sexta-feira, 20 de julho de 2007

Jogo perigoso

Paulo Barata no seu blog explicou de forma clara o percurso do "perigoso" relatório que foi bater às mãos do Senhor Presidente do Governo Regional. http://farpasdamadeira.blogspot.com/.
Eu acrescento que é lamentável que políticos com aspirações a líderes, se comportem desta forma. João Cunha e Silva gostava que o relatório fosse um exercício de denúncia da má gestão de Albuquerque na CMF ( do nosso ponto de vista não é necessário um relatório, mas...). Foi ele que afirmou que existia negociatas na CMF. Portanto, das duas uma, ou é mentiroso e fala do que não sabe, ou tem conhecimento das prevaricações da gestão de Albuquerque e deve ser frontal e esclarecer a opinião pública. Ainda por cima tem responsabilidades de inspecção autárquica. Quanto a Albuquerque gosta de falar grosso e resolveu desafiar, em 2004, Cunha e Silva para a inspecção. O drama é que não contava que todo o Governo Junto decidisse avançar, de facto, com a inspecção e agora anda à rasca sem saber o que fazer ou dizer, conforme se tem observado, sobre esta matéria.
Alberto João Jardim já tem o relatório, já conhece o seu conteúdo ( apesar de dizer que não) e, por isso, acabou com a batata quente na mão: se deixa o relatório como está e divulga-o, provam-se as negociatas e Albuquerque poderá perder as asas de anjinho que agora diz não ter; se expurga o que não lhe interessa acaba por tramar Cunha e Silva porque, dirá a opinião pública, e o próprio Albuquerque, que falou do que não sabia e por isso foi altamente irresponsável.
Da nossa parte, já pedimos o relatório a AJJ por carta enviada esta semana. Vamos esperar 10 dias, caso não tenhamos acesso à cópia pediremos a intervenção do tribunal administrativo. Sabemos que o conteúdo é muito perigoso para Albuquerque (garanto que não somos os únicos a saber desta informação) e esperamos que o seu conteúdo não seja alterado.
Entretanto, continuamos a aguardar a recepção da relatório preliminar, esse sim com direito a contraditório, conforme pedido junto do Tribunal Administrativo há mais de 1 mês.

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