sexta-feira, 13 de julho de 2007

Perguntas sem resposta


O Diário de Noticias da Madeira do dia 11 de Julho errou na forma como divulgou as notícias do debate parlamentar no que respeita aos pedidos de esclarecimento efectuados por mim ao Senhor Vice Presidente. Sendo assim, permitam-me que reponha a verdade: em primeiro lugar, o pedido de esclarecimento foi longo (cerca de 10 minutos) porque antes das perguntas apresentei aquilo que dominei os vários paradigmas que sustentam a situação económica hoje na Madeira, designadamente, a regressão do sector do turismo, o excesso de betão decorrente de investimentos públicos mal avaliados, uma administração pública ineficiente e pesada, um sector privado frágil e de pequena dimensão, uma dívida significativa a merecer cuidados superlativos e uma redução significativa dos meios de financiamento. Face a este cenário bastante dificil, coloquei as seguintes questões que não tiveram resposta:


1. Qual o plano de V. Exa. para contrariar este ciclo vicioso e criar riqueza e emprego?


2. Qual a estratégia para a diversificação da economia? Diversificar com que sectores?


3.Como parece que o IDE pode ser uma das molas da diversificação, qual a estratégia que V. Exa. preconiza? Em que sectores, qual o pacote de incentivos?


4.Qual o conceito de Investimento Directo Estrangeiro - IDE para V. Exa.? Pela leitura do Programa de Governo, o conceito de V. Exa. parece distindo do do Dr. Ventura Garcês, porque resolveu criar uma outra estrutura para apoiar a sua dinamização. Ainda por cima sem nenhuma ligação aparente com o CINM. Parece claro, e V. Exa. concordará comigo, que estes evidentes atropelos não bebeficiam a eficácia pretendida sobre esta matéria, ainda por cima, uma questão indispensável para a tão apregoada diversificação da economia. Enfim, parece que mais uma vez, o Governo Regional persiste no erro de considerar o CINM como instrumento de política fiscal e não, aquilo que verdadeiramente devia ser, um instrumento de desenvolvimento regional.


5. V. Exa. falou de inovação, mas como pretende dinamizá-la. O Polo Tecnológico está isolado do resto do suposto sistema de inovação regional, não se relaciona activamente numa perspectiva de fertilização cruzada com a Universidade, o CITMA, as Associações Empresariais, os Laboratórios...VExa. pode informar esta casa, nos últimos anos, quantas empresas inovadoras saíram do Tecnopolo e que estejam no mercado externo? Não conheço nenhuma. Projectos semelhantes em Coimbra, Minho, Aveiro e, mais recentemente, Évora produziram dezenas.


6. Como pensa V. Exa. garantir que a iniciativa privada se substituirá à iniciativa pública quando durante anos e anos o investimento público expulsou o investimento privado?


Sem comentários: