Não tenho muitas dúvidas que tendo presente o impacto da crise financeira "importada" dos EUA que o cenário macroeconómico de base para o orçamento de Portugal para 2008 terá de sofrer alterações. Três factores irão prejudicar as contas do ministro das finanças: a valorização do euro, o aumento do preço do petróleo e o aumento das taxas de juro. O primeiro factor afecta severamente a variável que mais contribuiu, no último ano, para ao crescimento da economia portuguesa: as exportações. O aumento das taxas de juro são penalizadoras para o investimento. Neste contexto, Sócrates não tem nenhuma alternativa senão fazer duas coisas: aliviar o peso fiscal sobre as empresas de modo a pressionar o aumento do investimento privado e, por outro lado, reforçar o investimento público, desde que este seja adequado aos interesses do crescimento sustentável do país.
Paralelamente a tudo isto tem de garantir resultados objectivos na reforma da administração pública, de outro modo poderá colocar em causa os objectivos do PEC.
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