Sou dos que defendem que o Presidente da República tem elevadas e incontornáveis responsabilidades em garantir o cumprimento da constituição e em assegurar uma democracia saudável em todo o território português. Por isso, considero que no que respeita à RAM há um enorme défice de intervenção (diria até que há falhas graves na condução das suas funções) ficando bastante aquém do que devia ser exigido. Mas este não é um discurso novo, nem sequer se limita à actuação de Cavaco Silva, embora tenha sido no mandato deste que situações de enorme gravidade têm ocorrido. Mas o que é novo e até surpreendente é o conteúdo da peça do DN de hoje onde supostamente existe muita gente a pedir a intervenção de Cavaco por causa das supostas más relações entre governo regional da Madeira e governo da República. Ora, era bom que alguém esclarecesse de onde vem essa vaga de fundo para a intervenção de Cavaco Silva nesta matéria e, sobretudo, a sua relevância, até porque a origem do problema está precisamente em quem pede a intervenção de Cavaco? Neste momento, considero que essa suposta necessidade de intervenção lançada pelo Senhor Jaime Ramos (valendo por isso o mesmo que a credibilidade deste senhor!) está bastante atrás da necessária intervenção por causa do rombo democrático e ainda da já premente necessidade de alguém fazer algo pela mediocridade governativa que temos vindo a assistir nos últimos tempos, em particular a incapacidade de ultrapassar situações difíceis com a que os madeirenses vivem hoje... Por isso, sobre intervenções do Presidente da República era bom esclarecer prioridades e necessidades efectivas.O resto é propaganda!
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 23 horas
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