Já se sabia que o Governo Regional estava mal preparado e encarou esta oportunidade com a Troika de forma leviana e politicamente oportunista.
Qualquer contacto com a Troika implicava 1 de dois caminhos: 1)falar a verdade, apresentar os números adequados da divida da RAM, reconhecer o descontrolo e descalabro das contas públicas e assim apresentar uma agenda económica e social que assegurasse o controlo do despesismo e desperdício por parte do Governo Regional e, ao mesmo tempo, garantisse os estímulos à economia e as medidas de política social adequadas que permitissem salvar as famílias madeirenses da sua própria falência; 2) ou fazer o que infelizmente fez o Governo Regional: esconder a realidade e não centrar a sua atenção nos interesses das famílias madeirenses dos desempregados, que são cada vez mais e em número exponencial, e das empresas, cujas falências já apresentam valores record na Madeira, mas sim focar a sua energia e determinação em interesses privados (distantes do interesse público) e que constituem uma arma de arremesso político, mesmo que isso ponha em causa o interesse geral da Madeira.
O relato do Dr. Jardim não deixa margem para dúvidas: este governo regional comporta-se como uma associação sindical de terceira categoria, deixando por onde passa um rasto de mediocridade e vergonha. Quando as famílias, os desempregados e as empresas da Madeira esperavam uma defesa incondicional da sua situação e portanto um relato sincero e construtivo de descalabro económico e social da RAM, foram traídas por um governo mais interessado em defender exclusivamente a Zona Franca e portanto concentrar energias e esforços nas soluções de grupos económicos afectos ao jardinismo. Sem surpresas...
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