O indicador de intensidade turística avalia a pressão exercida pelos turistas que
permaneceram em determinado território, no ano de referência e é calculado através da razão entre o nº de dormidas (em milhares) nos estabelecimentos hoteleiros e similares ao longo do ano de referência e o nº de residentes (em centenas). De acordo com Environment and Tourism in the Context of Sustainable Development, (DGXI-EC, 1993), esta razão é considerada sustentável se fôr inferior a 1,1 dormidas por residente (1,1:1); é considerada pouco sustentável entre 1,1 e 1,5; e é considerada insustentável se fôr superior a 1,6.
Procurando fazer as contas com o caso Madeira e tendo presente os últimos dados disponíveis (2005) o cálculo deste indicador dá-nos um valor de 2,3, o que significa de forma muito clara que este indicador de intensidade turística coloca a Madeira como um destino de turismo insustentável.
A presença da Madeira na BTL infelizmente não deu nenhuma indicaçãop de que este cenário poderá ser altertado. Na minha opinião há muito trabalho para fazer. Isto significa ser fundamental mudar a estratégia (é preciso uma reflexão profunda com envolvimento sério de todos!) de modo a recolocar o destino numa lógica de qualidade, onde menos turistas trazem muito mais valor.
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