Uma região dependente do
exterior
Ao longo dos últimos anos o Governo Regional da Madeira tomou opções
de política que conduziram a Região a uma situação de calamidade
económico-social.
A análise de proposta do Orçamento da Madeira para 2010 demonstra
que a Região tem necessidades externas de financiamento que ascendem a 40% do
Orçamento. Ou seja, o ORAM 2010 será financiado por 40% de receitas
extraordinárias e por endividamento externo. Sendo que apenas 60% serão
receitas próprias.
Ora, uma situação desta natureza implicava uma governação adequada
que reúna dois princípios básicos: opção
por políticas ponderadas e responsáveis, na despesa e no investimento; e forte
habilidade negocial.
Marcha atrás na qualidade
de vida
Na prática, a Madeira, cada vez mais, precisa de um governo forte,
credível e com capacidade negocial. Sem estas condições muito dificilmente será
possível manter os níveis de vida dos madeirenses, obrigando-nos a uma marcha
atrás brusca na nossa qualidade de vida.
Pouca influência e fraca
capacidade negocial
Mas, para mal de todos os madeirenses somos fortemente prejudicados
pelo pior dos dois mundos: temos um
governo que ostenta más opções políticas
e um governo que demonstra não estar à altura dos desafios externos que
as negociações de alto nível exigem.
Esta incapacidade negocial, esta ausência de competência para abrir
os corredores da diplomacia institucional a favor dos madeirenses já teve
conseqüências graves:
Foi por isso que já perdemos 500 milhões da UE;
Foi por isso que negociamos mal a Lei das Finanças Regionais;
Foi por isso que não temos uma liberalização aérea com discriminação
positiva para os madeirenses
Foi por isso que o quadro dos apoios comunitários excluem a Madeira
de um conjunto de matérias relevantes, isolando as empresas regionais do resto
do pais;
Aos poucos o PSD da
Madeira, através de uma afronta grosseira e gratuita perante as instituições
relevantes do pais, promoveu o isolamento institucional da região e, com isso, retirou margem de manobra para a resolução de
problemas decorrentes da dependência da RAM de fundos externos e da
mediocridade das opções governativas.
Como uma falência nunca
vem só
Ora, o PSD já levou a democracia à falência, o PSD já levou à
falência a própria autonomia e agora
prepara-se para levar à falência a própria região colocando-a perigosamente à
mercê da bancarrota.
Por isso ALGUÉM tem de
intervir neste destino perigoso que o PSD nos arrasta,
Os tempos de hoje são, por isso, de Alto Perigo. Um perigo que vem
de quem não assume responsabilidades dos seus actos e da sua própria actividade
governativa. O PSD Madeira passou a ser
parte do problema da Madeira.
A dívida a fornecedores: a
praga jardinista
Os atrasos severos aos fornecedores das PME’s da Madeira é uma praga da governação Jardinista.
E a situação hoje só não é pior porque o Programa do Governo da
República, “Pagar a Tempo e Horas” permitiu resolver muitos desses problemas (a
Madeira foi a Região mais beneficiada).
Mas, infelizmente não resolveu tudo até porque o desatino governativo que conduz a encargos assumidos e não pagos
manteve-se e por isso voltou a crescer a divida administrativa da Região.
O bluff do PSD
Perante este problema, da responsabilidade do PSD Madeira, este
tenta transferir responsabilidades para a república.
Numa absurda acção de histeria legislativa a partir da Assembleia da
República o PSD Madeira propõe uma batota aos empresários madeirenses,
oferecendo -lhes uma expectiva já viciada: PSD Madeira não tem peso negocial
nem credibilidade institucional que lhe permita garantir as soluções para os
problemas que cria.
Orçamento rectificativo da
RAM: um processo quase patético
Ora, hoje sabemos que nem o PSD Nacional manterá a proposta do PSD
Madeira de autorização do endividamento no orçamento rectificativo nacional,
colocando em causa o rectificativo da Madeira, proposto pelo PSD M e, sobretudo, mostrando ao PSD M o que vale o
insulto, a grosseria, a ofensa e descredibilização institucional, além do
desnorte processual e governativo. Foi esse o contributo do PSD Madeira
para garantir em troca o endividamento para tapar os buracos que cava sem
qualquer rigor ou responsabilidade.
Os compromissos do GR têm
de ser regularizados
Mas se o folclore do PSD de para o torto , o problema persiste e não
pode ser ignorado.
O grupo parlamentar do PS Madeira repudia as afirmações do Governo
Regional sobre o futuro dos pagamentos às empresas, chutando responsabilidades
para “os outros”.
Proposta de alteração ao
ORAM 2010: Programa “Pague já”
Por isso, o ORAM 2010 tem de apresentar soluções objectivas para
esta questão, tendo em conta a gravidade da mesma e o impacto negativo na
economia e no emprego. Desta forma, apresentaremos uma proposta de alteração ao
ORAM 2010 denominado programa “Pague Já” que terá 3 aspectos essenciais:
1. pagamento, até Junho de 2010 de todos os EANP que configuram a
dívida administrativa do Governo Regional;
2. estabelecimento de um programa especifico para utilização das
autarquias da RAM e Sector Público Empresarial da Região de modo a garantir,
durante 2010, a normalização dos pagamentos a fornecedores
3. Garantir, a partir do segundo semestre de 2010, um prazo médio de
pagamentos de 60 dias, com penalizações concretas e objectivas para
ultrapassagem deste limites.
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