quinta-feira, 7 de maio de 2009

Transpotes maritimos:está tudo errado...

A incapacidade e incompetência, ou mesmo a falta de vontade política por parte do GR no que respeita às soluções adequadas aos transportes de mercadorias e pessoas de e para a Madeira não pode ser encarada de ânimo leve.
Perante uma crise da dimensão actual, perante o aumento significativo dos índices de pobreza na Madeira, perante o crescimento imparável do desemprego esperava-se que nesta matéria estrutural o GR do PSD actuasse de forma definitiva e irreversível, encontrando as soluções que permitam aos madeirenses consumir produtos mais baratos e às empresas reduzir a factura de transporte que as torna menos competitiva.
Há muitos anos que existe o diagnóstico mas, infelizmente, há muitos anos que os madeirenses esperam e desesperam por soluções que não surgem.
Vamos aos factos:
1. O monopólio, sem contrapartidas, do Porto do Funchal e depois do Caniçal no que respeita à operação portuária é uma barreira incompreensível às necessárias soluções para esta questão.
O GR sabe disso, a mudança depende do GR mas, mesmo assim, não se vislumbra nenhuma alteração da situação actual. O Governo pode mas não faz.
2. Verifica-se no âmbito dos armadores uma concertação de preços clara e deliberada, impedindo o funcionamento da concorrência, apesar da existência de cinco empresas. O GR sabe, o GR pode actuar. Mas o GR nada faz sobre esta questão, obrigando os madeirenses a pagar mais caro.
3. A entrada do navio ARMAS na linha Funchal / Portimão foi um espécie de pedrada no charco que permitiu demonstrar existir condições para que a concorrência conduza a transportes de mercadorias mais baratos. O GR sabe de tudo isto mas não teve nenhuma atitude proactiva que permita garantir não só a manutenção da viagem mas o seu alargamento.
4. Infelizmente, o GR, de forma insólita e indo contra todos os interesses dos madeirenses criou problemas à operação ARMAS, colocando seriamente em causa a possibilidade factual de bens alimentares e matérias primas mais baratos na Madeira, decorrente de um transporte mais competitivo.
5. O Grupo Parlamentar do PS M sugeriu directamente à Secretaria responsável pelos transportes que tudo fosse feito de modo a aproveitar esta demonstração do valor do mercado, com a entrada do ARMAS, de maneira a resolver a questão estrutural dos transportes de mercadorias. E sublinhou ser inconcebível criar obstáculos de qualquer ordem a uma operação tão estrutural para a Madeira.
6. O Grupo Parlamentar do PS Madeira, apresentou uma proposta à Senhora Secretária, em audição parlamentar, no sentido de integrar as viagens entre Portimão e Funchal, com a linha de Porto Santo de modo a introduzir concorrência e assim garantir preços mais baixos de transporte de pessoas e mercadorias entre Madeira e Porto Santo. O GR sabe desta possibilidade mas evita discuti-la e até equacionar mesmo que esta postura prejudique os madeirenses.
7. O Grupo Parlamentar do PS Madeira, numa Comissão de inquérito por si solicitada, provou não ter existido justificações para o prolongamento antecipado (quase 10 anos) da linha Madeira Porto Santo (precisamente na altura da entrada do ARMAS no mercado de transportes da Madeira).
8. O GR fingiu que não percebeu que os Madeirenses e Portosantenses podiam beneficiar de transporte mais barato entre Madeira e Porto Santo com opções mais sérias e adequadas aos interesses dos madeirenses.
9. Face a esta cenário de verdadeira bandalheira e crime aos madeirenses no quadro dos transportes marítimos esperávamos que, num clima de crise e recessão, existisse bom senso e sensibilidade do GR de modo a potenciar o transporte mais barato de pessoas e mercadorias
10. Infelizmente, ficamos hoje a saber que, mais uma vez, que aparentemente o GR, através da Administração dos Portos, não criou as condições adequadas para garantir a viagem extra do Naviera ARMAS, num registo inadmissível de afronta ao bem estar dos madeirenses.
Proposta
Sendo assim, o Grupo Parlamentar do PS Madeira, quer ver esclarecida mais esta trapalhada da gestão dos transportes marítimos da Madeira e defenderá a criação de todas as condições de modo a garantir mais uma viagem e, portanto, mercadorias mais baratas para o s madeirenses.
Para o efeito solicitaremos em audição parlamentar a presença da administração da Naviera ARMAS e da Administração dos Portos de modo a esclarecer os obstáculos à manutenção da operação extra.

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