No inicio das comemorações dos 500 anos da cidade do Funchal esperava mais. Muito mais. O orçamento é elevado mas faltam ideias, arrojo e uma reflexão para o futuro. Como sempre, Miguel Albuquerque debitou banalidades e AJJ ofendeu todos os que discordam da suas políticas (não necessariamente da pessoa). O Funchal e os funchalenses esperavam, estou certo disso, uma oportunidade para debater as soluções sobre os problemas fundamentais que assolam a nossa cidade: ordenamento, questões sociais, soluções estruturantes para as zonas altas, posicionamento cultural da cidade, discussão séria sobre a corrupção...Além disso, era a oportunidade para lançar um debate alargado e participativo com envolvimento de todos e com participações externas sobre o que pode ser o Funchal nos próximos anos...
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 14 horas
2 comentários:
O melhor presente de aniversário foi ontem noticiado pelo PÚBLICO, assinado pleo correspobndente Tolentino de Nóbrega:
"Nos 500 anos da cidade
CM Funchal recebe auditoria do Tribunal de Contas
02.01.2008
O plano de actividades da secção regional do Tribunal de Contas (TC) prevê a realização, em 2008, de uma auditoria à Câmara Municipal do Funchal, que este ano festeja os 500 anos de elevação a cidade. O vasto programa comemorativo, com um orçamento de 4,5 milhões de euros, inclui uma visita oficial do Presidente da República, a 18 e 19 de Abril, à capital madeirense, criada por D. Manuel na sua carta régia de 21 de Agosto de 1508.
Inevitável, depois de o procurador adjunto na secção regional do TC ter decidido não requerer o julgamento dos factos susceptíveis de integrar infracções financeiras na inspecção à câmara efectuada pelo Governo, esta primeira auditoria ao município funchalense decorrerá em simultâneo com a investigação por parte do Tribunal Administrativo do Funchal a inúmeras ilegalidades, igualmente detectadas pelos inspectores, e que poderão determinar a perda de mandato dos autarcas responsáveis por graves violações aos planos urbanísticos verificadas na aprovação de projectos de promotores imobiliários ligados ao PSD".
As comemorações dos 500 anos da Cidade do Funchal correm o risco de ficarem manchadas pelo desenvolvimento natural dos vários inquéritos judiciais que pendem sobre alguns dos seus titulares e dirigentes.
É caso para dizer que o Funchal após meio milénio de história, merecia outro quilate na sua representação na evocação de tamanha solenidade.
O Município do Funchal está a ser "assaltado" por dirigentes políticos "feitos à pressão" e por outros que mantêm vícios incortonáveis para prejuízo do concelho e seus munícipes.
Uma vez mais no programa de comemorações atende-se ao acessório e aos "faîts-d'hivers" de ocasião, sem ter a mínima preocupação com os funchalenses e a requalificação da sua cidade e consequentemente da sua qualidade de vida. Assistem-se cada vez mais a atropelos nos vários Planos e outras ferramentas de ordenamento do território, descaracterizando-se a sua matriz, o seu traço e ofendendo a sua história e violando os seus regulamentos.
Numa época em que a maior cidade de Portugal está a fazer um efectivo esforço de livrar-se de esquemas de corrupção exonerando directores e chefias, no Funchal essa "malta" permanece "engordando"!
Pelos vistos talvez seja a sina do número 500, com que o Funchal não se consegue livrar.
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