domingo, 30 de janeiro de 2011

A injustiça e o desacerto do PSD

Tendo em conta que hoje já é consensual que o Governo do PSD da Madeira tinha poderes constitucionais para não aplicar as medidas de austeridade sobre os funcionários públicos (a prova objectiva é o que está a fazer o governo açoriano) importa clarificar o que considero ser uma anormalidade política mas que, infelizmente, tem passado impune.
Então porque razão o PSD e o Dr. Jardim iniciou esta perseguição aos funcionários públicos da Madeira? Depois de ter pedido um estudo sobre a administração pública regional meteu-o na gaveta e manteve a desorientação e, sobretudo, o "enchimento" desproporcional da administração pública da Madeira, ao ponto de a transformar na mais pesada do país. Estes erros graves que têm a sua origem no estilo de governação jardinista, onde o silêncio compra-se com lugares e mais lugares, ocorreram ao longo de largos anos e não são da responsabilidade dos próprios funcionários públicos. Aqueles que hoje trabalham na adminstração pública regional estão lá por direito próprio. Cabe ao Governo encontrar saídas equilibradas, justas e nas alturas certas. Ora, é inadmissível que o Dr. jardim em plena crise, com origem em opções da sua governação, decida penalizar fortemente apenas um sector da Região. Pior, não é possível compreender, ou mesmo aceitar, que no mesmo ano em que o Dr. Jardim exige sacrificios aos funcionários públicos não dá o exemplo, exigindo o fim das loucuras de investimentos de interesse duvidoso, o fim da construção de estádios de futebol ou mesmo da continuação da operação totalmente falhada das sociedades de desenvolvimento. Assim, em consciência jamais é possível aceitar cortes nos funcionários da adminstração pública regional sem, ao mesmo tempo, fazer uma ruptura com o regabofe jardinista nas sociedades de desenvolvimento,no futebol profissional ou nas empresas públicas consumidoras de recursos escassos. Mais, no plano da justiça social, se o Governo Regional apresentasse um plano sério de contenção da despesa pública (acabando com muitos escândalos que estão confirmados no ORAM2011) e, mesmo assim, ainda fosse necesário (mais contenção) penalizar os cidadãos madeirenses com mais sacifícios, então teriam de ser sacrificios para todos e não apenas para os funcionários públicos pelo que, assim, a melhor solução seria a via fiscal (que afecta todos) e não a redução de salários (que só afecta os funiconários públicos!).

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