segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tenha juízo senhor LFM!

Caro LFM quando não se sabe e apenas se é capaz de papaguear estatisticas, o melhor é fazer mesmo isso: papaguear e não fazer mais comentários. Interprete este comentário não como uma ofensa pessoal mas um esforço pedagógico no sentido de trazer seriedade ao debate sobre o estado da economia da Madeira e, sobre essa matéria, V. Exa. tem de convir que não basta falar do PIB (por muito que esse indicador seja importante!).
Sendo assim, queria lembrar mais uma vez ao Senhor LFM que é desonesto intelectualmente quem ignora: o aumento do desemprego, o mau resultado em termos de rendimento liquido das famílias, o pior índice de despesas das famílias (não porque são mais poupadas mas porque não têm dinheiro) entre outros indicadores como a pobreza e todos os maus resultados em termos das vaiáveis ao nível de uma eventual estratégia de Lisboa, aplicada à RAM.
Sendo assim, sublinho pela n-ésima vez que o PIB está afectado pelas imputações anómalas da Zona Franca. Isto é fundamental porque simplesmente quer dizer que parte significativa do PIB não contribui para o bem estar dos madeirenses. Estamos entendidos? Isto não é política. É análise macroeconómica sem conteúdo político!
Por isso, uma governação séria, devia, há muito tempo, tentar esclarecer junto do INE qual o PNB regionalizado de modo a avaliar as opções de política económica do seu governo. Infelizmente, por motivos óbvios, o PSD não quer saber disto porque quando souber e, sobretudo, quando todos os madeirenses souberem, será difícil explicar as asneiras do passado que levou à perda de muitos milhões de euros da UE, além da óbvia perturbação na discussão da LFR, onde um governo que dizia governar uma região rica, quis ser tratado como pobre (incongruências que não se podem esquecer).
Por isso, Senhor LFM tenha juízo não tente com a sua habitual tentação disfarçar o que manifestamente não tem condições para sustentar...A economia da Madeira não está "assim assim", está num processo difícil e penoso, como resultado de um conjunto significativo de opções erradas e de prioridade duvidosas. Sobre isto não tenho nenhumas dúvidas. Se quer um debate sobre esta matéria exerça as suas influências na comunicação social, que tanto gosta de elogiar, e conte comigo que não o desiludirei!

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