sábado, 19 de janeiro de 2008

O circo




A ACIF-CCIM não merece, pela sua história, pelo seu contributo para a economia regional, pelo seu peso institucional, os últimos tempos da sua vida. O que se passou recentemente é o corolário de uma situação imposta por alguns grupos empresariais, que não representam o essencial do sector privado da Madeira, mas que exercem o seu peso de acordo com as vantagens e dividendos auferidos do governo regional e da governação. É evidente que Francisco Santos tinha de voltar. Não por ele porque claramente sai desgastado e com uma credibilidade bastante reduzida (ter dito que acabou para a vida pública e voltar em menos de dois dias é manifestamente absurdo...). Tinha de voltar porque o governo e o grupo pestana não podia perder esta batalha. Foram eles que o colocaram lá. Junta-se no fim de tudo isto (pelo menos publicamente) o grupo Sousa. Porquê? Alguém conhece um grupo económico com mais interesse em manter uma direcção amorfa e absolutamente rendida aos interesses públicos do que o grupo que controla, em monopolio, os transportes marítimos e tudo o que isso significa? é claro que não. Mas é incrível que Francisco Santos tenha dito de forma clara: não houve uma vaga de fundo, fui pressionado pelo Pestana e Pelos Sousa's. Segundo ele isto é uma boa pressão!!! Estamos conversados. Apesar de tudo a ACIF é dos empresários. De todos os empresários. Deviam ser eles a reagir e a impedir, de forma categórica, esta humilhação. Sei que muitos discordam do que aconteceu. Sei que muitos gostariam que houvesse eleições. Mas infelizmente este regime criou um clima de medo, ameaça e chantagem que impede uma manifestação livre de opinião. Apesar de tudo era preciso mais coragem. São os interesses da Madeira que estão em jogo, além do que os interesses do sector privado há muito que andam pela rua da amargura... Todos perdemos...

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