Ainda escrevo com um nó na garganta. É duro encarar o drama que caiu sobre a nossa cidade e, sobretudo, aceitar a morte de dezenas de pessoas que pagaram caro de mais os efeitos desta tragédia sem nome!
Mas é altura para reflectir. É preciso garantir 4 questões essenciais:
1. o apoio incndicional às vitimas deste temporal de modo a minimizar o seu sofrimento;
2. a garantia do apoio de meios externos (da república e da UE) para recontruir a cidade tendo presente a calamidade pública que vivemos;
3. o apuramento de responsabilidades de modo a saber se a forte intervenção a que o Funchal foi sujeito nos últimos anos de forma descontrolada e as decisões de construção junto das ribeiras ou mesmo dentro delas foi ou não responsável pela gravidade dos factos. Esta questão é indispensável para salvaguardar o interesse comum e permitir actuar com responsabilidade. Face ao drama que vivemos se existem culpas elas devem ser apuradas e os seus actores responsabilizados.
4. preparação de uma carta geral de riscos construida de forma séria, de modo a garantir um futuro mais cauteloso face a fenómenos desta natureza. Esta deve ser uma prioridade absoluta, paralelamente à necessidade de estabelecer um plano de socorro da cidade. Apesar dos esforço das autoridades verificaram-se falhas e omissões lamentáveis que devem ser imputadas não a cada um dos intervenientes mas à ausência de uma estratégia séria e consolidada de defesa da cidade perante este tipo de fenómenos. Espero que agora todos percebam a importância desta matéria que há muito temos vindo a reclamar. Eu próprio enquanto vereador propus uma abordagem desta natureza que foi chumbada pelo executivo da autarquia do Funchal!
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 4 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário