A Policia Judiciária resolveu, e bem, colocar um travão nas noticias que pareciam querer dizer que nada tinha sido encontrado no "caso do Porto". Neste pressuposto o DN Madeira, e aqui também esteve bem, emendou a mão ao procurar esclarecer que esse assunto não é assim tão simples, como alguns querem fazer crer...
Fica este texto do DN e do jornalista Raul Caires que, do meu ponto de vista, nos deve preocupar a todos os madeirenses que querem uma governação mais transparente e uma justiça mais eficaz. Mais uma vez sublinho que o problema não deve ser visto à luz deste ou daquele comportamento dos procuradores do ministério público na Madeira. é pouco relevante. O que importa é garantir que as investigações vão até ao fim e que a culpa não morre solteira, doa a quem doer.
"...As conclusões da investigação conduzida pela Polícia Judiciária ao caso do "Porto do Funchal" que foram enviadas para o Ministério Público não apontaram no sentido da ilibação, como avançaram ao DIÁRIO algumas fontes.Daí que o arquivamento do processo, decretado pelo Ministério Público em 31 de Julho último, não tenha contado com o contributo do extenso documento produzido pela equipa de investigadores do DIC da Judiciária funchalense durante os últimos seis anos.Recorde-se que este caso começou a ser investigado em 2001. A primeira notícia sobre o mesmo deu conta de que trabalhadores eventuais da Empresa de Trabalho Portuário (ETP) teriam sido utilizados para diversos trabalhos nas residências particulares dos seus administradores. O ponto alto do caso aconteceu no Verão de 2006, quando sete administradores da ETP foram constituídos arguidos.Com o arquivamento do processo, três deles, tal como o DIÁRIO noticiou ontem, ponderam interpor uma acção judicial contra o Estado português, visando ser ressarcidos por eventuais danos causados por todo este caso."
Um discurso insultuoso e vergonhoso
Há 1 dia
2 comentários:
Essa manchete do DN-Madeira revela um efectivo golpe da Justiça na Madeira...A somar ao já clima suspeito de inoperância do Ministério Público.
Independentemente do que foi apurado ser ou não ilícito criminal, uma coisa é indesmentível: o Governo Regional foi deveras irresponsável e muitos dos requisitos legais não foram observados no quadro da organização das entidades que geriam esse verdadeiro negócio dos Portos da Madeira...
O enriquecimento fácil dos administradores traduziu-se por um quadro permissivo que a seu belo-prazer contornava a legalidade crispando no mínimo as mais elementares leis da concorrência.
A habilidade do "quadro de requisitados" foi uma porta entre-aberta a que se promiscuísse a providência do serviço público e o interesse cego pelo lucro da gestão cedida de "mão-beijada".
Não há dúvida que este caso só adensa o verdadeiro "off-shore" judiciário e de impunidade que graça na RAM.
Estes avanços e recuos jornalísticos podem descridibilizar as denúncias do PS. Serão intencionais?
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