu do jeito que vejo essa Madeira não sei se realmente vale a pena trazer filhos ao mundo pra viverem numa terra assim... Bonita vista de fora... completamente podre vista de dentro...
A comunicação social é como a igreja e, nesse particular, salientar dois nomes: Francisco Santana e Teadoro Faria; apoia quem está no poder. Eles são do poder. Ao Dn Madeira não interessa que o PS chegue ao poder, retira-lhes armas para se constituirem como o contra-poder. Só quando cheirar a poder aí sim todos são de quem chegar ao poder. Obviamente numa sociedade madeirense com deficits de participação brutais - imagine-se que para ter opinião sobre um assunto mundial, nacional, etc, à comunicação social regional só interessa pedir opinião ao AJJ. Quem faz opinião, quem é o opinion-maker é o AJJ. E é nessa dialéctica que todos ganham: o Diário ganha dinheiro, o AJJ ganha eleições, e o pessoal fica "esclarecido". Jornalismo rasgadinho.
Zé Kalanga
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