Foi há quatro anos, precisamente por estas alturas, em Dezembro de 2004, que o Presidente Jorge Sampaio decidiu dissolver a Assembleia da República. Importa lembrar as razões apontadas por Sampaio para esta decisão: “...sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações...” do executivo em funções, o que “...criou uma grave crise de credibilidade do Governo”.
Parece consensual, para quase todos, mesmo os que fingem não saber de nada, que incidentes, contradições e descoordenações são o “prato forte” do dia a dia do Governo do PSD na Madeira. Mais grave é que este governo já ultrapassou, há muito, as “contradições e descoordenações”, que no entender do então Presidente da República foi razão, quase consensual, para destituir a Assembleia. Essas, infelizmente, banalizaram-se e fazem parte de um exercício do absurdo, quase um concurso de qual o governante mais patético, menos coerente e capaz de aprofundar, ainda mais, o fosso de credibilidade deste governo.
Declarações insólitas sobre a pobreza e afirmações atípicas sobre a aplicação da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez, assaltaram a opinião pública mas mantiveram impávido Jardim Ramos, o Secretario dos Assuntos Sociais; negociar um mau acordo de transporte aéreo, elogiar pomposamente esta abordagem e depois criticá-la, propondo medidas que arruínam os termos do acordo assinado, foram comportamentos da responsável pelo turismo e transportes que, ainda recentemente afirmou que o mosquito de “Santa Luzia” era bom para o turismo da Madeira porque assim podíamos concorrer com destinos tropicais, não satisfeita, mudou toda a administração dos Portos, seguindo a máxima de mudar tudo para ficar exactamente na mesma; João Cunha e Silva não tem papas na língua e afirma na ALRAM que nenhum madeirense pagará um euro dos “sofridos” investimentos das Sociedades de Desenvolvimento. Sobre isto, o Tribunal de Contas reitera o que já havia escrito: falência técnica, endividamento excessivo e, ainda por cima, contratos com Governo Regional para pagar despesas correntes. Afinal, os madeirenses vão pagar duas vezes. Nada que perturbe o Vice Presidente que afirmou que os madeirenses têm de pagar combustíveis mais caros porque o nosso PIB é mais elevado(?!); mas Brazão de Castro está na corrida destas magníficas tiradas e, apesar das evidências da subida do desemprego, insiste em encontrar argumentos para reafirmar o que ninguém vê: a descida do desemprego. Ventura Garcês, Secretario das Finanças disse antes do Verão que não havia crise mas chegou à Assembleia e fugiu-lhe a boca para a verdade e já mudou de ideias...Enfim, vale a pena dizer que estes senhores têm a quem sair...
C'ma Diz O Outro #100
Há 1 dia
1 comentário:
É o circo Jardinalli e as suas feras amaestradas! looool
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