terça-feira, 22 de abril de 2008

A obra V: o fracasso do investimento público


Mas, não é tudo Sr. Dr. João Cunha e Silva.

Dentro da sua própria casa é possível encontrar algumas razões para compreender o seu desabafo: por exemplo repare com atenção na menina dos seus olhos, a actividade das sociedades de desenvolvimento.

Sobre isto dou-lhe mais 3 argumentos para ajudá-lo a explicar melhor a situação difícil da Madeira:
Em primeiro lugar,
o investimento destas sociedades é tipicamente público, de prioridade duvidosa e com retorno financeiro difícil;

Em segundo lugar,
convém apresentar os resultados desse mesmo investimento, dessa obra:

a. Foram 500 milhões de investimento que geraram apenas 194 postos de trabalho. Repare-se que com apenas 172 milhões de apoio à empresas foi possível alavancar 493 milhões de investimento privado e criar 5 200 postos de trabalho. (parece evidente a diferença na qualidade das opções tomadas)

b. Não fixou populações nas zonas rurais (o norte perdeu 20% da população em 20 anos)

c. Expulsou e não atraiu, como devia, o investimento privado

d. Provocará um impacto sem precedentes nas contas públicas. A partir de 2012 sairá do ORAM 60 milhões de euros, durante 10 anos. Com a agravante desses investimentos não libertarem meios para pagar o serviço da dívida. Pelo contrário, ainda contribuirá para aumento das despesas correntes

e. Finalmente, não aproveitou os fundos europeus


Em terceiro lugar, um argumento microeconómico:

todas as sociedades de desenvolvimento estão falidas. O passivo é de 452 milhões e cresceu 50%, de 2004 até hoje.

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