Como já referi, por várias vezes, e infelizmente tinha razão, a RTP Madeira anda desenfreada a inventar programas de informação, colocando aqui e ali alguns membros da oposição. Ora bem, esta é a política desonesta do actual director da RTP e RDP Leonel de Freitas. Faz uns programas antes da decisão relativa às nomeações para o conselho de administração da RTP e diz que é plural, procurando garantir a sua permanência neste importante lugar. Não contem comigo para branquear esta triste situação. Já agora, aproveitando a seu tímido e pontual, sentido de serviço público o que está à espera para fazer um debate alargado e profundo sobre a situação na CMF? Não acha que é actual? Não é relevante? Pelo amor de Deus tenha vergonha na cara!
Já agora porque num debate sobre pobreza realizado na RTP Madeira entre os convidados não consegui identificar ninguém da oposição? V. Exa. conhece, por exemplo, o trabalho de muitos anos do Dr. Edgar Silva sobre esta matéria? Não seria um convidado interessante para promover uma discussão consistente?
É por estas e por outras que V. Exa. não merece respeito institucional. Não tenho nada contra do ponto de vista pessoal, como parece óbvio, mas não posso admitir que um alto dirigente de um serviço público desta natureza se comporte desta maneira.
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 1 dia
1 comentário:
A RTP-Madeira não é, nem nunca foi um espaço de pluralidade. A sua linha editorial sempre guiou-se pelo diapasão do poder político instituído.
Felizmente para a maioria dos madeirenses e portossantenses imbuídos pelo obscurantismo do audiovisual local, chegaram outras realidades televisivas nacionais. Outra maneira de intervir, de questionar e de obter informação.
Apesar dos potugueses insulares terem de pagar a um distribuidor de cabo privado, para aceder aos mesmos conteúdos que os portugueses continentais disfrutam gratuitamente, as diferenças entre os "jornalismos" de ambos os lados do atlântico são notórias. Aliás basta até assistir à RTP-Açores.
A RTP-Madeira é demasiada "contemplativa" aos fenómenos políticos da Região. A ressonância que produz sobre a actividade governativa não desperta questões, dúvidas nem qualquer acutilância.
O debate é perfeitamente residual e não suscita a crítica ou participação cívica.
O fenómeno político da Madeira tem conhecido nos últimos tempos relevantes desenvolvimentos, que por si só mereciam outra atitude editorial, caso fosse uma estação imparcial e descomprometida com Governo Regional.
A "nossa" estação pública regional não "produz" consciência, "adormece-a". Não desperta a opinião nem promove-a, sustem-na.
A RTP-Madeira pertence a TODO o POVO da Região. Não é nenhuma titularidade exclusiva de um punhado de políticos mais ou menos profissionais, ou de alguns "opinion-makers" empanturrados do regime, que sempre aparecem nos estúdios.
Uma coisa é faltarem recursos financeiros à melhoria da produção. Outra é afunilar a liberdade de expressão e condicionar politicamente os conteúdos. Essa censura não é feita apenas aos políticos da oposição. É sobretudo exercida à sociedade na necessidade de livremente expressar-se, e sobretudo de INFORMAR-SE convenientemente sem filtros.
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