sábado, 27 de fevereiro de 2010

O oportunismo e as responsabilidades

Considero que está a chegar a altura para um balanço de responsabilidades.  Por isso não tenho qualquer restrição de principio em afirmar que existem culpas políticas e civis, quer no plano do Governo Regional, onde AJJ é a figura principal, quer no quadro autárquico, onde Miguel Albuquerque é o seu mais óbvio representante.


Numa sociedade moderna, livre e com uma democracia madura estas constactações seriam levadas até às últimas consequências. Não apenas no plano político, mas também no plano criminal, quer pelas consequências geradas ao povo, quer, num quadro mais individual, pela circunstância de muitas pessoas terem perdido a vida por opções erradas e ilegais. 
Além disso, e também muito relevante, considero que também não é possível ignorar que numa semana de sofrimento e tragédia, os principais protagonistas do poder regional demonstraram não estar à altura dos acontecimentos e, principalmente, provaram que na sua disputa interna de poder vale tudo, até levar ao extremo o oportunismo perverso e intolerável.
Na verdade, todos observamos o aproveitamento indigno da conjuntura de calamidade, numa autêntica representação teatral em busca de notoriedade pessoal, garantindo assim mais valias para futuros embates internos dentro do PSD. Só assim se compreende os atropelos das conferências de imprensa; os comunicados contraditórios; a insistência de AJJ que só há uma verdade oficial (que parece óbvio mas não deixa de ser estranho que Albuquerque tenha-a ignorado!); que os assessores do Vice Presidente tivessem andado que nem loucos a tentar "encomendar" entrevistas (de preferência no meio do teatro da tragédia) com João Cunha e Silva de forma a impedir o avanço de notoriedade (que fazia conf. de imprensa diárias) de outro Delfim, Miguel Albuquerque. 


Tudo isto aconteceu na Madeira num dos piores momentos da sua história. Onde esperávamos contenção, coordenação, harmonia e discurso de mobilização entre todos. Tivemos, oportunismo, confusão, descoordenação e disputa de poder interno.

1 comentário:

Anónimo disse...

OH Carlos.. isso não é nada. E os divertidos que telefonavam para os diários irem a certos sitios lhes tirar fotografias enquanto eles faziam de "voluntários"?Um verdadeira feira de vaidades.!