quinta-feira, 21 de abril de 2011

Preparar uma agenda económico e social adequada à RAM



Contas Públicas descontroladas, três medidas urgentes:

1)saber toda a verdade sobre a dimensão do buraco financeiro
2)aplicar austeridade sobre o governo e o seu despesismo e desperdício
3)salvaguardar empresas e famílias e não aplicar austeridade e mais sacrifícios sobre estas (apenas em último recurso, caso o buraco seja ainda maior e insuperável)

A Madeira está em verdadeiro descontrolo: enquanto o desemprego, a pobreza e as falências crescem como cogumelos na RAM o governo responde com pistas de patins, elevadores, discotecas, praças, gimnodesportivos e piscinas. Tudo isto e ainda desperdícios e mordomias inadmissíveis.

Este comportamento parece estar próximo do foro psiquiátrico porque nenhum madeirense compreende que o Governo Regional nada possa fazer para sossegar e ajudar as populações.

Neste momento, perante o estado avançado de descontrolo da governação precisamos de certezas para traçarmos um caminho responsável e adequado à nossa realidade.

Mais de 6 mil milhões de euros de responsabilidades financeiras é apenas a ponta do iceberg. Na verdade ninguém sabe ao certo qual a verdadeira dimensão  das contas da RAM. Até hoje só sabemos que são superiores a 6 000 ME. Só mesmo o Governo Regional poderá clarificar de uma vez por todas esta situação.

Está na hora de sabermos toda a verdade para que as medidas e politicas futuras sejam justas, equilibradas e respondam a um programa de desenvolvimento sustentável.

Por outro lado, diz o governo que quer ser ouvido pelo FMI.
Para que a Madeira não seja o bombo da festa ridicularizada pelas insensatas posições do PSD M, o PS M apresentará um projecto de resolução na ALRAM com o desafio ao governo para preparar uma agenda económico e social que defenda os madeirenses das medidas duras que serão implementadas no país. O nosso registo mantém-se e manter-se-á até o Governo mostrar que já não tem espaço de manobra para cortar no investimento sem prioridade e no seu despesismo e desperdício.
As famílias e as empresas não devem pagar a factura do descontrolo do Governo. Os seus sacrifícios deverão ser os últimos, e em último recurso, caso o descontrolo das contas públicas seja ainda mais grave do que se sabe.

Do nosso ponto de vista só admitiremos mais austeridade sobre as famílias e empresas depois de serem esgotadas todas as formas de acabar com o despesismo e desperdício no governo regional. Quando o governo mostrar  que paga o que deve, que não faz obras burlescas, que não estoira o dinheiro em megalomanias, que racionaliza os apoios ao desporto, que reestrutura os compromissos ruinosos do passado,  que tem o seu sector público empresarial controlado (fechando o que não interessa), que contém os salários dos gestores públicos a níveis razoáveis e de acordo com a performance das empresas.


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