Durante o dia de hoje o relatório sobre os transportes aéreos estará disponível aqui.
Entretanto deixo aqui (porque o relatório tem mais de 25 páginas) a introdução e as conclusões.
Como se verifica o Governo Regional não aplicou nenhuma conclusão do estudo. Se não o fez nas matéria que tem responsabilidade é porque também não negociou de forma séria e consistente com o governo da república o dossier da liberalização.
Pela Resolução do Conselho de Governo, nº 1817/2005 de 20 de Dezembro, foi nomeado um Grupo de Trabalho cuja tarefa principal era avaliar a situação do transporte aéreo para a Região Autónoma da Madeira, designadamente:
Recolher e sistematizar toda a informação disponível, designadamente os estudos mais recentes envolvendo a Região;
Propor um conjunto de medidas quer ao nível das estruturas aeroportuárias da Região, quer do sector público relacionado com o turismo, bem como do sector privado;
Analisar a situação actual e indicar a melhor forma de dar consistência a uma prospectiva permanente do mercado do transporte aéreo, antecipando eventuais consequências nefastas para a Região;
Propor um plano de actuação para o horizonte da presente legislatura, com a calendarização de acções, recursos necessários e fontes de financiamento.
Considerações Finais
Ressalta do trabalho desenvolvido pelos subscritores do presente documento que o transportes aéreo é uma actividade transversal e fundamental a todos os sectores económicos de uma região insular e cuja actividade económica principal é a indústria turística.
Ressalta também, deste trabalho, que o eventual défice de transporte aéreo resulta, principalmente, da não existência de mais procura e do regime em que ela surge.
Assim, considera-se fundamental que as entidades governamentais atribuam a um organismo uma competência específica de monitorização, coordenação e operacionalização de todas as actividades relacionadas com o transporte aéreo e que garanta uma adequada ligação a todos os sectores da actividade económica regional. Este organismo deverá ter também a responsabilidade de manter um observatório permanente por forma a poder medir o impacto de todas as medidas ligadas ao transporte aéreo e as consequências nos diversos sectores económicos.
Para fomentar a concorrência nas ligações entre a Madeira e Portugal Continental considera-se importante a revisão do serviço público (Pág 10 - Ponto B1).
Uma outra consequência do trabalho apresentado, é a necessidade de reforçar as verbas adstritas à promoção do destino como forma de dinamizar a procura (Pág 16 - Ponto B3).
No que se refere às taxas aeroportuárias, o grupo de trabalho considera relevante a sua revisão (Pág 19 - Ponto B4).
Afigura-se indispensável a concretização conjunta e de forma articulada das medidas apontadas neste relatório, sob pena de insucesso se aplicadas de forma isolada. Assim, e face à complexidade do fenómeno do Turismo, do surgimento de mercados emergentes concorrentes, à importância e peso na economia da Região e face à incontornável necessidade de uma afirmação do destino Madeira pela diferenciação (de acordo com as suas características próprias), é fundamental uma visão conjugada numa estratégia solida e consolidada, consubstanciada num Plano Estratégico para o Turismo da Região Autónoma.
Tenham atenção às conclusões e dêem a mão à palmatória: o governo do PSD na Madeira ainda não fez nada do que tinha sido sugerido em 2006!
É por isso que escondem o relatório.
C'ma Diz O Outro #100
Há 1 dia
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