1.
O
orçamento do Governo do PSD insiste
no erro que levou à perda de 500 milhões de euros e à negociação
prejudicial para os madeirenses da LFR. Era fundamental um posicionamento
transparente no que respeita à análise do desenvolvimento da Madeira. Das duas
uma: ou prescindíamos da apresentação do PIB pelas fragilidades que apresenta
ou complementávamos a sua divulgação com outros indicadores complementares. O PSD não faz uma coisa nem outra,
colocando a Madeira no rol das regiões mais ricas, portanto não elegíveis para
a coesão.
2.
Além
disso, verifica-se uma óbvia tentativa do governo e do PSD em colar a situação
da Madeira à crise internacional. Ora, se é verdade que esta aprofundou o
espectro da crise regional. É preciso sublinhar que as opções de política do
Governo do PSD da Madeira não foram neutras no agravamento desta crise. A
gestão irresponsável e imponderada dos dinheiros públicos, o desastre das
opções de investimento público baseados em variáveis fantasiosas (que afastou o
investimento privado), o desperdício e a irracionalidade na eleição das
prioridades de governação retiraram margem de manobra ao governo para conter a
crise e atiraram a Madeira para uma calamidade económico-social.
3.
Para
ultrapassar a crise é preciso estratégia e medidas certeiras: precisamos de
menos carga fiscal (o esforço médio por
cada madeirense é de 2 905 euros, contra um esforço de 2 390 euros por parte
dos açorianos. Pagamos mais e obtemos menos); precisamos de apoios
complementares para os idosos; precisamos de um combate sério á pobreza, com
meios e com objectivos; precisamos de um reforço do ambiente empresarial
apoiando as empresas na internacionalização, na inovação na produção de bens
transacionáveis. Precisamos urgentemente de tudo isto mas o ORAM 2010 não dá
nenhuma esperança nesta matéria.
4.
Mas
não é tudo: O ORAM 2010 é tímido, insuficiente e até nulo nas medidas necessárias
para devolver a esperança aos madeirenses. não existem soluções para os
principais problemas das famílias, sobretudo as que vivem no limiar de pobreza
e onde o reforço do subsidio de insularidade minimizava riscos maiores de
exclusao; não se vislumbra o necessário reforço do ambiente económico para as empresas, com medidas
concretas que garantam o emprego e limitem o aumento do desemprego,
designadamente com um combate aos custos de competitividade, onde os transportes
ocupam um lugar central; não encontramos medidas de contenção do endividamento;
não existem medidas de redefinição do plano de investimentos; não estabelece,
como devia, o reforço da diversificação da economia, através de soluções e
investimentos concretos.
5. Por
tudo isto, O grupo Parlamentar do PS Madeira receia que o ORAM 2010, da
responsabilidade do PSD, com receitas dos madeirenses mal utilizadas vai contribuir decisivamente que 2010 seja
bastante pior que 2009, designadamente com:
a.
Aumento
do desemprego
b.
Aumento
das falências
c.
Aumento
as bolsas de pobreza
d.
Aumento
da insegurança
e.
Aumento
da desconfiança junto dos empresários
f.
Aumento
de forma irresponsável do endividamento para objectivos pouco prudentes
g.
Afastamento
irreversível do investimento privado, com investimento público irrealista,
irracional e sem retorno
h.
Consolidação
do ónus para as gerações vindouras, hipotecando a esperança dos nossos filhos
6.
O
Grupo Parlamentar do PS Madeira não pode ficar insensível a esta matéria mas
não deixa de lembrar as responsabilidades a quem governa. É o PSD que tem de explicar aos madeirenses o que anda a fazer com o
nosso dinheiro. Apresentaremos soluções alternativas que nem são originais,
são quase óbvias a uma governação séria em face do diagnóstico da Madeira.
Estamos a preparar e a redefinir medidas que ainda apresentaremos esta semana
mas não temos ilusões as responsabilidades são do governo. A crise que a
Madeira vive é culpa do governo e da sua insensatez.
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