segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A análise do regime

MTC, já nem faço referência ao outro "comentador", faz aquilo que Pacheco Pereira sublinhou  na semana passada: faz do discurso oficial a verdade efectiva. Foi por isso que MTC falou o mesmo, e da mesma forma, que João Cunha e Silva que reagia (numa inauguração dos parques empresariais) contra o estado porque não paga a educação e a saúde na Madeira(!?). Isto é quase hilariante. Mas se formos a ver bem, e se MTC estivesse interessado, este é o reconhecimento de que a autonomia de Jardim é um embuste: regionalizou serviços e ficou com encargos sem mais valias...Mais uma vez uma péssima negociação para a Madeira. O habitual.

Mais ainda. Para MTC também verificou-se grandes perdas da LFR (ora aqui está o discurso do regime, sem sustentação!)). Segundo ele (?), existem uns senhores que fazem contas erradas (imagino quais). Ora, volto a repetir: só existe um local onde se podem retirar os dados das transferências da república, são os orçamentos de estado, o resto é conversa fiada. Ora, se as transferências em 2006 foram 200 milhões e em 2007 foram 204 milhões (nem fui ver se foi assim, é só para exemplo) então a Madeira não perdeu, independentemente de ter sido da compensação (que o governo criou) ou do critério per capita que existia na anterior lei. A verdade é que numa análise efectiva e sustentada, onde é possível apresentar todos os dados, de 6 anos (3 anos antes e 3 anos depois da nova LFR) a Madeira recebeu menos 6 milhões. Mais nada. 

Caro MTC lamento, sinceramente,  a sua singela ligeireza na análise dos fenómenos financeiros da RAM e a sua exagerada tendência para o discurso oficial, porque também nisto, como outros, esqueceu-se do essencial e quase indispensável para ser levado a sério: demonstrar que a nova lei fez a Madeira perder 200 milhões. Impossível, não é? 


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