domingo, 27 de janeiro de 2008

Desafio

O conspiração anda muito activo na critica ao governo de Sócrates. Enfim,obviamente que não tenho nada a ver com o assunto, mas o último comentário sobre a política do turismo em Portugal, deixou-me perplexo porque na verdade preocupa-me tudo o que sejam patetices que ponham em causa o desenvolvimento e o bem estar das pessoas. Sendo assim, queria desafiar o conspiração para uma aterragem na política de turismo na Madeira (se é que se pode chamar ao marasmo, aos atropelos, às lutas pessoais, às associações em pé de guerra, aos grupos empresariais sofregamente deslapidando o capital turístico da região e ao desordenamento territorial, de politica!!!) . Uma reflexão e uma opinião séria sobre o que se anda a fazer...Enfim, sinceramente não procuro um debate político mas uma abordagem de consciência. Só uma nota: a Madeira não tem plano estratégico para o turismo e é a região de turismo mais antiga do país. O que de mais parecido existe está inclundo no PENT (Plano Estratégico Nacional de Turismo) que curiosamente apesar de algumas "patetices" ninguém reagiu...Mas...

2 comentários:

Vieille Canaille disse...

Bolero do coronel sensível que fez amor em Monsanto

Eu que me comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste,
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor, a chiclete
Saíste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada



António Lobo Antunes

Anónimo disse...

Quando o turismo bater no fundo na Madeira eu quero ver o que vai ser da economia da ilha....