Conheci o arquitecto Luís Vilhena quando o convidei para integrar a lista do PS à CMF nas últimas eleições. Conhecia apenas a sua opinião e a sua inteligente e corajosa intervenção em prol de uma cidade melhor. Bastou uma reunião de 45 minutos para ficar com a certeza que o Luís tinha o conhecimento e a personalidade adequada para desempenhar de maneira exemplar o lugar de vereador responsável pelo ordenamento no Funchal. Tenho a certeza que não me enganei. Ao longo de 2 anos fui observando o espírito de missão do arquitecto do sobrevoando (http://sobrevoando.blogspot.com/), que não deixou ninguém indiferente, desde restante oposição e vereadores executivos. A sua honestidade intelectual, a sua frontalidade e, sobretudo, o seu conhecimento efectivo do que falava obrigou a um reconhecimento inequívoco de todos. Foi ele que foi "ensinando", a todos sem excepção, as razões fundamentais da defesa de um melhor ordenamento e planeamento. Não tenho qualquer receio de dizer que aprendi muito conversando e ouvindo as suas explicações sobre o que deve ser feito e por razão deve ser alterada a política de ordenamento na Região e sobretudo na cidade do Funchal. Fez tudo isto colocando em causa a sua actividade liberal, perdendo clientes convencidos que com o Luís seria mais difícil aprovar um projecto!? Como se esta constatação já não fosse suficientemente grave para a sociedade reagir contra uma autarquia afundada em suspeitas e em práticas sistemáticas de ilegalidades que indiciam corrupção efectiva. Mas o que mais me entristece é que eu sei disto e muitos outros também, porque acompanharam este importante trabalho cívico. O que mais me entristece é que uma sociedade que devia valorizar e defender o trabalho de pessoas como o arquitecto Vilhena, pelo contrário viram as costas e deixam-se convencer por uma "campanha sem nome", procurando colocar em causa a credibilidade do vereador eleito em nome do PS na CMF e que serviu os Funchalenses com dignidade, inteligência e seriedade. Para alguma comunicação social nada disso é importante. Pelo contrário, relevante é o esquecimento na entrega na declaração de património que apesar de entregue fora de prazo mereceu do TAF pena máxima ao vereador: perda de mandato. O silêncio em torno desta situação por parte da sociedade, dos jornalistas e dos protagonistas da justiça que ousaram ser cegos a bem de um valor que não consigo explicar, tem um preço muito elevado. Daqui para a frente receio que a atenção ao planeamento e ordenamento na CMF entre em autêntica roda livre e, infelizmente, resta-me a mim e aos funchalenses, ter esperança para que os próximos dois anos passem muito depressa e que Deus nos ajude.
C'ma Diz O Outro #100
Há 10 horas
4 comentários:
Num primeiro momento pensei que a pessoa em apreço teria falecido pois não é comum fazer-se elogios a pessoas ainda vivas! LOL!
Parece que a perda de mandato é a única coisa que a lei prevê.
Não houve recurso da sentença?
Já meteram a acção de perda de mandato do Presidente da CMF?
Também não sei como raio tanta gente se foi descuidar de uma coisa tão importante como a entrega da declaração de rendimentos... Não conheciam a legislação? Não foram avisados a tempo? Mesmo assim, acho muito mau um tribunal tirar o poder ao povo por uma coisa tão estúpida como esta pois o povo votou para ter aquele vereador alí e um tribunal rasca o tira do sítio. Cada vez mais me convenço que os advogados e os tribunais em Portugal são tudo um bando de personas non-gratas. Aprovam e aplicam leis como estas sem pensar nas consequências e ninguém contesta para as mudar...
Mas não é verdade que o vereador da CDU tambem entregou a declaração fora de prazo e nada lhe aconteceu? Porque acha que o tribunal teve uma opinião diferente? Mesmo assim os vereadores do PS deveriam ter tido mais cuidado pois nesta terra é fácil criar armadilhas para a oposição cair e todos sabemos que os tribunais funcionam tambem com pressões, e de que maneira!...
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